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segunda-feira, 31 de agosto de 2009

A INCUBAÇĂO DA CANÁRIA

A incubaçăo ou choco dura de 13 a 14 dias, é feita normalmente pela fęmea: ŕs vezes os machos, velhos pais, acabam querendo auxiliar as canárias nesta tarefa materna.

Durante a incubaçăo, o macho bom redobra de atençăo para a fęmea: leva-lhe omida no bico, canta com prazer as suas melhores melodias, e quando ela se esquece de mudar de posiçăo e arejar os ovos, vai até o ninho, como a convida-la a faze-lo.

A fęmea a cada hora ou a cada duas horas, levanta-se de cima dos ovos, pousa na borda do ninho, examina-os, e com o bico vai virando os ovos. Depois estende as pernas e as asas, como a espreguiçar-se, voa um pouco para fazer exercícios, come, bebe, excrementa e volta ao choco.

Aos treze dias a fęmea mostra-se mais inquieta, parecendo sentir as vidas novas que tem debaixo de si; os canários picam entăo o frágilovo, a măe ajudando-os a sir, despedaçando pouco a pouco a casca que os oprime, comendo-a muitas vezes.

Alguns, por falta de força, năo conseguem sair do ovo e quando a măe năo ajuda, morrem na casca. O criador experiente, pode socorre-los, levantando com muito cuidado a casca com um alfinete ou agulha desinfetada, alargando a fenda do lado do bico, mas procurando năo fazer sangue; se este aparece, suspende-se logo a operaçăo, colocando os ovos no ninho para que a măe venha aviventar côo o seu calor.

Há pássaros que levam uma hora para sair da casca, outros demoram até seis horas, que é o mais corrente; mas também há filhotes tăo fracos que só conseguem desprender-se da casca vinte e quatro horas depois de terem picado o ovo.

Assim que nascem, ou ŕ medida que văo nascendo, a canária cobra os filhos comas asas, para que enxuguem e se aqueçam. Durante as primeiras horas de vida, os filhotes alimenta-se com os restos de gema de ovo, donde provém, e que ainda lhe restam no intestino para consumir.

Năo se deve espantar as fęmeas quando estăo no ninho; para vermos os filhotes é preferível aguardar uma ocasiăo em que tenham saído a comer, ou fazem exercício.

Todos os ovos, para um bom desenvolvimento do germe, necessitam, além do calor, de um certo grau de umidade ambiente.

Os bons e maus anos para criaçăo săo especialmente conseqüęncia de um bom ou mau estado higrométrico da atmosfera sobretudo no fim da incubaçăo. Por isso somos de opiniăo, que é de boa prática borrifar levemente os ovos ou as penas das canárias, do décimo ao décimo terceiro dia com água.
Revista centro paulista de criadores de canários frisados

terça-feira, 25 de agosto de 2009

CONHECIMENTO BÁSICO DOS MINERAIS

No que diz respeito à necessidade, os minerais são tão importantes e necessários quanto as vitaminas e os aminoácidos essenciais ao organismo e representam em papel como componentes das enzimas responsáveis por todas as transformações químicas que se processam no organismo. Nesta função atua semelhantemente às vitaminas, pois as proteínas de que fazem parte funcionam como catalisadores de reaçòes químicas específicas. Existem mais de 60 enzimas no organismo e nem todas tem seu mecanismo conhecido.



A carência de um único elemento mineral pode determinar a morte em prazo curto, isto é, logo que acabem as reservas desse mineral. Praticamente todos os minerais são eliminados pela urina continuamente ou pelas fezes, mesmo necessitados na produção ou no crescimento, por isso deve-se fazer a reposição constante.



Todos ingredientes utilizados em misturas tem uma quantidade variável de elementos minerais, essenciais ou não, e quando se determina a composição mineral de uma mistura seja ela ração ou farinhada, pode-se notar talvez uma deficiência até acentuada de algum mineral.



Deve-se, porém, sempre calcular o teor dos minerais essencais dessas misturas, levando em conta que há um teor "ótimo" para se obter a melhor conversão do alimento, e assim, dá-se a capacidade de cobrir todas as deficiências e estabelecer um nível de satisfação em que cada mineral funcione melhor.



Deve-se precaver contra o uso excessivo do composto mineral nas misturas, e sobretudo, o uso indiscriminado, pois pode-se tomar essas misturas menos palatáveis, mais laxativas, menos assimiláveis, diminuir seu valor energético, ocupar o lugar de outro nutriente mais valioso, inativar a ação de certas vitaminas e até mesmo de outros minerais, etc. Enfim, seu caso deve ser criterioso e em quantidade suficientes. Nunca usar minerais de bovinos, suínos, etc. em aves. O balanceamento dos minerais são diferentes. Não adianta colocar na ração, execessos de ferro, cobalto, manganês, ou até mesmo de cálcio, sabendo-se que o excesso não será aproveitado e atrapalhará na dieta, não resolvendo nada.



Não há um dado fixo para o teor de minerais ou cinzas em uma mistura balanceada para cada categoria de ave, porém pode-se e deve-se administrar como suplemento junto com a Grita que é necessária para a trituração dos alimentos. No caso da falta imediata detectada usa-se misturar o suplemento na ração ou farinhada na dose de 2% até 20 dias para suprir as necessidades imediatas, depois usar 20% na mistura de Grita, ou até dar à vontade pois elas saberão dosar se não forem obrigadas a ingerir junto com a ração.



Fósforo e Cálcio (P e Ca)

Entram em maior proporção na composição do corpo e do ovo. O Fósforo entra ainda no metabolismo e nos compostos orgânicos, presente em todos os tecidos.

O estudo cálcio/fósforo é feito juntamente com a vitamina D, que é responsável pela assimilação e fixação deste.

Raquitismo - Deficiência de fósforo (ou vitamina D)

Osteoporose - Deficiência de cálcio ocasionando filhotes defeituosos, fêmeas nas posturas descadeiradas, etc.

Durante a postura, as necessidades de fósforo são pequenas, mas as de cálcio são muito altas. Para formar a casca de ovo, as aves retiram o cálcio dos ossos, nos intervalos entre a formação de uma casca e outra. Estudos realizados com galinhas mostram que a casca de um ovo médio tem 1,5 a 2g de cálcio depositada em 15 horas que antecedem a postura e, durante a calcificação da casca, o cálcio retirado dos ossos via sangue tem a proporção de 100 mh por hora. A fonte de fósforo mais utilizada em nosso meio é o fosfato bicálcio que contém 18,5 e 21% de fósforo.



Sal (NaCL)

O sal comum não é apenas um condimento que estimula o apetite e as secreções, mas um nutriente presente e necessário para os tecidos. Regula a pressão osmótica, controla a passagem dos alimentos de uma célula para a outra, mantém o equilíbrio ácido-base e o metabolismo da água.

Sua falta diminui o apetite e o aproveitamento da proteína e da energia. Afeta diretamente a produção dos ovos, peso corporal e favorece o canibalismo.

As aves suportam até no máximo 3% de sal nas misturas em curto prazo.



Iodo

Necessidade muito pequena para o funcionamento da tireóide, que atua diretamente no crescimento, postura e viabilidade de embriões por influência materna.

As rações que leva o,o4% a 0,5% de sal iodado comum pode dispensar a adi'ção do iodo.



Potássio (K)

Constituinte normal da célula animal, particularmente nos músculos. Sua falta acarreta lesões no coração e rins.

É rapidamente absorvido pelo intestino e quando em excesso é imediatamente excretado pelos rins.



Magnésio (Mg)

É reconhecidamente essencial à alimentaçào. Na sua falta observa-se o crescimento retardado, mau empenamento, ataxia, diminuição do tônus muscular descoordenaçào, convulsões e morte.

Mínimo necessário 50g por 100kh de ração. Não esquecer que o excesso provoca raquitismo, casca de ovos finos, diminuição de postura e da fertilidade, ocasionando fezes aquosas. Sua absorção é facilitada pela vitamina D quando há um bom equilíbrio na relação fosfocálcica.



Manganês (Mn)

Sua função está relacionada com o metabolismo cálcio fósforo. Atua como co-fator da fosfatização oxidativa. Sua falta ocasiona perose e casca fina do ovo. É muito controvertido pois a perose pode ser determinada por uma deficiência de colina, niacina, biotina e folacina e a casca fina por cálcio, vitamina E e G.

Ovos não vingados, morte prematura do embrião, e várias deformações (membros encurtados, bico de papagaio, barriga saliente, cabeça globular e emplumação retardada), também são atribuidos à dificiência do mesmo

O teor de manganês dos produtos vegetais é muito variado dependendo da riqueza do solo neste elemento. O farelo de arroz geralmente é muito rico neste mineral.



Zinco (Zn)

Responsável por uma parte de uma enzima respiratória (anidrase carbônica), existente nos glóbulos vermelhos e a eliminação do CO2 que contém 0,3% do mesmo. A tolerância das avez ao Zn é de 200 ppm.

Praticamente recomenda-se a adição de 30 ppm, podendo ser feito, na forma de sulfato, de carbono ou óxido, misturado com outros minerais.



Ferro (Fe)

É absorvido pela mucosa intestinal sobre a forma de uma combinação protéica até formar a ferratina. Quando em equilíbrio deixa de absorver o Fe sendo eliminado pelas fezes. A falta causa anemia por deficiência de Fe e Cu e algumas bitaminas tipo microcrítico e macrocrítico no caso de ácido fálico e da B12.

Durante a postura sabe-se das maiores necessidades, pois cada ovo retira em média 1,1 mg de Fe. A principal fonte é o sulfato ferroso e 10g/100kg de ração é suficiente para atender as suas necessidades.



Cobre (Cu)

Deve ser ministrado sempre junto com o ferro devido à sua necessidade para a sua assimilaçào. Sua necessidade foi determinada em 10% da de Fe.

A falta de cobre, prejudica a absorção do Fe e dificulta sua mobilizaçào no organismo. Apesar de não ser estimulante melhora a conversão alimentar.



Cobalto (Co)

Necessário para a manutenção dos glóbulos vermelhos do sangue, sem o que tem-se a anemia, perda de apetite e de peso.

Deve-se usar sob a forma de cobalamina ou bitamina B12.



Flúor (F)

Necessário em pequenas quantidades pois é muito tóxico e acumulativo.



Enxofre (S)

É constituinte de 2 aminoácidos (cistina e metionina) e também das vitaminas (tiamina e biotina).



Selênio (Se)

Altamente tóxico. Os ovos contém apreciável teor de selênio quando crus. É necessário técnica especial para homogenizar nas rações pelas pequenas dosagens utilizadas, por esta razão costuma-se substituir erroneamente pela vitamina E.



Arsênio (As)

Encontra-se em quantidades infinitamente pequenas nos animais e é retirado dos alimentos naturais.



Molibdênio (Mo)

Sabe-se ele faz parte do sistema enzimático. Ainda desconhecido ou não bem estuado.



Vanádio (V)

Promove um estímulo do crescimento, mas é tóxico e entra como impureza nos outros minerais.



Silídio (Si)

É um componente das penas e responsável pela rigidez das mesmas. Quase toda sua ingestão é eliminado pela fezes, porém, o mínimo necessário é absorvido.



Pedrisco ou Grita

Em tamanho conveniente funciona como dentes para as aves, desfazendo as partículas mais duras e facilitando a penetração dos sucos digestivos e a limpeza das paredes da moela. Causa a dilatação do tubo digestivo, aumentando a sua capacidade, o que é vantajoso.

Recomenda-se usar pedras duras que não se desgastem no processo de "mastigação". Hoje usa-se muito areia de piscina por ser lavada e desinfetada, mas corre-se o risco da utilizaçào de produtos não convenientes tipo ácidos para essa desinfecção.



Outros minerais na água

As aves preferem água ligeiramente ácidas. As águas salubres, com teor mineral superior à 0,9% são prejudiciais. Os cloretos, com exceção do sódio e cálcio, são geralmente mais nocivos que os sulfatos. O cloreto de Mg é indesejável.

Sal, comum na água, diminui a fertilidade e a incubabilidade dos ovos, além de reprimir o crescimento.

As aves mortas, por excesso de sal, revelam enterite e ascite na necrópsia. Um sinal provável de excesso de sais na alimentação ou na água são as fezes aquosas.



Exigência nutritiva para pássaros (% por kg de alimento)

Estimativa mínima sem margem de segurança.

Para uso de proteínas total de 18 a 20%.

