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quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

"O CORRECTO USO DO INTENSO GLOSTERS"

O Correcto Uso Do Intenso

Para elevar um exemplar gloster intenso ao nível requerido pelo padrão e, naturalmente pelas competições, é necessário utilizar um nevado nascido de um acasalamento nevado x nevado. É necessário adquirir ou manter o arredondamento e a abundância do corpo, do pescoço, da cabeça e da sombrancelha. Não temos que acasalar todo ano intenso x nevado porque o arredondamento da plumagem desaparecerá e surgirão os problemas com plumagem curta, falta de pescoço e cabeça estreita, um canário semelhante mais ao Fife Fancy que propriamente ao Gloster.

Também é preciso estar atento em dois pontos:

Não unir sempre nevado x geado e, escolher bem e com atenção o intenso, lembrando-se das melhores características que este deve possuir para a cor e para a qualidade da plumagem.

O acasalamento de nevado x nevado feita consecutivamente provoca as seguintes desvantagens:

1 - a plumagem pouco a pouco alarga, e as canetas alongam;

2 - as penas ficam mais macias.

3 - a cor perde consistência e intensidade.

O aspecto geral será de um gloster com a plumagem solta, pobre de cor, com sombrancelhas pesadas, em resumo um aspecto ruim, um monte de penas descompostas e um corpo com pequena massa. Tais glosters não devem possuir lugar em um programa de criação, porque não conseguem produzir nada de bom em relação às metas

O que é requerido, é um pássaro pequeno e cheio que mostra arredondamento visto de qualquer ângulo. A cabeça tem que ser redonda e que se aviste a testa que se funda em um pescoço cheio e curto com costas também cheias e redondas. As sobrancelhas precisam ser pronunciadas e projectadas para na direcção da cobertura dos olhos. Da garganta tem que partir o peito, cheio e atraentemente arredondado. O rabo tem que ser curto e compactar como as asas.

A coroa tem que ser bem centrada com um centro que parte de um mesmo ponto, redondicidade sem interrupções, acima de tudo na nuca. Vista de lado, assenta como um guarda-chuva aberto, sem cobrir os olhos completamente e que alcance o bico.

O gloster tem que ser um canário bem equilibrado, com pernas curtas mas que lhe permita um movimento vivaz.
A plumagem deve ser absolutamente isenta de aspereza. A cor é natural e luminosa e, particularmente no machos, com profundidade e rica.

As fêmeas frequentemente, mas há as excepções, mostram uma plumagem mais esbelta ou fora do que acontece na natureza. O ponto principal é sempre a qualidade das penas.

Um indicador bom para o gloster, é levar em mão o canário e sentí-lo. Devemos usar dois de nossos sentidos para julgar os nossos pássaros: a visão e o toque, mas o julgamento em concurso utiliza somente a visão.

Quando se escolhe um intenso para melhorar a nossa procriação, pode resultar numa tarefa árdua e não ingrata, pois pode-se facilmente escolher o errado. Segue-se uma lista de como, onde e porque um intenso pode incorrer em erro:

1 - onde se compra e de quem;

2 - usamos um corona ou um consorte;

3 - macho ou fêmea;

4 - cor única ou matizado.

Desenvolvendo:

1-quando se decide comprar um intenso, tem que se ter um único pensamento em mente: melhorar nossa linha de nevados.

Muitos Glosters são muito ricos em plumagem, com coroas largas ou sombrancelhas pesadas pesadas, pescoços grandes, rabos largos, pouca cor se comparado com outros, mas acima de tudo, se levado à mão uma sensação de aspereza da plumagem.

A regra mais importante no uso do intenso é unir um de nossos melhores não só no tipo, mas também especialmente na plumagem.

Não se iluda a pensar que a introdução de um intenso pode reparar em pouco tempo os danos causados por acasalamentos sucessivos de nevado x nevado. Pode levar algum tempo e é necessário paciência.

Quando se procura o criador correcto para comprar intenso, a primeira coisa a ser feita é observar atentamente a plumagem e a cor do nevado dos canários dele: estes terão que possuir uma cor profunda e luminosa, unidas a uma boa forma. Então pede-se para observar o melhor intenso dele e observemos atentamente: terão que possuir uma cor profundamente intensa, uma plumagem composta e privada de penas desalinhadas, rabo estreito e as asas bem fechadas. As sobrancelhas não deverão parecer pesadas, e a coroa terá que ter um centro bom, o pescoço não terá que ser grande.

