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quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

SOS Teresópolis

A Prefeitura de Teresópolis abriu uma conta exclusiva para receber as doações. Com o nome de “SOS Teresópolis – Donativos”, a conta corrente está disponível na Agência 0741-2 do Banco do Brasil, com o número 110000-9. Segundo a prefeitura, são aceitas ajudas de qualquer valor.





Outras formas de ajuda:



Postos rodoviários, supermercados e abrigos estão recebendo donativos para ajudar as vítimas da chuva na Região Serrana do Rio. Os desabrigados e desalojados precisam de doações de água potável, alimentos, roupas, cobertores, colchonetes e itens de higiene pessoal, como sabonete, pasta de dente e fralda descartável.

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

MUDA

TROCA DE PENAS(MUDA)
Ivo Leite
A muda está caracterizada por ser um processo que causa grande stress fisiológico nas
aves pois estas têm que repor uma percentagem significativa do seu peso corporal.
A luz e o calor influenciam directamente o início da renovação da plumagem. As penas
são compostas de derivados da papila dérmica e são estruturas biologicamente mortas,
e, portanto não exigem fornecimento de sangue. Por esta razão, a pena não se pode
auto-regenerar e torna-se necessário muda-las todas pelo menos uma vez por ano.
Dependendo das espécies, a muda pode acontecer duas vezes, uma pré-nupcial
(parcial) e outra pós-nupcial (completo) ou haver uma muda durante o ano todo.
O processo começa com a sinergia dos factores da luz e do calor que afectam a hipófise
e a glândula tiroideia aumentando os níveis de tiroxina (hormona) no sangue. Este
período coincide com o aumento de horas de maior calor e de luz, o verão.
Se duvidamos que é uma adaptação evolutiva ao meio ambiente podemos verificar que
durante este período há menor necessidade de isolamento ao frio (pois temos
temperaturas elevadas), e há uma abundância de alimentos que reduz a necessidade de
voar tanto para encontrar comida.
Devido ao fotoperíodo há raças de aves que iniciam o processo de muda desde Maio. No
caso dos canários esta começa a 21 de Junho, o dia mais longo do ano, e quando os
dias começam a diminuir. Neste caso e ao contrário do que acontece na reprodução,
muito calor acelera a muda, daí os canários não cantarem.
É evidente que a alimentação neste momento é crucial para se conseguir uma bela
plumagem. As necessidades proteicas são muito importante pois é necessário sintetizar
uma grande quantidade de colagénio. Deve-se enriquecer a dieta com 35% de sementes
ricas em proteínas. As papas são um alimento excepcional ao longo do ano, e
naturalmente durante a muda. As melhores são aqueles que incorporam ovo pois
aumenta o valor proteico da papa e há bastantes papas feitas especialmente para este
período. Os aminoácidos são os constituintes das proteínas, nas aves são cerca de 20.
Os aminoácidos podem ser encontrados em produtos naturais (frutas, legumes, ovos,
etc.), nos suplementos alimentares (complexos vitamínicos com aminoácidos) e até
mesmo incorporados nas papas. Os aminoácidos formam parte da estrutura molecular
das penas. Normalmente complexos vitamínicos são formulados com sais minerais. A
grit fornece também minerais e melhora a digestão das aves, por isso deve estar
sempre à disposição das mesmas.
Há muitos produtos no mercado para ajudar as aves nesta delicada fase da sua vida em
especial se estas têm uma alimentação pobre e que não satisfaça as necessidades de
aminoácidos.