NOVAS MUTAÇÕES

TÉCNICAS PARA IDENTIFICAÇÃO DAS NOVAS MUTAÇÕES NEGRO-MARRONS OXIDADOS E DILUÍDOS (TOPÁZIO/EUMO) E COMENTÁRIOS SOBRE O PADRÃO DE JULGAMENTO DOS TOPÁZIOS

Fernando Fernandes Teixeira
Revista Brasil Ornitológico nro39



Existe muita expectativa quanto as novas mutações, inclusive muito artigos já foram escritos, no entanto, as duvidas são muitas por parte dos criadores.
Na última viagem que fiz a Itália, estive com meu amigo Arnaldo Araújo visitando um famoso criador em Correggio, considerado por muitos brasileiros e italianos como o melhor criador de canários do mundo, e presenciamos (alias, participamos) uma cena muito interessante. Esse criador estava selecionando alguns casais de canários para seu plantel, havendo duas gaiolas, uma com canários Ágatas Pasteis Prateados e outra com canários Ágatas Topázios Prateados. Os Ágatas Pasteis eram canários bem limpos, sem feomelanina, com bom desenho. Os Ágatas Topázios também eram limpos com estrias finas e bem escuras. Naquele momento, perguntei a esse criador se não existia uma certa confusão na identificação desses canários. Então ele me respondeu que não, pois o Ágata Pastel e bem mais escuro que o Topázio; que o Topázio tem o desenho mais claro, bem como a cor dos olhos e diferente.
Pois bem, sem ele perceber, apanhei um Ágata Pastel, um canário de qualidade media, e com outra mão apanhei um Ágata Topázio macho, bem marcado e com olhos um pouco escuros e pouca melanina central. Indaguei a esse criador qual era o Ágata Topázio e qual era o Ágata Pastel. Para minha surpresa e do Arnaldo, o criador inverteu as cores. Então perguntei novamente, e mais uma vez a resposta foi trocada. Na verdade, acho que qualquer criador ou juiz poderia também encontrar uma certa dificuldade na identificação. Diante desse quadro acho que temos que fazer alguma coisa, quer seja no padrão de julgamento quer seja nos acasalamentos, para que essas mutações sejam melhor caracterizadas e não surjam duvidas.
As mutações Topázio e Eumo podem ser identificadas pela cor dos olhos e também pela forma de atuação da melanina.

Analisando a cor dos olhos:
Uma forma muito interessante de identificar a cor dos olhos dos canários, acredito que totalmente desconhecida dos brasileiros e que nos foi demonstrada na Bélgica pelo Sr. Lemy, e através do uso de uma pequena lanterna. A técnica consiste em fazer incidir o facho de luz diretamente no olho do pássaro, de forma que a lente fique bem próxima a ele, e olhando o outro olho verifica-se se ha reflexo da luz, de preferência em um ambiente um pouco escuro. Nos canários Topázios, observa-se que a cor e vermelho-rubi escuro, nos Negro-Marrons Oxidados, e vermelho-rubi claro nos Ágatas. Nos Ágatas Eumo a cor dos olhos e o vermelho normal (vivo), como nos Acetinados, e nos Negro-Marrons Oxidados e um pouco mais escuro, mas de fácil identificação.
Com essa técnica, pode-se ver claramente que os Topázios tem a cor dos olhos avermelhada (quem os cria sabe que nascem com olhos bem vermelhos, como Feos) e não negra, como já citado em vários artigos e ate em livros técnicos.

Analisando a melanina:
Topázios: Esse fator atua reduzindo e modificando a eumelanina negra e reduzindo a eumelanina marrom e a feomelanina. Modifica também a cor do bico, das patas e unhas, tornando-os cor de canela nos Negro-Marrons Oxidados e cor de carne nos Ágatas.
A característica principal do fator Topázio e a redução da melanina com concentração no eixo das penas, visível com nitidez principalmente nas penas longas da cauda. Por isso foram chamados inicialmente de ”Feos de melanina central”. Entendo que este e o item que tem que ser mais valorizado nos canários Topázio, pois não adianta o pássaro ter o desenho dorsal típico e ser isento de feomelanina, mas se não apresentar com nitidez a ”melanina central”, devera ser fortemente penalizado.
Tenho observado nos campeonatos brasileiros que o número de exemplares Topázios, principalmente Ágatas, esta aumentando significativamente, tanto em qualidade como em quantidade. No entanto, acho que ainda, apesar de terem desenhos de dorso muito bons, com isenção de feomelanina, falta redução e concentração da melanina no eixo das penas longas, característica fundamental dessa mutação.
Penso que para evitar duvidas de identificação e melhorar o tipo dos Topázios, os cruzamentos deverão ser feitos com pássaros que apresentem muito bem a redução e concentração da melanina, principalmente nas penas longas da cauda.
Eumos: E um fator que provoca a diluição da eumelanina nas estrias, tornando-as um pouco mais estreitas e modificando sua tonalidade, deixando a envoltura do pássaro mais clara, porque o lipocromo torna-se mais visível no espaço entre as estrias. Provoca também uma sensível redução da feomelanina. Inibe o deposito de melanina nas partes córneas, deixando-as com cor de carne.
Para identificação dos canários Eumos Ágata ou Negro-Marrom Oxidado, em primeiro lugar verificamos se a cor dos olhos e vermelha, e em segundo lugar a cor da melanina nas estrias: se for negra (cinza escuro) trata-se dos mutantes Eumos Ágata, Cobre, Verde ou Azul, pois os outros dois fatores de ”albinismo” ( ino e acetinado), quando introduzidos nos Negro-Marrons Oxidados ou Diluídos, provocam a inibição total da melanina negra, deixando o pássaro atípico ou isento de melanina negra no caso dos Feos.
Cabe ressaltar, Marrons Oxidados Eumos, a cor dos olhos e mais escura que a dos Ágatas Eumos, mas mais clara que nos Topázios, e o tipo (desenho) e parecido com o de um Pastel equivalente.
Particularmente acho que essa mutação e bem mais interessante do que a Topázio, pois pelo fato de somente provocar diluição da melanina negra, o contraste existente no pássaro com desenho negro ou cinza escuro com os olhos vermelhos e muito bonito.
Acredito que no futuro, através de acasalamentos altamente seletivos, objetivando somente a redução da melanina - tornando-se a cor das estrias mais escuras, com pouca diluição, e sem provocar o escurecimento dos olhos, teremos pássaros ainda mais impressionantes.
Outras considerações:
-Tratam-se de mutações Autossomais Recessivas, portanto não ligadas ao sexo;
-Os Isabeis e Canelas Topázios, bem como os Isabeis Eumos, não concorrem porque os pássaros não tem padrão definido;
-Quanto a mutação Canela Eumo, não fiz nenhuma consideração porque ainda não vi nenhum pássaro, faltando-me conhecimento técnico para poder emitir qualquer opinião.

MUDA UMA DOENÇA?

Rodrigo Machado



Comprei há dias um livro, sobre doenças de canários e năo tinha lógica nenhuma em falar dele aqui năo fosse o facto de a primeira doença tratada ser a muda da pena.

Năo concordo que a muda da pena seja considerada uma doença, mas concordo que e uma fase vital, na vida das nossas aves, e que se năo forem tomadas as devidas precauçőes, os nossos canários podem morrer.

A muda faz parte do ciclo anual das aves, sensivelmente ao 40ş dia de vida como todos os animais granívoros os canários começam a fase da muda, palavra com que normalmente se define a troca de penas que caem progressivamente sendo substituídas por outras novas que duram ate a temporada seguinte.

No primeiro ano de vida, as penas das assas e da cauda (remiges e rectrices) năo săo substituídas, só o sendo no ano seguinte.

A muda e um fenómeno fisiológico, regulado por hormonas normalmente reguladas pelo fotoperiodo mais propriamente o factor horas de luz e calor que ponhem em marcha uma série de reacçőes hormonais que inibem os pássaros do processo reprodutivo e das actividades relacionadas, como por exemplo o canto.

A substituiçăo das penas deve ser gradual, sendo umas substituídas por outras sem apresentar nenhuma parte do corpo completamente desprovida de penas.

Como a ave nesta fase se encontra debilitada, devemos redobrar os cuidados com correntes de ar e mudanças bruscas de temperatura, assim como com a alimentaçăo, que deve ser equilibrada e rica em vitaminas, minerais e aminoácidos, muito mais averá mas deixo aqui alguns que julgo serem os mais fundamentais.

Vitaminas do tipo ( A, B, D e C).

Minerais e aminoácidos do tipo (Cristina, Metionina; Tirocina e Leucina).

E também durante este período que os criadores devem administrar papas com corantes para melhorar a cor, mas cuidado pois estas papas normalmente săo papas gordas á que ter em atençăo as quantidades administradas assim como a sua qualidade.

As cores depositadas nas penas das aves durante a fase da muda e que manterăo ate a próxima muda no ano seguinte.

Banho na muda um tema que certamente dará muito que falar pois muitos criadores julgam ser prejudicial afirmam mesmo atrasar a muda e que pode trazer problemas, quanto aos meus canários adoram tomar banho mesmo na muda da pena e nunca notei que isso lhes fosse prejudicial.

Também nesta fase as aves devem ter um espaço maior para poderem voar e assim fortificar os músculos.

Terminada a muda os nossos pássaros passam a ser o orgulho de qualquer criador quę se digne ter este nome, os machos retomam o canto é nesta altura a meu ver a melhor altura para escolher o plantel de canários que irăo ser os reprodutores da próxima temporada de criaçăo bem como para a compra de novas aves, nunca esquecendo de fazer uma quarentena nas aves adquiridas.

Por vezes a muda aparece fora de época, tal pode deverce ao calor em excesso ou a uma alteraçăo de luminosidade, ou ate a um ataque de ácaros e aqui sim podemos falar de doença.

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

Identificação Precoce dos Filhotes

Eliane Seixas e Gilberto Seixas



Em todos estes anos de criação de canários, já ouvimos praticamente de tudo a respeito da identificação do sexo dos filhotes: desde de simples simpatias, testes esotéricos, até informações sem nenhuma comprovação científica, como por exemplo o tamanho da cabeça, posição dos olhos em relação a linha do bico, cauda mais curta na fêmea, macho ser maior, teste de 20 dias, etc, etc... Estas invenções contribuem enormemente para tumultuar a cabeça do iniciante.
Na verdade existe um método científico para esta identificação conhecido como sexagem. É feito em laboratório especifico e por profissionais especializados, embora NÃO seja praticado pelos criadores de canários, porem possui 100% de acerto.
Esta identificação é necessária o quanto antes, pois ás vezes, o criador necessita vender ou trocar algum filhotes mais jovem e não pode faze-lo sem saber seu sexo. A afirmação do sexo de um jovem canário consegue enganar, em alguns casos, até mesmo a experientes criadores, certamente com índices de erros pequenos.

Vamos dar algumas dicas para esta identificação, nenhuma delas com precisão absoluta, porém com uma margem de acerto muito grande, principalmente depois que você adquirir pratica.

Atenção: esta identificação do sexo será mais precisa se forem analisados filhotes de mesmos pais, ou de pássaros de mesma linhagem.

Nos canários lipocromicos

Brancos – não há dicas, a identificação dos machos poderá ser feita a partir do 3º mês de vida quando estes começarem a ensaiar o canto. Para se ter certeza, é necessário esperar a época próxima de estação de cria, ocasião em que os machos estão cantando alto e forte.

Branco Dominante – a única dica é que as fêmeas possuem menor marcação de amarelo nas bordas das penas das asas que os seus irmãos machos. Outra dica é que os machos podem possuir incrustações de amarelo também nops ombros e, as vezes, no uropígio. É por isto que, com certa frequência, as fêmeas conseguem vencê-los nos concursos. Veja que estamos falando geneticamente! Nada impede que um bom macho Branco Dominante seja um vencedor.

Amarelo ou Vermelho ( serve tanto para Intenso quanto para Nevado) – de um modo geral, os machos possuem mais intensidade de cor que as fêmeas, ou seja, um macho intenso normalmente tem terá cor mais forte que uma fêmea intensa. O mesmo raciocínio se aplica para os Nevados. No caso de serem filhos de mesmos pais, o acerto é quase 100%. Algumas fêmeas intensas possuem schimell no dorso eno pescoço. Por outro lado, as fêmeas nevadas normalmente possuem mais nevadismo ( são mais esbranquiçadas).

Amarelo Mosaico e Vermelho Mosaico - Estes filhotes logo que ficam empenados ( cerca de 20 dias ) deixam os iniciantes muitos aflitos, pois não apresentam nenhuma marcação de mosaiquismo. Suas penas são formadas por uma única cor ( todas amareloas ou todas vermelhas). Os sinais de que são mosaicos só começam a se evidenciar a partir dos 45 dias de vida, época em que a primeira muda se inicia. Ai é que as primeiras penas brancas começam a aparecer e suas marcações típicas passam a ser evidentes, caracterizando machos e fêmeas. Para fazer a identificação do sexo neste caso, basta fazer a comparação com o padrão, já que nesta cor eles são muito mais diferentes no fenótipo ( aparência ).