Não se deve comprar um intenso só porque ganhou alguma exposição ou concurso, pois muito provavelmente, estes não possuem as características mencionadas acima e seguramente não serão os ideais para melhorar a plumagem dos nossos Glosters.

2 - temos que usar um corona ou um consorte?

Não é de importância fundamental! Depende do que se tem disponível e da qualidade do intenso com que nós queremos acasalar. O ponto principal é a plumagem de ambos e, naturalmente, a genética.

3 - o dilema "se macho ou fêmea" não tem representar um papel importante em nossa decisão, mas um macho pode dar muito mais possibilidade de acasalamentos futuros com duas ou três fêmeas e então, serão adquiridos por estes acasalamentos as fêmeas necessárias para continuar o programa de melhoria.

É preferível usar as fêmeas consorte intensas de cor única e acasalá-las com um macho corona.

4 - é preferível os verdes sólidos ou o verde levemente manchado em lugar do variegado por uma razão simples: o verde é o básico e podem ser usados em acasalamentos com cores claras ou variegados.

Estas são somente as regras gerais para se conseguir seleccionar um excelente intenso.

Dá-se preferência às fêmeas intensas para acasalar com macho nevado bom corona nascido de um intenso macho.

Quando se está a ponto de seleccionar nossos reprodutores, deve-se controlar os intensos e testar sua plumagem. É também boa norma arrancar algumas penas, geralmente do peito, e as observar debaixo de uma lente de aumento. As penas dos intensos machos terão que ser coloridas até ao ápice, como também precisam ter longos cabos.

As fêmeas intensas, em alguns casos, mostrão um leve “pó” em volta do bordo das penas, mas é normal. Naturalmente, deve-se escolher a que tiver o menos possível.

Tenta-se evitar o intenso com um “pó” forte, estes podem ser usados com o nevado, mas com a vantagem da mais intensa cor.

Só usando o toque e examinando a plumagem com cuidado seremos capazes formar uma ideia precisa.

O balanceamento entre a plumagem macia e larga do nevado e a longa e dura do intenso tem que ser o nosso objectivo. Só assim pode-se produzir um gloster de tipo excelente, boa cor e plumagem. É uma batalha contínua de luta em nossas procriações, mas só agindo de tal modo se manterá o vigor da raça.

A frequência de uso do intenso dependerá completamente do tipo e da qualidade dos canários que nós estamos produzindo.

O nevado produzido pelo acasalamento com intenso, produzirá alguns intensos de excelente qualidade que podem ser acasalados com nevados com a mesma função do intenso.

Lembre-se de que para produzir um gloster de qualidade, não se deve acasalar intenso com nevedo todos os anos.

Muito tempo é necessário para se criar uma linha de plumagens boas, mas estas podem ser destruídas em pouco tempo com acasalamentos imprudentes de quem não estudou fenotipicamente e geneticamente do ponto de vista da plumagem.

Dois pontos muito importantes a lembrar:

- usar as fêmeas intensas com equilíbrio entre tipo e qualidade da plumagem;

- o nevado nascido de nevado é tão importante como o intenso para que se possa manter inalterado o tipo.

É este o "pulo do gato" para todos os criadores de Glosters.

domingo, 27 de dezembro de 2009

TRATAMENTO PREVENTIVO ANTES DO ACASALAMENTO

MÊS INDICAÇÃO MEDICAÇÃO / TRATAMENTO
Abril ACARICIDA
IVOMEC ORAL - Usar 4cc de Ivomec-oral 1 litro de água e fornecer aos pássaros durante 4 dias - Após 16 dias repetir a dose.

Maio VERMICIDA
Usar uma colher de sopa de VERMIAVES para cada 2 litros de água e fornecer durante 3 dias. Trocar a água diariamente.
OBS: após a vermifugação dar Floratil pediátrico na água durante 5 dias (1 pacote para 2 litros de água)

Junho COCCIDIOSE
Usar 1 pacote de VETOCOC para 4 litros de água e fornecer aos pássaros durante 3 dias.
Após o intervalo de 3 dias repetir por mais 3 dias.