CONHEÇA UM POUCO DO CANÁRIO GLOSTER

Milton Cleber Pereira Amador junho 2000
A ornitologia é uma atividade fascinante quando você tem por objetivo a busca do
melhoramento genético de cada espécie. Alcançar um exemplar perfeito é uma garantia
de que você foi meticuloso na formação do plantel e observou todos os detalhes na hora
de fazer os acasalamentos. Isto ocorre com todas as raças e espécies de pássaros.
A raça de canário Gloster teve origem na Inglaterra, no Condado de Gloucester, por
volta de 1925. Ela surgiu do cruzamento da raça Crested (canário de Porte, portador de
topete, com o Border, também de Porte de exuberante forma) e o Harzer (classificado
como canário de canto, profundo e cadenciado).
O resultado destes cruzamentos originou um pássaro classificado como canário de Porte,
trazendo as características das três raças que o antecederam. Por ter uma diversidade
variada de cores, canta com desenvoltura e melodioso, apresenta um charme muito
especial, devido ao seu exuberante topete. O Gloster é a raça mais popular de canários
de porte do Brasil.
A elegância, talvez seja a principal característica do Gloster. É um pássaro vivaz e
robusto de pequeno a médio porte, bem compacto, bastante dócil e excelente criador,
com a maior média de filhotes de todos os canários de Porte.
Para concursos, os canários Gloster serão divididos em três classes, (intensos, nevados
e fundo branco), que obedecem ainda a seguinte subdivisão: (lipocrômicos, pintados e
melânicos), apresentando nove variedades de cores, num total de dezoito tipos de
classificação, entre os como topete e sem topete (Regulamento Geral do Campeonato
Brasileiro, edição 2000).
Nos acasalamentos devem ser observados detalhes importantes, ou seja, o que pode e
o que não pode ser acasalado. Pode-se cruzar pintado x pintado, pintado x melânico,
pintado x lipocrômico, lipocrômico x melânico, lipocrômico x lipocrômico e melânico x
fundo branco e melânico x melânico.
Não se deve cruzar fundo branco x intenso, intenso x intenso e fundo branco x fundo
branco. Também não se deve cruzar dois canários de topete, pois o que garante um
bom topete é a cabeça perfeita de um sem topete. A forma arredonda do Gloster,
provem do cruzamento de dois canários sem topete, assim é aconselhável cruzar dois
canários sem topete, com objetivo de garantir a forma, para após, cruzar com topete,
com sem topete.
Portanto, o importante no Gloster não é só a garantia das cores, embora o colorido
garanta um visual muito bonito no canaril e nos concursos. O indispensável é persistir
nas características técnicas da raça em cada cor. Assim, nesta lógica o criador que tiver
sensibilidade, interesse e capricho, se atentar para todos os detalhes da raça, em muito
pouco tempo será um campeão e formará um excelente plantel.

Avaliação do Lipocromo

Leonardo Monteiro Juiz OBJO
Revista SOBC
Lipocromo, palavra de difícil pronúncia pouco ouvida entre os criadores, mas de
fundamental importância no que se refere à pontuação obtida por um canário, pois é
responsável pela cor de fundo do canário.
O que vem a ser lipocromo?
É um pigmento vegetal que os pássaros retiram dos alimentos e depois de absorvidos
pelo organismo é depositado nas penas, dando assim a coloração das penas.
Os pigmentos se manifestam na plumagem dos canários através das cores: amarelo e
vermelho, podendo sofrer alterações na sua cor. Caso ocorra a mutação marfim, essa
mutação tem por característica diluir o amarelo e o vermelho.
É importante sabermos que a cor de branca tem ausência de depósito de lipocromo,
enquanto o Canário Branco dominante manifesta lipocromo amarelo em algumas penas
longas das asas.
A avaliação do lipocromo será feita através do item variedade, que consiste na análise
de três elementos: grau de pureza, teor quantitativo e uniformidade.
-Grau de Pureza: O canário deve ter a cor na tonalidade mais pura possível, de acordo
com o exigido pela cor de referência.
-Teor Quantitativo: O canáriodeve expressar ao máximo seu lipocromo.
-Uniformidade: O canário deve ter seu lipocromo distribuído de forma homogênea por
todo o corpo.
Os elementos de análise são usados tanta para a avaliação dos canários lipocromos
(linha clara) quanto para os canários melânicos (linha escura). A única diferença de
avaliação será nos valores atribuídos na tabela de pontuação, já que para os canários
lipocrômicos o item variedade é mais exigido e varolizado.
Veja tabela:
VARIEDADE
(lipocromo)
MÁXIMO
TEÓRICO
MUITO
BOM
BOM REGULAR FRACO
Lipocrômico
(Linha Clara)
30 28 26 a
27
24 a 25 22 ou 23
Melânicos
(Linha Escura)
15 14 12 a
13
10 a 11 08 ou 09
Os conceitos de muito bom, bom, regular e fraco é conseguido pelo canário, conforme
sua proximidade de padrão ideal, que é o seguinte:
Fundo Amarelo
-Grau de Pureza: Lipocromo limão com menor influência possível do dourado.
-Teor Quantitativo: Expressão máxima do lipocromo.
-Uniformidade: Ausência de zonas de concentração de lipocromo.
Fundo Amarelo Marfim
-Grau dePureza: Lipocromo limão
-Teor Quantitativo: Expressão máxima do lipocromo, não deixando dúvida que o canário
é marfim.
-Uniformidade: Distribuição homogênea do lipocromo.
Fundo Vermelho
-Grau de Pureza: Lipocromo vermelho vivo.
-Teor Quantitativo: Expressão máxima do lipocromo vermelho
-Uniformidade: Sem área de concentração.
Fundo Vermelho Marfim
-Grau de Pureza: Lipocromo rosa vivo.
-Teor Quantitativo: Expressão máxima do lipocromo, não deixando dúvida que o canário
é marfim.
-Uniformidade: Distribuição homogênea do lipocromo.
A análise do grau de pureza, teor quantitativo e uniformidade deve ser feita de forma
independente, pois são possíveis todos tipos de combinações entre eles, mesmo que
sejam avaliadas em conjunto para se obter as pontuações.