Observação: Todas as informações deste item 4 valem também para os exemplares Amarelo Marfim Mosaico, e de um modo geral, para qualquer canário mosaico.

Exemplares Lipocromicos de Olhos Vermelhos ( Albinos, Lutinos e Rubinos) – tudo que foi dito para os filhotes de olhos pretos, valem para os filhotes de olhos vermelhos. Afinal esta é a única diferença entre eles.

Nos Canários Melânicos

Os canários melânicos são aqueles que, além de possuírem o lipocromo amarelo ou vermelho, também possuem o pigmento chamado eumelanina, que pode ser negro ou marrom ( definição NÃO ortodoxa ).

Observação – Na identificação precioce do sexos filhotes deste grupo, valerão todas as dicas dadas anteriormente com ralação ao lipocromo e ao nevadismo. Assim o lipocromo será mais importante nos machos e as fêmeas terão a quantidade de nevadismo maior.

Vejamos agora outras informações mais específicas.

Exemplares onde a feomelanina é indesejável ( Verde, Azul, Agata, Canela, Isabelino, Asas-Cinzas, Acetinado, Opalino, Topázio, etc. )

Nestes exemplares ( intensos, nevados ou mosaicos ) as fêmeas possuem ou ( quase sempre ) a presença de feomelanina mais evidente que os machos, pois esta sempre associada ao hormônio feminilizante (progesterona). A feomelanina, quando se faz presente nos machos, é sempre em muito pouca quantidade. Daí a diferença! Na mesma ninhada esta identificação é relativamente fácil: as fêmeas possuem mais feomelanina que seus irmãos machos.

Obs. A feomelanina é um pigmento marrom fosco que se deposita preferencialmente nas bordas das penas, podendo sua presença ser notada no dorso dos canários e entre as estrias.

Exemplares onde a feomelanina é desejável ( Canela Pastel e Feo ) – Nestes exemplares, também identificamos fêmeas por possuirem maior quantidade de feomelanina que os machos, facilitando-nos a identificação do sexo, ou seja, as fêmeas portadoras tem maior carga feomelânica que os machos.

Identificação do Sexo por Conhecimento Genético

É sabido que algumas cores são geneticamente ligadas ao sexo. Evitaremos entrar em detalhes técnicos a respeito desta informação, limitando-nos a informar seus nomes. São elas: Verde, Canela, Agata, Isabel, Marfim,, Pastel, Asas-Cinza e Acetinado.

Obs. Os canários da linha clara de olhos vermelhos ( Albino, Lutino, Rubino), são na realidade, Acetinados – Logo, quando um exemplar é portador de Albino, Lutino ou Rubino, na realidade é portador de Acetinado e não de Ino como a nomeclatura nos influencia a acreditar. São, portanto, cores sexo ligados.

Sabendo isto fica mais fácil identificar o sexo do filhote ainda no ninho, logo que se emplumarem. Vamos discutir alguns acasalamentos como por exemplo:

1. Pai Vermelho Marfim com mãe Vermelha – Todos os filhotes Marfins serão fêmeas e todos os filhotes Vermelhos serão machos ( Não poderia nascer machos Marfins )

2. Pai Vermelho portador de Marfim e mãe Vermelha – Todos os filhotes Marfins serão fêmeas e os filhotes Vermelhos poderão ser machos ou fêmeas.

3. Pai Vermelho portador de Marfim e mãe Vermelho Marfim – deste acasalamento não coneguiremos identificar precocemente o sexo dos filhotes nascidos, pois os machos e fêmeas poderão tanto ser Vermlhos com oVermelhos Marfins.

4. Pai Vermelho e mãe Vermelho Marfim – neste caso também não conseguiremos identificar o sexo dos filhotes, pois todos os machos ou fêmeas serão vermelhos.

Vamos a outro Grupo

A- Pai Albino com mãe Branca – todos os filhotes que nascerem com olhos vermelhos ( albinos ) serão fêmeas, e todos os filhotes que nascerem com olhos pretos ( Brancos ) serão machos, não podem nascer machos Albinos . Notou a semelhança com o Caso 1.

B- Pai Branco portador de Albino com mãe Branca – Todos os filhotes que nascerem Albinos serão fêmeas, e os filhotes Brancos serão machos ou fêmeas. Semelhante do Caso 2.

C- Pai Branco portador de Albino com mãe Albina – Deste acasalamento não conseguimos identificar precocemente o sexo dos filhotes nascidos, pois filhotes machos e fêmeas poderam tanto ser Brancos como Albinos Semelhante ao Caso 3.

D- Pai Branco com mãe Albina – neste caso também não conseguiremos fazer a identificação do sexo dos filhotes pois todos eles, machos ou fêmeas, serão Brancos. Semelhante ao Caso 4.

As cores sexo-ligadas formam um grande grupo com o mesmo comportamento genético. Assim sempre que você identificar certo comportamento de uma delas, poderá estendê-lo ás demais cores, e se basear nele para identificar o sexo dos filhotes. Portanto, as conclusões a que chegamos nos dois exemplos anteriores ( Marfim e Albino ), podem ser aplicadas a qualquer das demais ( Lutino, Rubino, Pastel, Asas-Cinzas e Acetinado ) .

Vejamos casos que envolvam os Melânicos Clássicos ( Verdes, Canelas, Ágata e Isabel ) que também são cores sexo ligadas..

A. Pai Verde com mão Verde – se nascer algum filhote Canela, Ágata ou Isabel podemos afirmar que este exemplar será fêmea. Os filhotes verdes poderão ser machos ou fêmeas.

B. Pai Agata com mãe Agata – se nascer filhotes Isabel, certamente será uma fêmea. Os filhotes Agatas poderão ser machos ou fêmeas.

C. Pai Isabelino com mãe Isabelino – se nascer algum Acetinado certamente será uma fêmea. Os filhotes Isabelinos poderão ser machos ou fêmeas.

Generalizando podemos dizer que, para as cores sexo ligadas, fica mais fácil a identificação do sexo quando nascer um filhote diferente da cor dos pais e esta cor diferente for sexo ligada. Neste caso podemos sempre afirmar que este exemplar será fêmea.

Concluindo, gostariamos de dizer que estas dicas aqui representadas tem a intenção de facilitar a escolha dos filhotes para plantel, venda e concurso.

Mas isto não é coisa fácil. Portanto, vá treinando sempre que puder pois, com a prática, o índice de acerto será bem confortável.

domingo, 16 de agosto de 2009

FM VD IN

CN com 18 dias

Fêmea VD IN filhote CN

filhotes 2009

canarios de cor

COCCIDIOSE EM CANÁRIOS

(Serinus canarius)

Dra Angélica Sharon

Médica Veterinária Homeopata Especializada em Aves

Criadora de Canários de Porte

Revista SOSM 2006



A Coccidiose é uma doença mundialmente distribuída em aves de produçăo (frangos), ornamentais( canários, periquitos...) e aves silvestres criados em cativeiro (bicudos, Curió, Trinca Ferro...). É um protozoário parasita do gęnero Eimeria, multiplica-se no trato intestinal, intrecelularmente, causando danos teciduais, com sintomas de anorexia, peito seco, reduçăo da absorçăo de nutrientes, desidrataçăo, perda sanguínea e aumento da suscetibilidade a outras doenças (Mycoplasma sp., Staphylococcus sp,...).

O agente etiológico divide-se em dois gęneros: Gęnero Eimeria, (acomete galinhas e faisőes) e gęnero Isospora (aves passeriformes, psitacídeos e outros). Săo parasitas altamente resistentes no meio ambiente, năo sendo destruído por nenhum tipo de desinfetante, somente por calor (vassoura de fogo).

CICLO DE VIDA

Espécies do gęnero Eimeria completam o ciclo de vida de um único hospedeiro, apresentando reproduçăo assexuada (Merogonia) e sexuada (Gamogomia) dentro das células do hospedeiro (estágio endógeno) e Esporogonia no meio exterior (estágio exógeno). Na maioria das espécies o hospedeiro desenvolve uma resposta imune protetora espécie-específica.



SINTOMAS DE COCCIDIOSE

Irăo depender do tipo de coccídia e sua localizaçăo no intestino das aves, apresentando maior ou menor grau de intensidade e dano tecidual.

Coccidiose duodenal (Intestino Delgado) – emagrecimento, caquexia (peito seco), despigmentaçăo da pele (canários de cor que năo pigmentam adequadamente) e a recuperaçăo é lenta (canários refugo).

Coccidiose no Intestino Grosso e Reto – diarréia mucosa até hemorrágica (castanha), mortalidade em torno de 10% em frangos (em canários năo se tem porcentagem conhecida, podendo ser maior que em frangos).

Coccidiose Cecal – a presença de coccidiose nesta porçăo do intestino é demonstrado pelos sintomas graves. Em geral as aves apresentam depressăo (sono, passam o dia dormindo), manifestam dor abdominal (respiraçăo acelerada muitas vezes confundida com problemas respiratórios). A ave apresenta-se arrepiada, asas caídas, dorso encurvado, olhos semicerrados e extrema palidez. A diarréia é castanha (hemorrágica).

Sintomas gerais – fezes pastosas ou com muco, diarréia desde amarela até com estrias de sangue ou preta (sangue digerido), alimento mal digerido, aumento excessivo de apetite, fęmeas suadas no ninho, pela umidade das fezes dos filhotes com diarréia, ninhos úmidos, cloaca suja, problemas de pele e muda. Os primeiros sintomas aparecem no quarto dia após a infecçăo, quando a segunda geraçăo de esquizontes liberam Merozoítos, ocasionando ruptura do tecido.

LESŐES

Em aves necropsiadas, retira-se o tubo digestivo e observa-se macroscopicamente a mucosa externa e interna. Para cada oocisto que é eliminado nas fezes corresponde a uma célula intestinal morta. Temos lesőes intestinais catarrais, hemorrágicas, necróticas em várias porçőes do intestino e em diferentes profundidades na parede intestinal.

DIAGNÓSTICO

A coccidiose dificilmente é eliminada do plantel, porém os surtos săo comuns quando as aves năo foram submetidas a um planejamento preventivo antes de entrar na reproduçăo, através de exames de fezes para diagnóstico e controle dos efeitos dos tratamentos (Coccidiostáticos ou Coccidicidas) e imunizaçőes (CH-COX/Silvestres e Exóticos prevençăo). Săo comuns surtos após empréstimos de reprodutores, retornos de campeonatos, feiras, aves recém adquiridas ou mudanças bruscas de temperatura.



PROGNÓSTICO

Nas formas agudas o prognóstico é sempre desfavorável pelo grande número de mortes de aves e recuperaçăo lenta dos doentes.

Nas formas subclínicas (presença de oocistos nas fezes sem sintomas) e crônicas o prognóstico e reservado a bom, porém com prejuízos na reproduçăo com grande número de ovos brancos, fęmeas năo reproduzindo, filhotes fracos e mortalidade.

PREVENÇĂO E CONTROLE

Como havíamos falado os oocisto de coccídias săo extremamente resistentes no meio ambiente. Poderemos minimizar os riscos de surtos adotando várias medidas preventivas, tais como:

Manejo – higiene de gaiolas, comedouros e bebedouros, poleiros, remoçăo sistemática da matéria orgânica (fezes). Uso de desinfetantes, năo para coccídias, mas para agentes bacterianos oportunistas. Para oocistos somente vassouro de fogo.

Nutriçăo – é comprovado que aves com problemas nutricionais adquirem facilmente doenças. Principalmente farinhadas baratas, por que possuem suplemento protéico, vitamínico e minerais pobres, predispondo os canários a surtos de coccidiose e outras doenças. Deficięncia de vitaminas A, B e falta ou mesmo excesso de proteínas săo fatores nutricionais preocupantes.

Reduçăo do estresse – é um tema que daria uma outra matéria, por se tratar de algo complexo. Resumidamente alguns fatores estressante: barulhos, pessoas estranhas, luzes ŕ noite no canaril, căes e gatos, mesmos os de casa, mosquitos, piolhos, principalmente qualquer situaçăo que saia da rotina dos canários e que mantenham as aves em constante alerta. O estresse medicamentoso também existe, principalmente o uso, mesmo uma única vez, de pomadas com corticóide (quadriderme), colírio Garasone, ácidos externos) Dolemil) e antibióticos fortes e contínuos. Manter o mínimo de estresse e colonizar a flora intestinal com bactérias benéficas (Probióticos), reduzir micotoxinas nas sementes, farinhadas (Aflatox) e farinhadas de qualidade reduzem os surtos de doença e quando houverem, săo fáceis de controlar sem muitos óbitos. Quem já năo passou pela experięncia de perder aquela ave que tinha futuro promissor em campeonatos ou mesmo como reprodutor. O velho e bom ditado prevenir é melhor que remediar deve estar em nossas mentes quando criamos pássaros de qualidade.