Julho VITAMINAS
Fornecer na água POTENAY B-12 durante 15 dias e descansar 15, repetindo o tratamento até o acasalamento.
Por 5 gotas no bebedouro de 40 ml diariamente.

Julho FERTILIZANTE
VITAMINA E - Adicionar 3 gotas de Vitamina E por gema de ovo cozido misturada à farinhada, diariamente, durante 20 dias antes do acasalamento.

Julho DESPARASITAR
Pulverizar todos os pássaros, gaiolas e pertencentes com solução de KILL RED na proporção de 20 gr por 6 litros de água antes do acasalamento.


LEMBRE-SE: A boa alimentação é fundamental para o sucesso da criação. Todas as farinhadas são boas, mas não deixe de colocar nelas gema de ovo cozido, garantindo, assim, a presença de proteína animal no alimento.

Como reduzir a mortalidade durante a época de criação dos canários

São muitos os apaixonados pela canaricultura, e também são muitos os que têm problemas com a mortalidade dos seus exemplares durante a época de criação. Em certas ocasiões é bastante difícil estabelecer as causas da morte dos canários, mas na maioria das vezes tem origem no uso de práticas incorrectas. Seguindo os conselhos que adiante demonstro, conseguiremos reduzir em grande percentagem o número de baixas.
A mortalidade pode ocorrer antes do nascimento (aborto) ou logo que o jovem pássaro se tenha libertado da casca do ovo.

ABORTOS
A morte do embrião, pode acontecer nos primeiros dias da incubação, numa etapa intermédia ou nas proximidades do nascimento.
a) As alterações cromossómicas, a presença dos pesticidas, medicamentos ou toxinas e as infecções transmitidas pelos pais são causas suficientes para que o embrião morra a poucos dias para começar a incubação.
b) A morte num período intermediário do desenvolvimento pode ser devido a uma má nutrição dos pais, os quais transmitiram aquelas deficiências aos filhotes. Assim temos a carência de vitamina como a D3, K, B2, B5, B6, B12, biotina, o ácido fólico e outras substâncias como o magnésio, fósforo e o ácido linoleico, etc., que podem ser responsáveis para mortes nessa etapa. Este deficit nutricional pode ser causado indirectamente ao se abusar de antibióticos, já que estes destroem a flora digestiva capaz de sintetizar algumas das substâncias anteriores nos intestinos dos progenitores.
As infecções víricas, bacterianas e fúngicas também podem ser indicadas como responsáveis nos abortos a esta altura.
c) Finalmente a morte do canário pouco antes de nascer pode ser devido à presença de genes letais ou de alterações cromossómicas. Recordemos que na ânsia de reparar e fixar as características relacionadas à raça dos canários com que se está a trabalhar recorremos com demasiada frequência à consanguinidade, com todos os efeitos indesejáveis que isso envolve.
O défice de vitaminas como a A, D3, e K, ácido pantoténico e fólico, ou as doenças infecciosas como “famoso ponto negro” são também responsáveis pela morte do embrião.
Ás vezes o recurso a práticas tão simples como colocar banheiras aos pais para aumentar a humidade do aviário podem evitar que o passarinho fique colado dentro do ovo, já que assim ele não se conseguirá virar para romper correctamente a casca e morrerá na tentativa.

MORTE APÓS O NASCIMENTO
Em outras ocasiões a morte ocorre após o nascimento do canário.
Algumas das causas responsáveis são:

a) Abuso de antibióticos.
É prática habitual por parte de muitos canaricultores o abuso de antibióticos nos momentos precedentes à criação e durante a mesma. Com o pretexto da preparação para a reprodução os canários são bombardeados com cocktails antibióticos. Este mau uso dos medicamentos causa, em meu parecer, mais inconvenientes do que vantagens. Os efeitos indesejáveis que aparecem são:

