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sexta-feira, 24 de abril de 2009

O Canário

História do canário de cor
O primeiro canário de que se tem notícia foi encontrado nas Ilhas Canárias, na Costa Africana
do oceano Atlântico, por volta de 1402. Sabe-se que as Ilhas receberam esse nome antes do pássaro.
Curiosamente, os romanos chamavam-nas de "Ilhas dos Cães" por serem habitadas por um tipo de
raça de cães de grande porte. Como era de se esperar, os romanos tiveram maior interesse em
ferozes cães de guarda do que em pequenos pássaros cantantes. A palavra "canário" é uma
corruptela de "canis", ou cachorro, em latim.
O Canário Selvagem, ou Serinus Canarius, possui pouco mais de doze centímetros, é nevado,
de cor verde acinzentada e com partes córneas escuras; o macho apresenta faixas amareladas
enquanto a fêmea possui partes castanho acinzentadas. Sua aparência é bastante similar à do canário
verde comum. Já no século XV, tem-se notícias de canários sendo criados como animais de
estimação na Europa. Ainda hoje, porém, pode-se encontrar o Canário Selvagem nas Ilhas Canárias,
Açores e Cabo Verde .
Por um período de quinhentos anos, através de criações seletivas, uma grande variedade de
canários foi desenvolvida. Alguns foram criados puramente pela sua habilidade vocal, onde a
aparência não tinha importância. Até a Revolução Industrial, quando não existiam máquinas
barulhentas, alguns artesãos costumavam manter canários em suas lojas para entretenimento. Essa
prática de manter canários nos locais de trabalho acabou levando-os para as minas de carvão, onde
eles serviam de "alerta" ao homem, quando morriam devido à ocorrência de gases perigosos. Os
Ingleses se distraíam fazendo experiências com os tamanhos e formas que um canário poderia
apresentar, conseguindo criar algumas variações da raça, entre elas o Norwich, o Yorkshire e o
Gloster. Já os franceses e italianos preferiram lidar com a postura dos canários e obtiveram vários
exemplares com diferentes curvaturas da espinha.
Até o início do século XX, o canto e a forma dos canários eram alvo da dedicação dos
criadores. No entanto, uma mutação apareceu em um criador de canários de canto clássico
despertando a atenção para a cor dos pássaros, iniciando, nesse momento, um novo interesse por
parte dos criadores e desencadeando uma série de cruzamentos, levando às mais de quatrocentas
cores conhecidas atualmente.

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