TRATAMENTOS

Geralmente a base de coccidiostáticos (agem no desenvolvimento do parasita) ou coccidicida )matam o agente), porém esses tratamentos devem ser acompanhados com exames de fezes antes e depois da medicaçăo, para analisarmos sua eficácia. Podemos acompanhar o plantel com medicaçăo de suporte (soro, fontes nutritivas), além do tratamento homeopático. Qualquer tratamento que se adote deve ser acompanhado com exames de fezes (rápidos e baratos) periódicos pelo menos a cada 6 meses.

Sulfas – coccidicida/coccidiostático, a dosagem deve ser cuidadosa e năo pro muito tempo, por serem muito tóxicas, podendo provocar síndrome hemorrágica, diminuiçăo na reproduçăo de ovos, lesőes renais e hepáticas e finalmente azoospermia nos machos (ausęncia de espermatozóide no esperma).

Amprólio – cocidicida/coccidiostático, causa hipovitaminose.

Clopidol – coccidiostático, pouco tóxico, controlam seu desenvolvimento, é medicamento de escolha para gerar imunidade futura, podendo ser associado ao CH-COX/Prevençăo.

CH-COX/Prevençăo – complexos homeopáticos agregados a farinhadas, podendo ser usado o ano todo, minimizando situaçőes de estresse, prevenindo surtos de coccidiose, verminose, enterites inespecíficas e problemas respiratórios que aparecem com mudanças de tempo brusco. Aumenta a imunidade específica para parasitas intestinais e piolhos. Năo tem contra indicaçăo, podendo ser usado durante a reproduçăo, sem acarretar problemas reprodutivo, inclusive aumentando a imunidade dos reprodutores, que gerarăo filhotes fortes e saudáveis.

RECOMENDAÇĂO DA AUTORA EM CASO DE AVES DOENTES:

Separar as aves doentes e administrar diariamente maçă, farinhada sem acrescentar ovo por que a ave está com a digestăo lenta o ovo é muito “pesado” utilizar farinhada que tenha ovo liofilizada-Farinatta Bianco), soro na água (Hidrafort), Nalyt 100plus mais CH-COX/PLUS. Lembrem-se a cura é lenta, muitos năo resistem, por isso prevenir com Nalyt Fases e CH-COX/Prevençăo é o ideal.



BIBLIOGRAFIA

ALTMAN, R.B.; CLUBB, S.L.; DORRESTEIN, G.M.; QUESENBERRY, K. Avian medicine and surgery. Saunders: USA, 1997. 1070 p.


BENEZ,S.M. Aves, criaçăo, clínica teoria e prátíca.4 ed. Tecmed, SP. 2004.600p.


BERCH1ERE, JR.; MACAR1, M. Doença das aves. Facta, SP. 2000. 490 p.

Aclimataçăo de Pássaros

Revista pássaros nro21/2000

A aclimataçăo é um fenômeno que atinge todos os pássarosrecentemente adquiridos ou capturados. Năo acontece unicamente com os pássarosindígenas ou alienígenas, mas também com todos os canários e nos mais diversosgraus.

Poderíamos defini-la como o período te o qual o pássaro sehabituará, gradativamente, ŕs suas novas condiçőes de vida: essencialmentealimentaçăo e habitat.

É evidente que é um período particularmente difícil para oorganismo do pássaro que está submetido ŕ:

- -um stress nervoso pelo fato de desapariçăo bruta! Dassuas condiçőes habituais de vida: tanto faz que seja de meio natural ouartificial.

- -um stress alimentar: especialmente quando se trata depássaros capturados; passagem ao regime de grăos secos para os granívoros ou aoregime de raçăo para os insetívoros, etc.

- -Um stress climático: sobretudo para as espéciestropicais com relaçăo ŕ temperatura e também ŕ intensidade e a duraçăo dailuminaçăo, ŕ umidade do ar, etc.

Constatamos desde já, que o problema da aclimataçăo écomplexo, uma vez que baseia-se em tręs componentes: meio ambiente, microfilmee alimentaçăo. É óbvio que a aclimataçăo será resolvida de acordo com cadacaso, dependendo da origem e condiçőes de cada pássaro adquirido.

Com relaçăo ŕ origem, podemos distinguir:

1.

1.

Pássaros de criaçăo, comprados diretamente no criador.
2.

Pássaros indígenas, capturados recentemente ou năo, porém que năo săo de criaçăo em gaiola.
3.

Pássaros exóticos importados, comprados diretamente do importador, sejam eles de criaçăo ou năo.

Qualquer que seja a providęncia do pássaro, impőe-se sempreuma quarentena, pois a nova aquisiçăo pode, talvez, ser portadora de germes semque a própria afetada demonstre e, portanto, sem marcas exteriores, ou porque amesma já foi tratada anteriormente ou mesmo porque seu organismo reagiuespontaneamente e venceu a infecçăo, transmitir estes germes a outros pássarosque estejam em contato.

De fato, todos os pássaros, como todos os seres vivos, săoportadores de germes microbianos ou viróticos, algumas vezes parasitários.Trata-se, geralmente, de germes banais tais como: colibacilos, salmonelas, etc.

Quando um pássaro goza de boa saúde, o número destes germespermanece numa taxa que năo acarreta preocupaçăo, entretanto se o organismo,por qualquer motivo se debilita, resfriamento ou deficięncia alimentar,esgotamento ou por numerosas posturas ou por viagens prolongadas, stress deaclimataçăo, etc., os mecanismos de defesa interna ficam enfraquecidos e nesseinstante os germes podem multiplicar-se de maneira desordenada infestando todoo organismo, ocasionando assim a doença que traduzir-se-á por sintomasespecíficos se for um só tipo de germe, ou por múltiplos sintomas se forocasionado pela multiplicaçăo de várias espécies de germes, dando lugar a umadoença polimicrobiana de diagnóstico muito difícil. Geralmente é esta últimahipótese que ocorre.

Repetindo, se o pássaro está com boa saúde, e entendemos porboa saúde, que năo lhe falta nada para assegurar o bom funcionamento de todosos seus aparelhos, os germes banais permanecem a uma taxa aceitável e oorganismo năo é em nada afetado, portanto năo é a presença de um microorganismoou de um parasita qualquer que é o responsável pelas doenças numa criaçăo. É oque acontece na natureza, os pássaros văo constantemente beber em poças deágua, que sabemos săo verdadeiras culturas de microorganismos e parecem năoserem afetados, uma vez que possuem já as defesas naturais e o equilíbrio dosparasitas.

Ŕ guisa de conclusăo, é preciso percebermos que qualquerpássaro que for introduzido em nosso criadouro, seja ele vindo do melhorambiente e condiçăo possíveis, sempre vai trazer consigo algo de diversos,parasitas e microorganismos diferentes dos existentes em nossos pássaros.Também é importante percebermos que nossa forma de alimentaçăo, tipo de alimentaçăo, local, etc., sendo outros que năo os já acostumados pelo exemplaradquirido poderá afetar suas condiçőes físicas e propiciar o aparecimento dealguma doença. Portanto, uma quarentena e fortificantes sempre se impőe a todae qualquer nova aquisiçăo.

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Amas Secas Quando, como e porque usar?

Sensibilidade e tecnologia. Estes são sem duvida os dois grandes ingredientes que levam um criador ao sucesso.
Considerando que a nossa atividade é uma arte, resulta extremamente importante aplicarmos todo o nosso conhecimento junto com uma sensibilidade, para na hora de escolhermos os nossos reprodutores e formarmos os casais, conseguirmos o maior proveito possível do material genético disponível, de tal forma que o produto final seja filhotes de excelente qualidade, a tal ponto de se destacarem na hora dos concursos.
Devemos aliar a nossa sensibilidade, um máximo de tecnologia, no manejo, instalações, alimentação, etc. de forma a que possamos obter também sucesso na produção e cuidado dos filhotes.
No campo tecnológico em todas as áreas da zootécnica ocorre avanços verdadeiramente expressivos no que a reprodução se refere. Uma descoberta por todos conhecida de extremo valor, é a inseminação artificial, que permite multiplicar incrivelmente a prole de certos exemplares machos de alto valor genético. Desta forma consegue-se multiplicar muito velozmente as qualidades de um exemplar excepcional. Nós criadores de pássaros ainda não dispomos de técnicas que permitam essa pratica, mas em várias espécies podemos utilizar a poligamia com os melhores machos, de forma a obtermos maior quantidade de filhotes dos melhores machos dos nossos planteis.
Uma descoberta mais recente mas não menos interessante, é a transferência embrionária, que consiste resumidamente em estimular a ovulação de fêmeas de alto padrão, fecundar esses ovos e transferir os embriões para "amas-secas" de inferior qualidade que terão como única tarefa de criar esses filhotes de alto padrão. Desta forma, multiplica-se de maneira significativa o número descendentes de fêmeas excepcionais.
Esta tecnologia representa uma ovulação impressionante na qualidade de planteis, chegando a resultados surpreendentes num período de tempo muito reduzido.
Existe na ornitologia um exemplo típico desta prática, que é a cria do Diamante de Gold, utilizando Manons como "amas-secas".
Em canaricultura, o uso de amas secas permite, da mesma forma, que a possamos obter maior número de ninhadas daquelas fêmeas que mais nos interessam, desde que se utilizem uma manejo adequado e cuidadoso.

COMO FAZER UM PLANTEL DE "AMAS-SECAS"

As "amas-secas" devem ser fêmeas de excelente desempenho como criadeiras, independentemente da sua beleza. Como isto é recomendável que formemos um verdadeiro plantel com as mesmas, no qual o único critério será o comportamento reprodutivo. Quando avaliamos o comportamento reprodutivo das amas-secas, não nos referimos unicamente ao fato de alimentarem bem os filhotes, mas também a ausência de qualquer desvio comportamental.
Desta forma serão eliminadas as fêmeas que rejeitem o anel, ou arranquem as penas dos filhotes, etc.

Em nosso canaril, iniciamos a experiência a três anos atrás, com cinco fêmeas sem raças definidas, filhas de um casal de excepcional qualidade reprodutora, que nos foram presenteados por um criador amigo. Logo no primeiro ano eles tiveram um desempenho formidável como criadeiras e das duas melhores, obtivemos filhotes para aumentar o número de amas-secas para o ano seguinte. Desta forma, temos sucessivamente aumentado o número de fêmeas sempre tirando filhotes das melhores "tratadeiras". Resulta extremamente importante quando tiramos filhotes de amas-secas, que utilizemos machos filhos de fêmeas excepcionais criadeiras, para passar para os filhos essas qualidades.

O MANEJO

Diferentes de outras espécies ( Diamante de Gold, por exemplo ), no caso específico da cria de canários, temos observado que certos cuidados devem ser tomados, principalmente no que se refere a evitar o desgaste das fêmeas cujos ovos são retirados para provocar uma nova postura.
Quando esta prática é aplicada com freqüência com a mesma fêmea, ela muitas vezes se mostra desgastada, diminuindo o número de ovos das posturas ou demorando muito para iniciar uma nova postura. Desta forma, quando retiramos os ovos de uma ninhada, deixamos que ela mesmo crie os filhotes da próxima, para retirar os ovos da seguinte e assim sucessivamente.
Desta forma, consideramos que um número excessivo de amas secas, seja contraproducente, diminuindo a produção em termos quantitativos.
Considerando um número razoável de amas secas pode oscilar o 10% do total das fêmeas utilizadas.
O manejo propriamente dito é muito simples. Controlamos a fertilidade das aves com 10 dias de choco, e transferimos os ovos cheios das fêmeas de maior interesse nesse mesmo dia, retirando o ninho para que ela "perca o choco", e recolhendo o mesmo, em dois dias, para reiniciar a postura.

OUTRAS VANTAGENS

Além da possibilidade de obtermos maior prole mais numerosa de melhores fêmeas do nosso plantel, consideramos que as amas secas, por serem relacionadas pela sua qualidade para tratar os filhotes, nos oferecem garantia de sucesso no desenvolvimento dos filhos das nossas melhores reprodutoras.
Por outro lado, também utilizando as "amas-secas" para testar a fertilidade dos machos do plantel que oferecem dúvidas. Assim, quando, um macho de qualidade não "enche ovos" numa ninhada, colocamos o mesmo com uma ama-seca para testar novamente a sua fertilidade, sem riscos. Quando o mesmo começa a fecundar ovos, ele é reintroduzido no plantel.
O tema é interessante, alguns aprovam esta pratica e outros não. Nós tentamos, aprovamos e esperamos ter contribuindo para que você tire suas próprias conclusões. Boa Sorte !!!

