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segunda-feira, 13 de abril de 2009

Principios basicos para criação de canários

Local de Criação
Para iniciar uma pequena criação de canários, geralmente pode-se adaptar algum cômodo já existente na casa. De preferência, a acomodação deve ser provida de janelas voltadas para o sol nascente, protegidas por uma tela de malha fina para evitar a entrada de insetos. Deve-se observar a posição das janelas, de modo a evitar corrente direta de ar sobre as gaiolas. Entretanto, é necessário que haja circulação de ar, o que pode ser solucionado com pequenas aberturas junto ao forro, que facilitarão a saída de ar quente.
Gaiolas
As gaiolas indicadas para a criação de canários são as de arame galvanizado com grade divisória removível e suportes externos para bebedouros e comedouros.
Existem no mercado diversos tipos de gaiolas e excelentes fabricantes. Antes de adquiri-las é recomendável fazer uma pesquisa cuidadosa para eleger o modelo mais conveniente, o melhor acabamento e preço, sendo interessante ouvir a opinião de criadores experientes. Feita a escolha, deve-se adquirir gaiolas iguais e do mesmo fabricante, para padronizar o equipamento e facilitar o manuseio. É recomendável que se adquira uma grade-piso sobressalente para cada gaiola, o que facilitará a limpeza. O fundo da gaiola, conhecido como bandeja, deve ser forrado com papel absorvente (como folhas de jornal). Sempre que houver acúmulo de dejetos deve-se trocar o papel (dias alternados). Pelo menos duas vezes por semana as grades-piso devem ser trocadas por outras limpas. As grades retiradas devem ser imersas em água por algumas horas, depois cuidadosamente esfregadas e imersas novamente por algumas horas em solução desinfetante.
Os poleiros também precisam de cuidados especiais. Devem ser mantidos limpos e, se possível, trocados a cada duas semanas.
Acessórios e Utensílios
A variedade de acessórios para gaiolas encontrada no mercado é grande. Porém, deve-se evitar sobrecarregar as gaiolas com equipamentos supérfluos, que acabam dificultando a manutenção e a higiene.
Os acessórios mais indicados são os comedouros e bebedouros em forma de concha ou meia-lua, recipientes que devem ser mantidos limpos para evitar a formação de limo (algas) e o acúmulo de pó.
Além da limpeza diária dos bebedouros com pincel, escova ou esponja, pelo menos uma vez por semana eles devem ser mergulhados por algumas horas em solução de cloro e depois enxaguados em água corrente. Os comedouros destinados às sementes devem ser constantemente esvaziados para evitar o acúmulo de pó e podem ser trocados para lavagem em espaços de tempo maiores.
Para ministrar alimentos úmidos como farinhadas e papas, usa-se vasilhas de louça, vidro ou plástico, que devem ser substituídos diariamente e tratados com o mesmo rigor higiênico.
Os canários precisam tomar banhos freqüentes e para isso pode-se adquirir banheiras plásticas de tamanho grande, mas que permitam a sua passagem pela porta da gaiola. Existem no mercado banheiras plásticas externas que podem ser adaptadas à porta da gaiola.
Durante a época de criação deve-se fornecer aos casais ninhos adequados, sendo muito usados os de plástico que são duráveis e higiênicos. Os ninhos devem receber forros de flanela, corda ou feltro, comumente encontrados em lojas especializadas.
É importante trocar os ninhos quando os filhotes são anilhados e sempre usar ninhos limpos a cada nova ninhada, o ninho e o forro deve ser da mesma cor, pois a canária pode abandonar os filhotes. Depois que os filhotes abrem os olhos não é recomendável manusear os ninhos, para evitar que eles abandonem o ninho precocemente, causando sérios inconvenientes.