- Imunodepressão: verifica-se que determinados antibióticos, como os tetraciclinas, deprimem o funcionamento sistema imunológico dos pássaros, com o perigo consequente de poderem estes ficar infectados por todos os agentes infecciosos oportunistas.
- Aparecimento de resistência bacteriana: em certas ocasiões as doses aplicadas são inadequadas e são usadas durante um tempo inapropriado. Isto pode provocar que as bactérias se possam tornar resistentes a estes medicamentos, de tal maneira que quando nós necessitarmos realmente de os dar, eles já não servirão.
- Transtornos digestivos: com os antibióticos não somente eliminamos as bactérias perigosas como também as bactérias benéficas, sendo estas as encarregadas de fabricar as substâncias úteis para o organismo do canário como as vitaminas.
- Aparecimento de infecções fúngicas: as bactérias e os fungos estão em equilíbrio no intestino dos pássaros, razão pela qual a eliminação de um dos grupos favorece o crescimento excessivo do outro. Por exemplo, quando se abusam de tetraciclinas é fácil que apareça a candidíase.
- Alteração do desenvolvimento embrionário: algumas substâncias como as penicilinas, tetraciclinas, cloranfenicois e as sulfamidas foram comprovadas que interferem com o desenvolvimento normal do embrião. Embora a maioria das investigações tenham sido feitas em antibióticos antigos, como os mencionados anteriormente, não se rejeita que os novos antibióticos não sejam também perigosos. O razoável nestes casos seria usar com precaução os medicamentos em fêmeas que estão a pôr.

b) Hipo ou hipervitaminose.
Pequenas carências de vitaminas nas fêmeas podem ser aumentadas durante a reprodução, principalmente se estas efectuam várias posturas. É que os níveis adequados para um adulto podem ser insuficientes para uma fêmea que esteja na postura.
Actualmente é possível encontrar casos de hipervitaminose, já que é habitual que os canaricultores acrescentem suplementos vitamínicos ás papas dos jovens que em geral já vêm comercializadas com os níveis necessários da vitamina. Este excesso vitamínico é igualmente prejudicial, assim como a sua deficiência.

c) Preparação inadequada dos alimentos.
A grande maioria dos criadores dos canários usa geralmente alimentos húmidos para favorecer a alimentação dos passarinhos por parte de seus pais. O uso de sementes germinadas, de cus-cus ou da pápas húmidas pode ser prejudicial se não estiverem preparados correctamente ou se estiverem demasiado tempo ao alcance dos pássaros. É que as altas temperaturas e a humidade favorecem o aparecimento de fungos e bolores dos alimentos, não sendo estranho que os passarinhos de muitos aviários sofram de infecções como a candidíase.
d) Higiene Deficiente.
A época do nascimento dos jovens é um estágio de muito trabalho para o canaricultor, razão pela qual às vezes a higiene é um aspecto que se esquece mais um pouco. Isto favorece as infecções bacterianas intestinais que se traduzem nas diarreias dos passarinhos
Noutras ocasiões, com a intenção de manter mais quente o aviário produz-se uma má ventilação das instalações com os consequentes problemas respiratórios (dificuldade respiratória, sinusites, etc.) nas aves.

Estas são algumas das causas da mortalidade entre os canários jovens. Lamentavelmente não são as únicas mas somente aquelas que mais facilmente podem ser evitadas. Nas situações da perda de vida generalizada é aconselhável requerer os serviços de um veterinário perito em aves.


Enrique Moreno Ortega - Veterinario especialista en Aves

O Canário Opala Mosaico

1- MUTAÇÃO OPALA

O factor opala é uma mutação genética recessiva e livre, reside nos autossomas e nos cromossomas sexuais.

Este factor actua na plumagem do canário ágata da seguinte forma:

- Reduzindo a Phaeomelanina quase por completo, evidenciando o lipocromo mais nítido e luminoso.

- Reduzindo a Eumelanina negra que se apresenta de cor cinzenta azulada.

- Reduzindo quase por completo a Eumelanina castanha.

A plumagem destes canários adquire uma tonalidade cinzenta azulada, devido à ausência de melanina na parte superior das penas e a concentração desta na parte inferior, produzindo o efeito de refracção da luz ( factor óptico ).

A mutação opala é de fácil reconhecimento uma vez que as penas da parte superior do dorso são mais claras do que as da parte inferior, característica que observamos nitidamente nas penas das asas ( remiges ) e cauda ( rectrizes ).

A pena dos canários que apresentam a Eumelanina negra ( Negros e Ágatas ) é sempre mais rígida.

As partes córneas ( bico – patas - unhas ) apresentam a mesma cor dos canários clássicos.



2- CANÁRIO ÁGATA OPALA

Deve apresentar uma cor cinzento azulado, um desenho bem marcado, as estrias devem ser finas, nos canários intensos e mais largas nos relvados e mosaicos, curtas, interrompidas, alinhadas, apresentando um desenho nítido na cabeça ( bem marcado ).