Álvaro Blasina

Juiz da OBJO/COM

CONCEITOS TÉCNICOS E ACASALAMENTOS

Revista CCCJ 2004


Inicialmente convém fazermos um estudo profundo a respeito dos acasalamentos, bem como os conceitos técnicos que muito ajudarão os iniciantes. Comecemos pêlos canários de cor clássica.

Denominaremos esta classificação de "cores bases" para os fatores mutantes, ou seja cores novas porque estes gens surgiram superpostos àquelas cores chamadas de clássicas. Daí a importância de conhecê-las em profundidade.

É conhecido que existem duas linhas de canários roller de cor: a) linha clara; b) linha escura. A linha clara se subdivide em linha clara com fator (vermelho) e linha clara sem fator. Compõem a primeira linha: 1)Vermelhos (intensos e nevados); 2) Mosaicos. A estes superpõem-se as denominadas cores novas, os albinos, acetinados e o marfim.

Compõem a linha clara sem fator:

1 -Brancos dominantes
2 - Brancos recessivos
3 - Amarelos (intensos e nevados)
4 - Amarelos mosaicos

Superpondo-se a estes fatores, teremos segundo a localização oficial:

1 - Albinos dominantes (branco dominante de olho vermelho).
2 - Albinos recessivos (branco recessivo de olho vermelho)
3 - Lutinos intenso e nevados e, ainda, mosaicos (são os amarelos ditos acima também portadores de olho vermelho nítido). Todos os gens mencionados acima poderão estar geneticamente ligados ou não ao sexo e assim serão INOS ou ACETINADOS, mas sempre sob a nomenclatura exposta.
A subespécie linha escura de cor clássica também vai subdividir-se em duas linhas:
a) com fator;
b) sem fator.

Alinha escura com fator vermelho, pela ordem de dominância, tem-se:

1 -Cobres
2-Ágatas
3-Canelas
4 - Isabelinos (Intensos ou nevados)

Sem fator:
1 - Verdes, intensos e nevados
2 - Azuis
3 - Ágatas amarelos, intensos, nevados e prateados
4 - Canelas amarelos, intensos, nevados e prateados
5 - Isabelinos amarelos, intensos, nevados e prateados.

A estas cores é acrescida a nomenclatura de cores novas que irá modificar-lhes os fenótipos, tais como: os inos, lutinos, acetinados, etc...

Para a caracterização e o acasalamento é necessário e imprescindível conhecer os seus caracteres básicos e conceitos técnicos e genéticos, para o perfeito entendimento no manejo dos
acasalamentos correios e, por outro lado sabe-se como atuam as cores novas sobre clássicas.

Assim, é preciso saber o que é um caráter dominante, recessivo, livre, ligado ao sexo, lipocromo, pigmento, melânico, eumelanina, feomelanina, melânicos oxidados, melânicos diluídos, fenótipo, genótipo, etc.

O caráter dominante como a própria expressão informa é aquele pelo qual domina a qualquer outro e não deixa influenciar, isto é, o caráter dominante não permite que apareça prole de carater diverso. Este prole diverso é chamado de dominado e que fica latente, podendo vir a se exteorizar. Exemplificando, o verde homozigoto é denominado sobre as demais cores, isto é, se for acasalado um verde macho com uma fêmea canela, ágata, isabel: toda prole será de verdes. Como se vê, não permite que nesta prole apareça outra cor senão o verde; por isso é dominante. E o fator dominado onde está? Estará latente nos filhotes machos desse acasalamento que recasados farão surgir a cor diversa.

Este conceito é importantíssimo para os acasalamentos.

HOMOZIGOTO é o canário que porta em seus dois gametas os mesmos fatores pigmentários. Em outras palavras, que seus ascendentes sejam iguais.

Assim usando estes conceitos, sabe-se que o verde domina o ágata, o canela e o Isabel; e o canela é dominante sobre o isabel. Substituindo-se o verde pelo cobre, tem-se a mesma linha de dominância nos canários com fator vermelho.

RECESSIVO é um gen que para se exteriorizarem sua descendência é preciso que exista em dupla dose e com relação à carga genética, não é ligada ao sexo. Em outras palavras, para surgir na plumagem dos descendentes é necessário que este gen esteja presente tanto no macho como na fêmea, ainda que, pelo menos, sejam ambos portadores. Como exemplo, os canários recessivos em geral, os opais, etc...

LIVRE é o gen que surge quando existir outro da natureza diversa, como o fator limão, asagris e até mesmo o mosaico, no entender de muitos.

LIGADO AO SEXO entende-se que a carga genética contida no cromossomo sexual capaz de determinar o sexo, a pigmentação como ocorre com os fatores marfim, pastel, acetinado e alguns canários (cores) de linha escura, com relação aos seus pigmentos melânicos.

Assim, um macho ligado ao sexo dará obrigatoriamente qualquer que seja a cor da fêmea todas as fêmeas de sua descendência iguais ao gen do pai.

Lipocromo é o pigmento amarelo ou vermelho existente na plumagem do canário. É um processo biológico de transformação dos elementos que se opera no organismo desses seres provocando a coloração da plumagem.

Pigmento melânico é a coloração negro-marrom existente no dorso, nas asas e em outras partes do corpo dos canários.

Eumelanina é o pigmento negro.

Feomelanina é o pigmento marrom.

Melânicos oxidados são os pigmentos verde-marrom e marrom, cobre no primeiro caso, e canelados, no segundo.

Melânicos deluidos são os que possuem a eumelanina e a feomelanina diluídas, os ágatas e isabelinos.

Fenótipos são os caracteres externos visíveis e que caracterizam o espécime.

Genótipo é a constituição genética de quaisquer seres vivos não perceptível pelo exame visual.

Memorizados os conceitos acima, fácil será a aplicação técnica e correia nos acasalamentos.

Pode-se, assim, fixar algumas regras para acasalamentos técnicos e corretos:

1) Acasalar melânicos oxidados entre si, isto é, cobre com cobre, canela com canela e cobre com canela.

2) Acasalar melânicos diluídos também entre si: ágata com ágata, isabel com isabel e isabel com ágata.

3) NÃO ACASALAR melânicos oxidados com melânicos diluídos que tendem a reproduzir pássaros atípicos, tais como, ágatas que se confundem com cobre e isabelinos que se parecem canelas.

Estes dois casos não pertencem a nenhuma categoria. Daí as desclassificações certa nos concursos, com raríssimas exceções.

4) NÃO ACASALAR pássaros de linhas desiguais.

Com bases nesses conceitos, formulamos a seguir relação de acasalamentos certos e correios, bem como resultados dos mesmos:

LINHA CLARA:

Branco dominante X Branco dominante, alto índice de prole branca, independentemente do sexo.
Excepcionalmente, sobrevêm amarelos, os quais deverão ser mantidos pois reacasalados com branco darão maior índice de brancos, além de fortificarem a descendência, porque os amarelos
são pássaros mais fortes e resistentes que os brancos.

Branco dominante X Amarelo - teoricamente, à exceção do descrito acima, darão 50% de brancos e 50% de amarelos independentemente de sexo. Este acasalamento é preferível ao anterior porque se evita o enfraquecimento da prole bem como previne em possível fator letal (morte prematura do embrião ou logo após o nascimento).

Amarelo X Branco dominante - idem acima.

O fator amarelo em ambos os casos poderá ser intenso ou nevado;
usando-se o intenso aparecerá na prole amarelos intensos e brancos de empenação melhor (chamados pena dura).

Branco recessivo X Branco recessivo - 100% de Brancos recessivos com raras exceções.
Desaconselha-se este acasalamento porque pode ocorrer o fator letal.

Branco recessivo X Amarelo comum - predominância dos amarelos independente de sexo, mas todos serão portadores de branco recessivo.

Amarelo comum X Branco recessivo - idem acima.

Branco recessivo X Amarelo portador de branco recessivo - 50% de brancos recessivos e 50% de amarelos portadores de branco recessivo, todos independentes de sexo.

Se o amarelo for descendente de branco recessivo X Branco recessivo haverá predominância do branco recessivo.

Amarelo portador de branco recessivo X Branco recessivo - idem acima.

Vermelho intenso X Vermelho nevado, ou vice-versa - 50% de intensos e nevados independentes de sexo.

Mosaico X Mosaico - 100% de mosaicos.

LINHA ESCURA:

Cobre X Cobre - 100% de cobre.

Cobre X Canela ou Canela X Cobre - 50% de cobres e 50% de canelas independentes de sexo.

Canela X Canela - 100% de canelas.
Macho ágata X Fêmea Isabel - machos ágatas e fêmeas Isabel. Se o macho for homozigoto, isto é, de origem Ágata X Ágata; se for de origem isabel a prole será de ágatas e isabelinos, independente de sexo.

Macho isabel X Fêmea ágata - machos ágatas e fêmeas isabel.

Obs.: O macho isabel é sempre homozigoto, ainda que seja de origem ágata em face de sua constituição genética.

Macho ágata X Fêmea ágata - 100% de ágatas, caso o macho seja homozigoto, pois do contrário só poderá portar isabel o qual poderá surgir na descendência.

Isabel X Isabel - 100% de isabelinos.

LINHA ESCURA SEM FATOR:

Macho verde X Fêmea verde - 100% de verdes.

Macho verde X Fêmea azul - 50% de cada cor, independentes de sexo.

Com relação aos ágatas, isabelinos e canelas proceder-se-á conforme a descrição dos acasalamentos com fator, seguindo-se as mesmas regras.

Não deve ser esquecidos que, afora os prateados e brancos, só se deve acasalar intenso com nevado; nunca nevado com nevado. E, em excepcionais condições, intenso com intenso, mas um deles deverá ter pena macia ou mole e shimmel para se evitar uma série de problemas, especialmente de empenação.

Todos os acasalamentos descritos são técnicos e certos e poderão ser seguidos à risca sem quaisquer problemas.

Entretanto em última instância, poderá recorrer-se a acasalamentos atípicos e, por isso, vai-se descrever uma série de acasalamentos que são desaconselháveis. Também seus resultados com relação à linha escura, porque não se deve nem por experiência fugir da técnica descrita nos acasalamentos de linha clara.

Sabemos que, pelo conceito de dominância, os canários melânicos oxidados dominam os de melanina diluída, isto é, o fator de diluição. Aplicando-se esta regra, um verde (homozigoto) acasalado com fêmeas canela, ágata ou isabel, toda prole será de verdes, portanto os filhotes, os machos, serão portadores de canela, ágata ou isabel que, recasados, farão aqueles fatores
dominados.

Este mesmo verde acasalado com fêmeas isabelinas, canela e ágatas prateadas, fundo branco, a descendência será de verdes ou azuis, não havendo contrariedade à regra enunciada, porque o azul é um fator oxidado.

Troquemos o macho verde pelo azul e usemos as fêmeas isabel, ágata ou canelas prateados, o resultado é o mesmo. Observando a mesma regra, toda descendência será de machos e fêmeas verdes ou azuis.

Está se percebendo que todo o segredo está na ciência que aponta o macho como responsável de quase todo o enigma, isto porque é nele que se concentra grande parte da carga genética.

Vejamos outros resultados de acasalamentos:

Macho ágata amarelo X Fêmea verde - machos verdes e fêmeas ágatas.

Todos amarelos.

Macho ágata amarelo X Fêmea azul - machos verdes ou azuis e fêmeas ágatas prateadas.

Macho ágata amarelo X Fêmea canela amarela - machos verdes e fêmeas ágatas amarelas.

Macho canela amarelo X Fêmea verde - machos verdes e fêmeas canelas.

Macho canela amarelo X Fêmea azul - machos azuis e verdes e fêmeas canelas amarelas prateadas.

Macho canela amarelo X Fêmea ágata amarela - machos verdes e fêmeas amarelas.

Macho canela amarelo X Fêmea isabel amarelo - machos e fêmeas canelas.

Macho isabel amarelo X Fêmea verde - machos verdes e fêmea isabel.
Obs.: Os machos deste acasalamento serão portadores não só do fator dominado (isabel), como também de ágata e canela.

Macho isabel amarelo X Fêmea azul - machos verdes ou azuis e fêmeas isabel prateada.

Macho isabel amarelo X Fêmea canela amarela - machos e fêmeas isabel todos amarelos.

Com relação aos canários de fundo branco os resultados serão os mesmos. Basta trocar o fator amarelo pelo prateado, serão todos prateados com raras exceções se acasalarmos prateado com prateado.

LINHA ESCURA COM FATOR

Macho cobre X Fêmea isabel - machos e fêmeas cobres.
Obs.: Os machos deste acasalamento serão portadores de isabel.

Macho cobre X Fêmea ágata - machos e fêmeas cobre.
Obs.: Os machos serão portadores de ágata.