Acasalamento
Considerando-se a variação natural da luz solar, anualmente ocorre um aumento gradual e contínuo do tempo de duração da luminosidade, a partir de 21 de junho, alcançando o máximo em 21 de dezembro. Esse período influencia o ciclo produtivo dos canários. Assim, o período indicado para iniciar os acasalamentos é entre a segunda quinzena de julho e a primeira quinzena de agosto.
Os machos e as fêmeas devem ser colocados nas gaiolas de cria, separados pela grade divisória, para um período de adaptação. Deve-se fornecer às fêmeas o ninho e estopa (desfiada ou em pedaços de 5cm X 5cm presos na gaiola). Quando os pássaros começarem a trocar comida através da grade e a fêmea confeccionar o ninho, a grade é removida.
Postura
A postura do primeiro ovo ocorre entre seis e oito dias depois da primeira cópula. Geralmente a canária bota 3 ou 4 ovos, em dias seguidos. Em alguns casos ocorre um intervalo de um dia entre um ovo e outro.
Nas primeiras horas da manhã (entre 5 e 7 horas) a canária realiza a postura e é coberta pelo macho, o que assegura a fecundação dos ovos posteriores. Por isso, não é conveniente entrar no criadouro muito cedo.
Todas as manhãs, depois das 7 horas, os ovos recém-postos devem ser retirados e substituídos por ovos de plástico. Os ovos recolhidos devem ser colocados em recipientes com areia, algodão ou semente esférica (sementes pontiagudas como o alpiste pode perfurar a casca). e mantidos em temperatura ambiente.
Após a postura do último ovo, que normalmente é de cor mais escura, os ovos devem voltar ao ninho. Esse e considerado o primeiro dia da incubação. Com esse procedimento, os filhotes nascerão no mesmo dia e terão a mesma oportunidade de desenvolvimento.
Incubação
Normalmente a incubação dura 13 dias. Nesse período o ambiente deve ser tranqüilo e a manipulação da gaiola deve ser rápida, para não incomodar a canária.
Durante a incubação os ovos perdem água através da casca, que é porosa para permitir a troca de gases necessários para o desenvolvimento do embrião. Nesse processo de "respiração" o vapor expelido deve ser reposto. Por isso, a umidade relativa do ar deve ser mais elevada. As canárias naturalmente molham suas penas, sendo conveniente colocar banheiras na gaiola, principalmente nos 4 últimos dias da incubação. Se a fêmea não se banha, pode-se pulverizar a gaiola ou colocar esponjas úmidas no fundo da gaiola, embaixo do ninho.
O diagnóstico da fertilidade dos ovos e feito a partir do 8º dia, examinando-os através de um foco de luz. Para isso é usado um aparelho, o ovoscópio, que consiste numa caixa com uma lâmpada dentro e um pequeno orifício onde o ovo é colocado. Nos ovos não fecundados é possível distinguir a clara da gema; já nos ovos fecundados isso não é possível. Com a prática pode-se distinguir os ovos "claros" dos fecundados, que adquirem uma coloração mais intensa e fosca. Os ovos abortados são perigosos para os ovos normais. Por isso, a ovoscopía é importante.
Nascimento
Na maioria dos casos o nascimento é exatamente no 13º dia de incubação. Entretanto, se o nascimento não ocorrer dentro do previsto, deve-se ter paciência e aguardar. Várias circunstâncias podem causar o atraso. Há fêmeas que não chocam e saem do ninho com freqüência. A falta de umidade também pode influir. Não abra ou jogue fora um ovo até pelo menos o 15º dia de choco e, mesmo assim, faça mais um teste de vitalidade. Para isso coloca-se o ovo num recipiente com água morna e aguarda-se alguns segundos. Se o embrião estiver vivo, o ovo flutuará com a ponta para baixo, uma vez que a câmara de ar ocupa o pólo mais largo, e balança ligeiramente. Os ovos abortados flutuarão de lado ou afundarão.