A AVALIAÇÃO DAS MELANINAS

João Francisco Basile da Silva
Revista ARCC 2004
A definição das manifestações melânicas nos canários de cor é regida atualmente pela
teoria das três melaninas. Tal teoria passou a ser adotada pela OBJO a partir da reunião
técnica realizada em 25 de janeiro de 1986 e dividiu as manifestações melânicas dos
canários de cor em três tipos, a saber:
Melanina negra: chamada de eumelanina negra.
Melanina canela: chamada de eumelanina canela (que é a melanina marrom no centro
das penas).
Melanina canela: chamada de feomelanina canela (que é a melanina marrom na borda
das penas).
Com relação às duas melaninas marrons o manual OBJO resume da seguinte maneira:
"Concluir de maneira definitiva pela existência de um ou dois tipos de melaninas
marrons é nos praticamente impossível atualmente. O fato é que na estrutura das penas
dos canários existem duas formas de manifestação destas melaninas, uma no centro e
outra nas bordas das penas, e que mesmo podendo bioquimicamente ser as mesmas,
genética e estruturalmente se comportam de maneira diferente". Independentemente
de qualquer tipo de controvérsia, essa teoria é a que melhor explica as manifestações
melânicas dos canários.
O presente artigo tem como finalidade tentar colaborar para que possamos definir mais
claramente os critérios de avaliação das melaninas dos canários de cor, com o apoio
evidentemente da teoria atualmente aceita.
Quando nos referimos às melaninas de um canário de cor, devemos sempre dizer à qual
ou qual das melaninas está nos referindo, mencionando os termos "eumelanina ou
feomelanina" de maneira a que não pairem dúvidas sobre qual delas se fala.
Existe uma certa confusão quando nos referimos às melaninas marrons, pois como
sabemos são duas e é absolutamente necessário quando se avalia, definir se falamos da
eumelanina ou da feomelanina. Nos referirmos a uma delas apenas como "melanina
marrom ou canela" é uma simplificação que deixa uma grande lacuna para
interpretações e margem para que a indesejada subjetividade possa vira acontecer. Isso
porque dependendo da cor em questão o padrão de excelência ou qualidade pode exigir,
por exemplo, a presença de uma e ausência (ou presença reduzida) de outra e viceversa.
Com relação aos melânicos clássicos os padrões deixam poucas dúvidas com relação a
essas manifestações. Nos melânicos mutados, principalmente os opalinos e pastéis as
definições dos padrões de qualidade ainda permitem algumas interpretações abrindo
espaço para que o indesejável componente pessoal possa vir a se manifestar.
Na avaliação dos canários melânicos é necessário definirmos num primeiro instante
quais as melaninas que se deseja estarem presentes e quais as que são indesejáveis,
uma vez que os padrões de qualidade nas diversas cores podem exigir manifestações
melânicas diametralmente opostas (p. ex. feos e acetinados).
Uma vez definidas quais as melaninas desejáveis nas diversas cores, devemos
estabelecer critérios para a avaliação das mesmas.
Com a finalidade de sistematizar essa avaliação devemos proceder de maneira análoga
à que é utilizada no manual OBJO para avaliação do lipocromo. A importância e
complexidade das melaninas exigem que sua qualidade seja avaliada de maneira menos
simplificada do que é feita atualmente.
As melaninas devem ser avaliadas levando-se em conta três fatores que definem sua
qualidade e que são interdependentes, a saber: pureza, expressão e distribuição.
A pureza diz respeito à ausência de fatores secundários de diluição e dispersão
permitindo que as melaninas desejáveis (que devem ser previamente definidas) se
aproximem o máximo possível da cor referência.