Macho canela X Fêmea isabel - machos e fêmeas canela.
Obs.: Os machos serão portadores de isabel e toda descendência poderá ou melhor, deverá ser atípica.

Macho canela X Fêmea ágata - machos cobre e fêmeas canela ou ágata.
Obs.: Todos os machos serão portadores, além de ágata, de canela e isabel e deverão ser atípicos confundindo-se ente si os cobres e ágatas.

Macho isabel X Fêmea canela - machos canelas e fêmeas isabel, também serão atípicos.

Macho isabel X Fêmea cobre - machos cobres e fêmeas isabel. Do mesmo modo serão atípicos, entretanto os machos portarão ágata, canela e isabel.

Macho ágata X Fêmea canela - machos cobres e fêmeas ágatas. Os machos serão portadores de ágatas, canela e isabel e terão os mesmos problemas ja descritos.

Macho ágata X Fêmea cobre - machos cobres e fêmeas ágatas. Os machos serão portadores de ágata com os mesmos problemas já apontados.

Ai estão esgotados as combinações possíveis e seus resultados, lembrando novamente que esses machos enunciados são homozigotos (hereditários puros) e que não se deve recorrer a esses acasalamentos porque não são técnicos e representam uma regressão.

Convém, finalmente dizer que os produtos dos acasalamento acima realçados não darão o mesmo resultado descrito, pois a sua constituição genética virá modificada.

Entretanto se for usado um desses produtos, deve-se fazê-lo dentro das técnicas enunciadas inicialmente.

TABELA RESUMIDA DE ACASALAMENTO

Branco Dominante x Amarelo Nevado

Amarelo Intenso x Amarelo Nevado

Amarelo Mosaico x Amarelo Mosaico

Vermelho Intenso x Vermelho Nevado

Vermelho Mosaico x Vermelho Mosaico

Cobre Intenso x Cobre Nevado

Canela Prateado x Canela Amarelo

Canela Intenso x Canela Nevado

Ágata Prateado x Ágata Amarelo

Ágata Intenso x Ágata Nevado

Isabelino Prateado x Isabelino Amarelo

Isabelino Intenso x Isabelino Nevado

Azul Dominante x Verde

Verde Intenso x Verde Nevado

ACASALAMENTO DE CANÁRIOS LIGADOS

PASTEL - MARFIM - ACETINADO
MACHOS X FÊMEAS
Puro Pura = Machos e Fêmeas Puras
Portador Pura = 25% Fêmeas Puras
25% Fêmeas Normais
25% Machos Puros
25% Machos Portadores
Normal Pura = Machos Portadores
Portador Normal = Fêmeas Normais
25% Fêmeas Puras
25% Fêmeas Normais
25% Machos Normais
25% Machos Portadores



ACASALAMENTO DE CANÁRIOS RECESSIVOS
BRANCO RECESSIVO - OPAL - INOS


MACHOS X FÊMEAS
Puro Pura = Machos e Fêmeas Puras
Portador Pura = 50% Machos e Fêmeas
50% Portadores Machos e Fêmeas
Normal Pura = 100% Portadores Machos e Fêmeas
Puro Portadora = 50% Puros Machos e Fêmeas
50% Portadores Machos e Fêmeas
Portador Portadora = 25% Puros Machos e Fêmeas
50% Portadores Machos e Fêmeas
25% Normais Machos e Fêmeas
Normal Portadora = 50% Portadores Machos e Fêmeas
50% Normais Machos e Fêmeas
Puro Normal = 100% Portadores Machos e Fêmeas
Portador Normal = 50% Portadores Machos e Fêmeas
50% Normais Machos e Fêmeas

OS CRUZAMENTOS SURPRESA

Revista Pássaros nro 20/2000

Sabe-se que existem falsos lipocromos. Eles tem o aspecto de canários amarelos, brancos ou mosaicos, mas quando cruzados com lipocromos verdadeiros (com olhos pretos), produzem filhotes ditos “multicolores”.

Este é o caso típico dos Isabel-opal, nos quais a melanizaçăo é parcial, năo havendo melanina aparente, e a sub-pluma pode ser até mesmo branca.

Se cruzarmos um Isabel-opal com um branco, um amarelo, ou um mosaico, verdadeiros lipocromos (e portanto tendo um duplo fator E), nós obteremos filhotes multicolores. Eles săo freqüentemente simétricos mas, de acordo com o lipocromo escolhido, eles podem ter as asas manchadas de preto, de marrom ou de Isabel.

Isto mostra que os lipocromos englobam igualmente os quatro tipos de base preto-marrom, ágata, marrom e Isabel. Isto nos permite compreneder porque certos brancos recessivos, certos mosaicos, possuem olhos avermelhados; eles possuem fator Isabel, e isto é mostrado pelo fato que com um Isabel-opal, nós temos somente Isabel multicolores. Na ausęncia do fator E, as melaninas năo puderam se exprimir, o cruzamento permitiu a introduçăo de um fator E+, e por isto nós temos os multicoloridos.

Esta observaçăo está ligada ao fato que nós podemos ver aparecer numa linhagem de canários amarelos uma mancha preta, ou entăo marrom; no segundo caso, o canário possui fator marrom. Se um canário branco, nós verificamos uma mancha bege, nós podemos dizer que este pássaro é do tipo Isabel, etc.

Interessante observaçőes săo feitas cruzando Isabel ou opal marrom com satinados, ou ainda cruzando mosaicos com canários brancos. Os resultados destes cruzamentos nos permitem conhecer melhor os caracteres mosaico, opal ou satinado.

Somente aqui é que se apercebe das possibilidades oferecidas por pouco que se afaste dos caminhos batidos.

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

FM VM MS

AG OP AM MS FM

COMPORTAMENTO PRESSÃO SEXUAL E O MAL DA POSTURA

Revista SOBC 2000

O mal da postura é uma doença que atinge as fêmeas no curso da reprodução. Ela se origina na dificuldade de por os ovos: a fêmea fica inquieta, se desgasta em vãs esforços, não se alimenta suficientemente, fica no ninho ou, mais freqüentemente, no fundo da gaiola. São atitudes: plumagem fofa, asas pendentes, olhos semi-fechados, que exprimem a gravidade de seu estado.
Além do enfraquecimento provocado pelo mal da postura, distúrbios gerais aparecem devidos à compressão de órgãos vizinhos e dos vasos sanguíneos pelo ovo insinuado no oviduto. A postura do ovo libera a fêmea da sua angústia e dos seus distúrbios: ela se recupera rapidamente. Porém, o mais freqüente, se não se intervém, é a morte.
O mal da postura se manifesta geralmente após o término do ninho quando a postura tarda a se produzir. E é mais freqüente nas fêmeas mais jovens ou mais idosas, sendo favorecido por uma carência mineral e também por uma temperatura bem baixa. Pode-se então preveni-lo por uma boa escolha das fêmeas, por um aporte mineral (osso de siba, farinha de ostras, areia de rio, bloco mineral do comércio) e evitando-se as baixas temperaturas, o que não é raro no caso de pequenos exóticos se reproduzindo justamente no nosso inverno.
Na luta contra o mal da postura, elevando-se nitidamente a temperatura do criadouro, dando-se uma alimentação rica em óligo, elementos e em vitaminas, se favorece a evacuação do ovo, Para isso se exerce uma pressão nela, mantendo-a sobre o vapor de água fervente. A observação da fêmea que morreu depois do mal da postura mostra que o ovo pode ser reabsorvido e desaparece pouco a pouco, mas uma intoxicação pode se produzir levando à morte da fêmea, nos dias seguintes, justamente quando ela parece se restabelecer.
Quando o ovo está presente e a ponto de ser posto, uma gota de óleo na cloaca pode favorecer sua expulsão. Em outros casos esta prática parece não apresentar nenhum interesse.
Observações feitas sobre o diamante mandarim mostram que uma fêmea apresentando alguns sinais do mal da postura pode se recuperar bem rapidamente quando se separa do macho ou quando coloca-se em uma gaiola uma lâmpada acesa, permitindo o aquecimento. Esta separação freqüentemente revela-se suficiente. Se a separação influir na atitude da fêmea que revela o mal da postura, a melhora é obtida nas três horas seguintes.
Pode-se então pensar que a presença do macho (tanto como aquela do ninho) tem um efeito ativador sobre a postura. Pela sua presença, o macho exerce uma pressão sobre a fêmea que a incita a por, mesmo que não esteja psicologicamente pronta. Embora algumas violências não sejam observadas, “a fêmea se sente culpada” se não põe. Chamamos de “pressão sexual” a influência do macho. E é provável que ela seja exercida por via hormonal: a visão do macho, a presença do ninho, exercitam uma secreção hipofisária desencadeando o mecanismo da postura. A debilitação de algum dos elementos necessários ao mecanismo vai provocar o mal da postura.

terça-feira, 4 de agosto de 2009

Listas de Doenças dos surtos de criaçőes de canários

Sintomas

Indicaçőes preventivas

1. Doença: Mycoplasmose

Sintomas: Queda de resistęncia, pegando infecçőes variadas; ovos
brancos; embriăo morto; infecçőes secundárias nas patas por Bouba e
Flebites.

Indicaçőes preventivas: săo indicados Nalyt HReproduçăo dose de
20g em l litro de água ou Ikilo de farinhada durante 7 dias, repetiçăo
após 5 dias; ou 14 dias seguidos caso tenha havido sintomas no ano
anterior. Repetir a prevençăo entre a 2a e 3a posturas.

2. Doença: Alimentaçăo com excesso de proteína (de 22% a níveis mais altos)

Sintomas: Infecçăo de patas com articulaçőes inflamadas; morte súbita por depósito de uratos (derivados das proteínas em excesso) em rins, fígado, coraçăo, fígado, baço o que causa dor, perda da capacidade de reproduçăo e inflamaçőes agudas em órgăos e articulaçőes; canibalismo de fęmeas que comem bico, penas e patas de filhotes; retençăo de ovos em fęmeas; bicos tortos.

Indicaçőes preventivas: é indicada a remoçăo imediata da farinhada com alto teor proteico e mudança para uso de farinhada com teor de proteína menor. Retirar ovo "m natura ". Aplicar tratamento para dor local (ver flebite). As lesőes internas de gota visceral dificilmente tęm cura (Alopurinol por longo prazo).

3. Doença: Flebite das veias das Patas

Sintomas: Infecçăo secundária ao vpirus da Bouba, dando flebite nas veias das patas e dermatites úmidas das patas.

Indicaçőes preventivas: săo indicados Nalyt H Reproduçăo dose de 20g em l litro de água ou Ikilo de farinhada durante 14 dias seguidos caso tenha havido sintomas no ano anterior. Ampicilon associar durante 10 dias a dose de 20g em l litro de água ou l kilo de farinhada. Passar Andolba ou Biofenac nas patas para retirar a dor. Năo usar pomadas, nem mesmo cremes.

4.Doença: Bouba

Sintomas: Lesőes de patas forăo mais comuns neste ano, com nódulos, calos, inflamaçăo e flebite secundária. Mycoplasma agrava o quadro de Bouba, e farinhadas com excesso de proteína agrava as lesőes nas patas.

Indicaçőes preventivas: săo indicados Homeopatia Thuya occidentalis 12CH e Belladona 12CH líquido na dose de 20 gotas em 2 litros de água para todas as aves 30 dias seguidos, e manter l vez por semana na criaçăo. Năo usar vacinas contrabandeadas de outros países.

5.Doença: Infecçăo de Filhotes naprimeira semana de Vida

Sintomas: A Morte de filhotes é causada por Mycoplasma, coccidiose, micotoxinas de sementes, Salmonellose provoca alta mortalidade e Colibacilose perdas crónicas.

Indicaçőes preventivas: săo indicados Nalyt H Reproduçăo para os adultos dose de 20g em l litro de água ou l kilo de farinhada durante 7 dias, repetiçăo após 5 dias; ou 14 dias seguidos caso tenha havido sintomas no ano anterior. Repetir e prevençăo entre a 2a e 3a posturas. Para os filhotes NalytHBaby dose de Ig em 50ml de água ou 50g de papinha durante os 7 dias primeiros dias de vida e os 7 dias após o desmame, repetiçăo após 5 dias;

Outras informaçőes de Prevençăo Geral

Eu aplico estes mecanismos de prevençăo e cura em meus canários frisados parisienses, e estou fazendo indicaçőes de alopatia, suplementaçăo e nutriçăo que eu desenvolvo, e cujos produtos sou responsável junto ao Ministério da Agricultura. Aplico a Homeopatia como tratamento complementar.