Anilhamento
O sistema mais prático e seguro para identificar as aves é o anilhamento. As anilhas são pequenos anéis invioláveis de alumínio que são colocados nas pernas dos filhotes no 7º dia de vida, levando-se em conta o seu desenvolvimento. Na anilha estão gravadas as siglas da Federação e da Sociedade que a emitiu, o ano do nascimento do pássaro, o número de ordem e o número do criador. Essa anilha é a identidade do pássaro, pois não sairá mais da sua perna. Com esses dados poderá emitir o Pedigree.
Os pássaros precisam da anilha para participar de Exposições e Concursos Oficiais.A colocação é um processo delicado e às vezes difícil. Deve ser feito sobre uma mesa forrada com papel, pois ao pegar os filhotes é provável que eles defequem.
Para anilhar, toma-se o filhote com a mão esquerda e a anilha com a mão direita. Passa-se a anilha pelos três dedos anteriores, deslocando-a pelo dedo posterior, que deve estar no mesmo sentido da perna. Em seguida, libera-se o dedo posterior. Essa operação pode ser facilitada com o uso de vaselina ou outro lubrificante neutro.
Separação dos Filhotes
As ninhadas bem nutridas deixam o ninho entre 15 e 18 dias. Porém, a permanência no ninho até 20 dias é normal. Poucos dias depois, os filhotes começam a bicar os alimentos, principalmente a farinhada, frutas e verduras. Com um mês já quebram sementes, e podem ser separados dos pais. Uma regra prática interessante é não separar os filhotes enquanto eles apresentarem penugem na cabeça.
Normalmente, por volta do 25º dia, a fêmea inicia outro ciclo e começa a se preparar para uma nova postura. Nesse período, os pais podem depenar os filhotes, em busca de material para o novo ninho. Isso é evitado separando-se os filhotes dos pais com a grade divisória e oferecendo ao casal material para o ninho. Os pais alimentam os filhotes pela grade, por isso devem ser colocados poleiros baixos e próximos à grade divisória dos dois lados.
Alimentação dos Filhotes
Deve-se oferecer aos pais alimentação farta e variada. A farinhada com ovo cozido deve ser ministrada várias vezes ao dia, em quantidades pequenas. Pode-se usas verduras como almeirão, chicória e couve, sempre frescas e bem lavadas, bem como maçã e jiló.
A variedade de sementes é importante. Além do alpiste, a aveia sem casca (principalmente na primeira semana) e o níger devem ser oferecidos em comedouros separados. Alguns criadores usam pão amanhecido, descascado e cortado em fatias, que é mergulhado em água e espremidos várias vezes, e depois mergulhados em leite e espremidos novamente.
Se os pais não alimentam corretamente seus filhotes. Nesses casos, a retirada do macho da gaiola é recomendada. Também é recomendado oferecer água fortemente açucarada e pedaços de maçã por um dia. Outro recurso é retirar o ninho com os filhotes por alguns momentos. Assim, a fêmea se alimenta e acaba alimentando os filhotes quando volta ao ninho. Caso todas as manobras para fazer com a que a fêmea trate os filhotes falhem, pode-se distribuir os filhotes entre as outras fêmeas que tratam bem.
Alguns criadores costumam alimentar os filhotes no bico, com alimentos pastosos(papinha). Esse procedimento não deve ser usado o tempo todo, mas nos dois ou três primeiros dias de vida é muito importante, pois permite ao criador ministrar vitaminas e medicamentos no tratamento de colibacilose (patologia responsável pela maioria das mortes dos filhotes no ninho). Esse procedimento auxilia no desenvolvimento inicial, mantendo os filhotes em condições de pedir alimentação às mães.
Farinhada
• 1 kg de farinha de milho branca (triturada)
• 1/2 kg de farinha Láctea ou Mucilon
• 200 gr de níger
• 100 gr de aveia sem casca
Modo de preparar: Misturar os ingredientes acima e adicionar duas colheres de sopa para cada ovo cozido e passado na peneira ou no master. Colocar a disposição do pássaro em vasilha de louça separada.

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