A expressão por sua vez diz respeito ao teor quantitativo das melaninas desejáveis. É
bom lembrar que os padrões podem exigir teores quantitativos diversos para as várias
cores ( p. ex. um cobre deve apresentar máxima expressão de eumelanina negra,
enquanto que um isabelino opalino deve apresentar mínima expressão da eumelanina
marrom diluída e mutada - afetada pelo fator opalino -).
A distribuição diz respeito à área de ação das melaninas desejáveis, definindo o "padrão
geográfico" da manifestação melânica, bem como definido o padrão de "envoltura" do
exemplar.
Isso posto, podemos nos deparar com exemplares que possuam esses três fatores nas
mais variadas gradações. Quando os avaliamos devemos nos perguntar em primeiro
lugar quais as melaninas desejáveis (definidas pelo padrão de julgamento) e quais são
as indesejáveis. O passo seguinte é avaliá-las levando em conta os três aspectos
mencionados acima que são pureza, expressão e distribuição.
Um bom exemplo de como essa sistemática pode ajudar na avaliação das melaninas é o
caso dos ágatas vermelho mosaico (conhecidos como "paulistinhas"). Ouve-se que tais
canários, a despeito de sua indiscutível beleza, não seriam bons ágatas conforme define
o Manual de Julgamento, pois teriam o desenho constituído por estrias muito largas
quando comparados com o tipo tradicional.
À luz dos conceitos acima emitidos, podemos tentar entender melhor o que se passa
com esses exemplares. Definimos primeiro que a melanina desejável é a eumelanina
negra reduzida pelo fator conhecido como diluição, enquanto que a indesejável é a
feomelanina. Com relação aos fatores que definem a qualidade
melânica temos que, em relação à pureza, tais exemplares via de regra possui sua
eumelanina negra livre de agentes secundários de diluição ou dispersão, fazendo com
que o efeito visual resultante seja um negro vivo e brilhante sem qualquer tendência
para tonalidades foscas ou acinzentadas. Em relação à expressão, como tais exemplares
apresentam ausência quase total de feomelanina indesejável, o negro vivo e brilhante
pode se manifestar em toda sua plenitude. No tocante à distribuição, temos ainda uma
envoltura excelente de ágata (auxiliada pela já referida ausência de feomelanina), onde
a eumelanina envolvente se mantém praticamente restrita à sub-plumagem permitindo
grande manifestação lipocrômica no seu estado quase puro. Ó desenho dorsal,
geograficamente falando se apresenta com estrias mais largas do que seria desejável, e
isso acontece principalmente por dois motivos: ausência de competição com a
feomelanina que "espreme" o desenho dorsal, e o fato de se tratar de um canário
mosaico. Sabemos que a estrutura e o formato das penas dos mosaicos dificulta muito o
aparecimento de estrias finas no desenho dorsal (quando o padrão exige desenho dorsal
com estrias largas, os canários mosaicos atingem essa exigência com muito mais
facilidade pelo mesmo motivo - ver os cobres e canelas vermelho mosaico).
Esse tipo de avaliação pode e deve ser feita em todos os canários da linha escura e as
considerações acima devem ser feitas. Os três fatores acima devem ser considerados e
assim poderemos ver com mais clareza que a qualidade melânica de um exemplar
depende da interação desses fatores e do peso relativo de cada um. Os isabelinos que
se foram objeto de controvérsias devem ser avaliados à luz desses conceitos.
Concluindo, na avaliação dos canários da linha escura devemos proceder da seguinte
maneira com relação às melaninas:
Definir, de acordo com os padrões de julgamento em vigor, quais são as melaninas
desejáveis e quais são as indesejáveis.
Avaliar as melaninas desejáveis de acordo com seu grau de pureza, expressão e
distribuição.