Vermifugaçăo anterior ŕ colocaçăo de ninhos - Vermiden vermífugo
preventivo que deve ser oferecido 2 a 4 vezes ao ano (dose: 20gramas em l
litro de água ou l grama por 50ml de água l dias, repetindo a medicaçăo 15
dias após).

Suplementaçăo de Vitaminas: Rovital-C - manter 2 vezes por semana durante todas a criaçăo, pode ser usado em campeonatos em tempos frios; Hidrafort que é um soro de torneio oferecer l dia antes, no dia do torneio e l a 2 dias após o torneio; podendo prolongar até 10 dias.

Curativos: Natyt 100 Pius Nova Fórmula durante 48 horas para stress térmico; durante os campeonatos realizados em localidades frias; dę 7 a 14 dias seguidos criaçőes com histórico de doença da reproduçăo ou aves roucas,
repetiçăo após l męs; Coccinon-Vitasol - em casos de coccidiose (dose
preventiva 20 dias seguidos 20 gramas em l kilo da farinhada ou l litro de água
e dose tratamento durante 4 dias apenas 40 gramas em l litro de água ou l kilo de farinhada e continuar por 20 dias com dose preventiva); Vitamin E - para melhorar níveis de reproduçăo, mantendo até a primeira postura; Metionina e Lisína - para canibalismo de filhotes; morte embrionária e aves com debicagem de penas; sempre uso na menor dose da bula, e vou aumentando na medida da necessidade, durante 30 dias. Front-Line Spray deve ser usado na dose de 2 gotas no dorso da ave para prevenir ou tratar piolho, sempre que houver risco de infestaçăo pulverizar abaixo do ninho.

Observaçőes Gerais:

l. Coletar uma amostra de fezes de machos em um coletor de fezes comprado em farmácia (todos os machos em l pote), e uma amostra de fęmeas em outro pote, e envie por sedex para realizarmos exame antes da colocaçăo dos ninhos e entre a 2a e 3a postura. Verificamos coccidiose, vermes e controle de piolhos de penas.

Homeopatia: Mandar fazer os seguintes medicamentos. (Usar esta água como única fonte de bebida podendo ser usada com vitaminas e outras medicaçőes a mesma água).

Thuya occidentalis 12CH, Salmonella 12CH e Colibacillinum 12CH elaborados em l frasco de líquido usando na dose de 10 gotas em 2 litros de água durante 30 dias seguidos, mantendo a medicaçăo l vez por semana na criaçăo e napapinha de filhotes (l gota em 50ml). Podendo ser usado junto com outras medicaçőes na mesma data.

Berberís 6CH; Chelidonium 6CH, Quercus 6CH l frasco líquido e fazer a diluiçăo diária de 10 gotas em 2 litros de água de bebida l vez por semana para desintoxicaçăo de fígado e rins.

Enriqueça a sua farinhada com os ingredientes que contém na Farinatta
Bianco e Suprema, ambas uso em meus canários para um processo contínuo
de prevençăo na alimentaçăo.

• Preveni - prevençăo de Salmonella e Colibacilose, para uso contínuo na
farinhada da criaçăo. Preveni - para uso contínuo nas farinhadas, durante todo o ano. Previne contra Salmonellose e Colibacilose, promove aumento de
resistęncia e crescimento de adultos e filhotes (dose de 5 gramas porkilo).

•Aflatox - prevençăo e adsorçăo de micotoxinas na farinhada e sementes, para uso continuo. Aflatox previne e adsorçăo de micotoxinas de fungos nas
sementes e outros alimentos. Indicado para uso contínuo assim que chegarem as sementes ao criatório (dose de 5 gramas por kilo).

• Probilac Pius - probiótico para uso na farinhada. ProbLac Pius - probiótico
para uso contínuo na farinhada. Cria uma flora intestinal nas aves adultas, a
qual protege o intestino da ave, evitando proliferaçăo de bactérias patogęnicas.
Prepara os pais para oferecer ao filhote a mesma flora saudável assim que
regurgitarem o primeiro alimento.

ProAve - Veterinária e Tecnologia - Clínica Assistęncia Técnica e
Patologia de Aves

• Săo José dos Campos SP

R. Rui Sérgio Rodrigues Moura, n." 432, Bairro Urbanova CEP 12.244-040
Tel./Fax (Oxxl2) 3949-1603 Cel.(12)9711-0523 e-mail novo: proave-2(a>.uol.com.br

• Săo Paulo SP

R. Heliodoro Ébano Pereira, 92 Bairro Lapa -CEP 05068-030
Tel./Fax (Oxxll)36ll-5051

sites:

http://www.homeopatiaveterinaria.com.br/stella

O FUNGO DE UNHA

Fonte: Criadouro Semear www.criadourosemear.com.br

Revista SOMA 2006



Muitos criadores de canários já tiveram a desilusăo de ver um potencial campeăo, aquele canário que se destacava na cor, de repente imprestável. Muitos juizes já tiveram o desprazer de desclassificar belos pássaros pela mesma razăo. Já julguei exposiçőes de canários em que mais de 10% dos pássaros foram desclassificados por serem portadores de micoses em dedos. Já vi fungos de unhas em pássaros em todo o Brasil mas năo nas proporçőes que ocorrem em Santa Catarina.

O fato deve ser relacionado ŕs condiçőes climáticas, principalmente ŕ umidade do ar. Uma consistente observaçăo a favor desta hipótese é que a doença é mais comum nas cidades próximas de rios e mar. É mais freqüente no fim do verăo ou do outono, mas na época, a superpopulaçăo nos criadouros é grande. É proporcionável que a doença seja transmissível, pois, é comum vários pássaros de um mesmo gaiolăo estarem contaminados.

Manifestaçăo Clínica

A doença é de difícil reconhecimento nas suas faces inciais porque o pássaro afetado só levanta a pata doente nas faces adiantadas, quando a unha geralmente está irremediavelmente perdida. O início, por vezes é caracterizado por lesőes brancas ou amarelas ou engrossamento da ponta do dedo comprometido, fatos comuns a doenças das patas dos canários. Geralmente o que caracteriza o quadro é a presença de uma lesăo verrugosa que se inicia dentro da matriz da unha e, em poucos dias, recobre toda a unha. Neste estágio a unha já está morta e năo observa-se o filete sangüíneo que a nutre. A lesăo se destaca. Em alguns casos, pode haver contaminaçăo secundária resultando em septicemia e morte do pássaro.

Diagnóstico Laboratorial

O diagnóstico de laboratório é difícil, pelo alto custo dos exames e por năo dispomos em nosso meio, laboratórios com prática em micologia ornitológica. Por analogia com o que praticamos no diagnósticos estiológico dos onicomicoses humanas, enviamos para exames micológicos, microscopia e cultura, raspando de unhas de canários doentes. Todas as amostras tiveram resultado negativo, isto é, os fungos năo eram encontrados na superfície das lesőes. Decidimos, entăo, enviar para exame histológico dedos amputados. Como os resultados foram interessantes, serviram de motivaçăo para que, embora reconhecendo nossas limitaçőes, escrevęssemos este artigo. O estudo das lâminas coradas pela técnica de hematoxilinaesina e pela técnica de Grocott (pesquisa de fungos através de impregnaçăo pela prata), mostrou processo inflamatório crônico como edema, extasia e congestăo de vasos sangüíneos e a presença de formas fúngicas em hifas curtas e blastosporos, sugestivas de Tinea verrucosum que acomete seres provocando lesőes cerucosas. Outra característica marcante é a ausęncia do filete vasculonervoso que nutre a unha. Caso o problema persista em nosso criadouro, vamos tentar a cultura do fungo na matriz do dedo amputado onde encontra-se o principal foco.

Tratamento

Quando percebemos a lesăo verrucosa recobrindo a unha, geralmente năo há mais tratamento eficaz que recupere o dedo. Os cremes e pomadas a base de imodazólicos săo pouco eficientes, pois năo alcançam os fungos que estăo localizados na matriz da unha. Os que alcançam melhores resultados săo a base de oxiconazol (oceral) e bifonazol (mycospor). Os esmaltes para uso humano, com alta concentraçăo do principio ativo, comum o usaram para unhas e o loceryl, pelas mesmas razőes, também apresentam eficácia reduzida. O tratamento que apresenta melhores resultados, embora cause espanto, é a imersăo da pata afetada em ácido sulfúrico a 50% por 20 ou 30 segundos, seguido a lavagem de água corrente. Este procedimento é inócuo, năo restitue o aspecto normal da unha, mas impede a evoluçăo.

Nas onicomicoses humanas, várias drogas usadas por via oral săo eficazes no tratamento da doença como os imidazólicos (cetaconazol, flucanazol e itraconazol), a griseofulvina e a terbinafina quando usados por meses. Nos canários, como năo conhecemos o metabolismo destes medicamentos (absorçăo, níveis sanguineos, matabolizaçăo, concentraçăo em tecidos queratinados como pelo e unhas e vias de excreçăo), torna-se difícil determinar corretamente as dosagens e o tempo de uso. Já experimentamos usar em nossos canários o cetoconazol (cetonas, nizoral) na dose de 1 gr, 5 comprimidos triturados, e o itraconazol (sporanox, itranax) 4 cápsulas de 10 mg por kg der farinhadaa seca, por pelo menos 3 meses. Os resultados curativos foram muito pobres, mas algumas unhas onde a doença estava nos estágios iniciais recuperaram o aspecto normal. É importante ressaltar, que a incidęncia de novos casos no plantel diminuiu bastante tendo o medicamento agido preventivamente.

VM MS plantel

segunda-feira, 3 de agosto de 2009

OVO ATRAVESSADO OU OVO PRESO

Qualquer criador deve estar preparado para, mais cedo ou mais tarde, enfrentar este problema em suas aves.

A fêmea, quando está prestes a botar ou algumas vezes no meio da postura, amanhece toda arrepiada quieta no chão ou no ninho, os olhos semicerrados. Apalpando suavemente a região do abdômen da ave, perto da cloaca, pode-se perceber o ovo como que atravessado.

Infecções do oviduto, deficiências de minerais que impedem a perfeita calcificação do ovo, ovos anormais, problemas hormonais e com o hormônio que estimula as contrações musculares do oviduto, obesidade, fêmea muito jovem, fraqueza, são as causas principais do ovo atravessado.

Pegue a canária na mão e passe azeite de oliva ou óleo morno, na região da cloaca; massageie o local, segure a fêmea na mão, mantendo-a de costas, com o abdômen virado para cima. com o dedo indicador e polegar, localize o ovo e faça pressão suavemente e massageie de forma a induzir a parte rombuda do ovo para a cloaca. É preciso ter cuidado e paciência para que o ovo não quebre, não tente quebrar o ovo pois pode perfurar o oviduto. Segure a ave na mão em cima de uma vasilha com água quente, sendo que a fêmea deverá receber apenas o vapor d'água. Outra formaseria pegar um tubo de ensaio que caiba a fêmea e tampa a boca do tubo deixando uma passagem para o ar, e role o tubo em cima de uma mesa várias vezes muita velocidade nem muito rápido e nem muito lenta, repita estes movimentos umas 8 vezes, após retire a fêmea do tubo e recoloque-a no ninho.

As fêmeas que passam por este problema deve ficar sem produzir por toda uma temporada, para que se possam refazer.

Amas Secas

Quando, como e porque usar?

Sensibilidade e tecnologia. Estes são sem duvida os dois grandes ingredientes que levam um criador ao sucesso.
Considerando que a nossa atividade é uma arte, resulta extremamente importante aplicarmos todo o nosso conhecimento junto com uma sensibilidade, para na hora de escolhermos os nossos reprodutores e formarmos os casais, conseguirmos o maior proveito possível do material genético disponível, de tal forma que o produto final seja filhotes de excelente qualidade, a tal ponto de se destacarem na hora dos concursos.
Devemos aliar a nossa sensibilidade, um máximo de tecnologia, no manejo, instalações, alimentação, etc. de forma a que possamos obter também sucesso na produção e cuidado dos filhotes.
No campo tecnológico em todas as áreas da zootécnica ocorre avanços verdadeiramente expressivos no que a reprodução se refere. Uma descoberta por todos conhecida de extremo valor, é a inseminação artificial, que permite multiplicar incrivelmente a prole de certos exemplares machos de alto valor genético. Desta forma consegue-se multiplicar muito velozmente as qualidades de um exemplar excepcional. Nós criadores de pássaros ainda não dispomos de técnicas que permitam essa pratica, mas em várias espécies podemos utilizar a poligamia com os melhores machos, de forma a obtermos maior quantidade de filhotes dos melhores machos dos nossos planteis.
Uma descoberta mais recente mas não menos interessante, é a transferência embrionária, que consiste resumidamente em estimular a ovulação de fêmeas de alto padrão, fecundar esses ovos e transferir os embriões para "amas-secas" de inferior qualidade que terão como única tarefa de criar esses filhotes de alto padrão. Desta forma, multiplica-se de maneira significativa o número descendentes de fêmeas excepcionais.
Esta tecnologia representa uma ovulação impressionante na qualidade de planteis, chegando a resultados surpreendentes num período de tempo muito reduzido.
Existe na ornitologia um exemplo típico desta prática, que é a cria do Diamante de Gold, utilizando Manons como "amas-secas".
Em canaricultura, o uso de amas secas permite, da mesma forma, que a possamos obter maior número de ninhadas daquelas fêmeas que mais nos interessam, desde que se utilizem uma manejo adequado e cuidadoso.

COMO FAZER UM PLANTEL DE "AMAS-SECAS"

As "amas-secas" devem ser fêmeas de excelente desempenho como criadeiras, independentemente da sua beleza. Como isto é recomendável que formemos um verdadeiro plantel com as mesmas, no qual o único critério será o comportamento reprodutivo. Quando avaliamos o comportamento reprodutivo das amas-secas, não nos referimos unicamente ao fato de alimentarem bem os filhotes, mas também a ausência de qualquer desvio comportamental.
Desta forma serão eliminadas as fêmeas que rejeitem o anel, ou arranquem as penas dos filhotes, etc.

Em nosso canaril, iniciamos a experiência a três anos atrás, com cinco fêmeas sem raças definidas, filhas de um casal de excepcional qualidade reprodutora, que nos foram presenteados por um criador amigo. Logo no primeiro ano eles tiveram um desempenho formidável como criadeiras e das duas melhores, obtivemos filhotes para aumentar o número de amas-secas para o ano seguinte. Desta forma, temos sucessivamente aumentado o número de fêmeas sempre tirando filhotes das melhores "tratadeiras". Resulta extremamente importante quando tiramos filhotes de amas-secas, que utilizemos machos filhos de fêmeas excepcionais criadeiras, para passar para os filhos essas qualidades.

O MANEJO

Diferentes de outras espécies ( Diamante de Gold, por exemplo ), no caso específico da cria de canários, temos observado que certos cuidados devem ser tomados, principalmente no que se refere a evitar o desgaste das fêmeas cujos ovos são retirados para provocar uma nova postura.
Quando esta prática é aplicada com freqüência com a mesma fêmea, ela muitas vezes se mostra desgastada, diminuindo o número de ovos das posturas ou demorando muito para iniciar uma nova postura. Desta forma, quando retiramos os ovos de uma ninhada, deixamos que ela mesmo crie os filhotes da próxima, para retirar os ovos da seguinte e assim sucessivamente.
Desta forma, consideramos que um número excessivo de amas secas, seja contraproducente, diminuindo a produção em termos quantitativos.
Considerando um número razoável de amas secas pode oscilar o 10% do total das fêmeas utilizadas.
O manejo propriamente dito é muito simples. Controlamos a fertilidade das aves com 10 dias de choco, e transferimos os ovos cheios das fêmeas de maior interesse nesse mesmo dia, retirando o ninho para que ela "perca o choco", e recolhendo o mesmo, em dois dias, para reiniciar a postura.

OUTRAS VANTAGENS

Além da possibilidade de obtermos maior prole mais numerosa de melhores fêmeas do nosso plantel, consideramos que as amas secas, por serem relacionadas pela sua qualidade para tratar os filhotes, nos oferecem garantia de sucesso no desenvolvimento dos filhos das nossas melhores reprodutoras.
Por outro lado, também utilizando as "amas-secas" para testar a fertilidade dos machos do plantel que oferecem dúvidas. Assim, quando, um macho de qualidade não "enche ovos" numa ninhada, colocamos o mesmo com uma ama-seca para testar novamente a sua fertilidade, sem riscos. Quando o mesmo começa a fecundar ovos, ele é reintroduzido no plantel.
O tema é interessante, alguns aprovam esta pratica e outros não. Nós tentamos, aprovamos e esperamos ter contribuindo para que você tire suas próprias conclusões. Boa Sorte !!!

Álvaro Blasina

Juiz da OBJO/COM

Acasalamento de Canários de Topete

Vilmar Canuto

JULHO 2005



Sabemos que se acasala um consorte com um corona quando acasalamos canários de topete (Gloster/Crest), mas estamos acasalando para produzir topetes premiados ou consorte premiados? Vocę pensou e disse ambos? É tempo para repensar nossas teorias.

Baseados nos muitos anos de pesquisas na criaçăo de Crests, numerosos fatos foram averiguados por aplicaçăo, observaçăo e estudo detalhado. Os fatos resultantes estăo sendo oferecidos como teorias novas e documentadas. Como elas se relacionam ao acasalamento de Glosters/Crests. Estas teorias săo a base na qual nos apoiamos.

O primeiro ponto é a afirmaçăo de que o exemplar de cabeça grande deve ser usado para a produçăo de campeőes com topete.

Estes pares de cabeça grande deveriam ser usados, ao contrário, na tentativa de produzir uma linha premiada de consortes, se essa é a direçăo que a pessoa deseja ir.

Esses criadores que ganham principalmente com os consortes tendem, geralmente, a produzir canários ruins de topete.

Aqui fica uma palavra de advertęncia: Esteja atento ao fato de que há criadores destas raças que, principalmente por causa da falta de conhecimento em genética, experimentam continuamente. Săo estes mesmos criadores que misturarăo canários que vem de algumas linhagens que usam um plantei de Glosters/Crests em várias cores e de vários criadores, na tentativa de desenvolver uma "linhagem" de vencedores. O fato é que eles nunca tiveram uma linhagem sua, de seu próprio desenvolvimento.

Alguns destes mesmos criadores vendem os canários jovens excedentes, considerados refugos destas experięncias mal sucedidas, aos novos criadores, que terăo resultados ruins em sua criaçăo. Este criador que desova seu lixo aos novatos, está prestando um desserviço a canaricultura.

Vendendo os refugos destas experięncias, asseguram que qualquer descendęncia que o comprador produza nunca os baterá em concursos no futuro. O "campeăo" ou vencedor da raça que vende este tipo de refugo năo sabe onde aquele novato aparecerá com qualquer pássaro jovem, produzido do que ele lhe vendeu, e assim restringiu que o dele pontue bem na temporada de concurso. Esta prática só desencoraja o novo criador.

Em lugar de ajudar o criador novato, alguns criadores que ganham regularmente os concursos, se recusam a compartilhar o conhecimento, teorias e métodos alcançados por eles. Muitos morreram até mesmo com estes "segredos" que foram enterrados com eles.

O segundo ponto é aquele sobre o que se deve ter como qualidade top para concurso.

Normalmente, um juiz educado e honesto considera os topetes de canários premiados muito menores em tamanho do que o criador consideraria. Este deveria levar em conta que se o juiz está selecionando espécimes em relaçăo a tamanho, de acordo com o padrăo de perfeiçăo, este nunca deve emparelhar dois canários campeőes (pequenos). Esta prática só resultará em exemplares menores. O criador deveria acasalar um médio, ou pássaro de tamanho maior a um pássaro campeăo-premiado menor para ter ninhada de digamos, quatro ovos, dois pássaros de açăo (para criar) e dois pássaros de concurso. Deve-se também usar o método de acasalamento quantitativo para produzir os números necessários para se ter sucesso. Acasalamentos correios devem render a cada estaçăo de cria, campeőes de concurso. Devemos ter machos para casais produtores de topete e fęmeas também produtoras de topete. E nós năo estamos nem mesmo falando sobre todas as variedades de cores.

Para começar uma criaçăo ou uma linhagem, o criador tęm de produzir os pares iniciais ou trios comprados.

O criador de quem a pessoa adquiriu os casais para iniciar, tem a responsabilidade de ensinar e averiguar o que está sendo produzido por ele. Com os Glosters/Crests, há muitas características que a pessoa está pensando em obter, assim como também muitas falhas que está tentando eliminar dependendo da fonte original (matrizes).

Muitos tentaram esclarecer isto escrevendo sobre suas próprias experięncias, mas a terminologia e as ilustraçőes de exemplos, que acompanham o material publicado, ainda deixam muito a desejar.

Ambos, o criador novato e o já experiente estăo se esforçando para melhorar continuamente e assim tem que se esforçar para absorver muita informaçăo correia sobre este assunto para ter ęxito.

Uma pergunta que um novato mais interessado me fez, foi se um de seus pares de Gloster com uma sobrancelha grande por cima de olho seria o tipo para usar no programa de criaçăo. Foi sugerido que ele lesse um artigo referente ao assunto. Logicamente dei as explicaçőes ao jovem iniciante. O fato triste é que por causa da falta de exemplos visuais que acompanhem os artigos, a pessoa năo pode juntar a terminologia com um visual do pássaro.

Sem ver o pássaro ou o exemplo preciso que ilustre o tipo de pena exata mencionada, fica difícil O mais estudioso normalmente entenderá um pouco o que é a diferença em textura de pena Muitos criadores năo entendem sobre as penas em canários e é pior com os Gloster/Crests porque muitos criadores usaram acasalamentos durante anos sem prestar atençăo ŕ combinaçăo, da cor da pena , textura, comprimento ou largura. É muito difícil de descrever estas diferenças para permitir ao leitor entender com precisăo sem um visual.

A maioria é forçada a ver de fato pessoalmente cada um dos vários representantes da raça e solicitar explicaçőes por parte um criador experiente e que tem uma compreensăo completa do assunto.Deveríamos e isto já ocorre com alguns criadores na Europa e Estados Unidos,

Entregar ao criador que está adquirindo nossos canários, uma ficha completa, com toda informaçăo sobre o canário, seus pais, avos, tipos de pena, etc...

Assim eles podem ver as diferenças em todo pássaro contido na remessa. Isto ajuda o criador mais detalhista a entender o raciocínio atrás do por que eles săo acasalados e o modo que eles săo.

É melhor responder perguntas sobre tipos de pena e seus acasalamentos em uma exposiçăo, onde se pode achar exemplares com a maioria das texturas disponíveis.

Como para aquela pergunta sobre o uso de um dos pares com uma grande sobrancelha, é necessário recorrer ŕ extensăo de sobrancelha do outro par. Se for um canário médio emplumado, pode ser correio o acasalamento, porém se for outro com grande sobrancelha, pode ser um desastre. Triste dizer, que por conseqüęncia de anos de acasalamento errado por parte dos criadores, muitos dos nossos Glosters/Crests aparecem com cistos ou bolas de pena. Estes cistos săo resultantes de acasalamento de canários sem avaliaçăo de suas penas. Năo se trata de tamanho do canário, mas da textura das penas.

Sempre emparelhe a pena curta para adquirir um equilíbrio. Dois canários de plumagem curta, acasalados, resultará na maioria dos casos, um canário de corpo estreito com topete pobre e muito curto com entradas comprimidas na cabeça.

Dois canários de plumagem longa acasalados (que é o que a maioria dos criadores de Glosters/Crests faz com resultados desastrosos para aumentar o comprimento do Topete) resultará na maioria dos casos corpo largo, sem forma adequada, muito emplumado, produtor de cistos/bolas enormes. Os filhotes começarăo a adquirir divisőes na parte de trás do pescoço e costas e meio coletes no tórax, relaxamento nos flancos e alguns outros defeitos menores. Os topetes começarăo a adquirir aberturas e divisőes na parte de trás.

E nós nem mesmo comentamos sobre as penas longo-largas e penas longo-estreitas ou penas curto-largas e curto-estreitas e em intenso e nevado. A maioria dos criadores năo está atenta aos segredos da pena. Acordem! O resultado disso é que vocę vę tantos comprando por todo lado. Ganhando, entăo, num ano ou dois e depois, só tristeza.

Azar ou falta de técnica na criaçăo? A maioria dos criadores entende os mesmos fundamentos, como curto e longo, largo e estreito, contudo eles năo conseguem identificar todas estas penas em seus próprios pássaros. Um fato que é considerado pęlos maiores e melhores criadores, é que as raças Gloster/ Crests, existem e foram desenvolvidas por causa do topete.

"O topete é que coroa o ęxito destas raças". Se for seu objetivo criar Crests e Glosters de topete, entăo os faça produzir as coroas mais perfeitas que vocę consiga. Dę uma olhada, pesquise, veja o que o pessoal está fazendo,
pergunte, veja o que há lá fora.

Năo seja apenas um criador de canários, seja um campeăo!

Com base nos muitos anos de pesquisas na criaçăo de Crests, numerosos fatos foram averiguados por aplicaçăo, observaçăo e estudo detalhado. Os fatos resultantes estăo sendo oferecidos como teorias novas e documentadas. Como elas se relacionam ao acasalamento de Glosters/Crests. Estas teorias săo a base na qual nos apoiamos.