O lipocromo de fundo (vermelho ou amarelo) deve ser muito luminoso, ausência e Phaeomelanina.

O bico, as patas, dedos e unhas devem ser da cor da carne da ave.

Apresentam uma subplumagem de cor cinzento pérola e os olhos são negros.


Defeitos:
- Presença de Phaeomelanina.
- Melaninas muito oxidadas ou demasiado diluídas, falta de brilho azulado, falta de bigodes, falta de estrias na cabeça e flancos, patas – bicos – unhas escuras e o lipocromo sem brilho e luminosidade.



3- CARACTERISTICAS DO STANDARD

Deve apresentar uma redução do desenho das Eumelaninas negras que se manifestam sob uma cor cinzento azulada sobre um fundo cinzento pérola.

A combinação do canário ágata e do opala, confere à ave uma plumagem com estrias cinzento azulado sobre um fundo mais claro.



4- ACASALAMENTOS

A reprodução dos canários ágata opala, na categoria mosaico é a seguinte:

- O gene opala é recessivo e livre, devendo estar sempre presente em ambos os cromossomas, para que este se manifeste, como forma de gerar, machos e fêmeas puros (homozigóticos) e portadores (heterozigóticos).

Para obtermos um bom plantel destes canários, podemos seguir diversos caminhos, conforme as disponibilidades financeiras de cada criador.

A) O caminho mais curto e dispendioso, adquirindo diversos machos e fêmeas a um criador de renome.

B) O caminho mais moroso no entanto mais económico é adquirindo um bom macho ou fêmea ágata opala, com as características da raça e proceder de seguida ao acasalamento com ágatas da linha clássica ( não devem apresentar qualquer vestígio de Phaeomelanina ).


Esta opção na primeira geração, obteremos machos e fêmeas portadores do factor opala.



5- ACASALAMENTO E RESULTADOS TEÓRICOS

- Gene opala = O

- Gene normal = N

- Macho e fêmea opala = OO

- Macho e fêmea portadores = ON

- Macho e fêmeas normais = NN



5.1 – Acasalamentos

Macho Ágata opala mosaico x fêmea Ágata opala mosaico 100% Ágata opalas mosaicos machos e fêmeas.


Nota : este acasalamento é útil para conseguir uma grande quantidade de canários opalas, no entanto pode ocorrer quer a diminuição do seu tamanho, quer a diluição das melaninas.



5.2 – Macho ágata / opala mosaico x fêmea ágata opala mosaico ou vice-versa.

50% machos e fêmeas ágata opala mosaico

50% machos e fêmeas ágata / opala mosaico


Nota: este acasalamento é muito importante porque evita a degradação da pena e ao mesmo tempo a intensidade do desenho ( marcação do desenho dorsal e flancos ).



5.3 – Macho ágata / opala mosaico x fêmea ágata / opala mosaico.

25% machos e fêmeas ágata opala mosaico

50% machos e fêmeas ágata mosaico / opala

25% machos e fêmeas ágata mosaico


Nota: nos machos e fêmeas não opalas e respectivos portadores o seu reconhecimento só é possível através de futuros cruzamentos.

Os exemplares puros ( opalas ) são de qualidade superior.

Este cruzamento tem como finalidade melhorar as caracteristicas dos canários opalas e ao mesmo tempo aumentar a sua resistência genética.



5.4 – Canários para exposição

Devem apresentar:

- Uma plumagem o mais límpida possível.

- Um lipocromo brilhante intenso ( nas zonas de eleição com a mesma tonalidade ).

- Não deve apresentar remiges e rectrizes pigmentadas.

- O comportamento na gaiola de exposição deve ser dócil e tranquilo, para o juiz o poder observar em todo o seu esplendor.

- Deve apresentar um ângulo de 45 graus ( quando está no poleiro ) e que a cabeça, dorso e cauda formem uma linha recta.

- Forma o mais harmónica possível e não demasiado fino.


Por: Carlos Lima (Juiz CNJ/OMJ)

terça-feira, 22 de dezembro de 2009

CARACTERISTICAS DO GLOSTER

1. Cabeça topo: redonda
2. Cabeça topo: ponta do bico visível
3. Cabeça topo: simetria
4. Cabeça perfil: coroa: penas a cair; consort: saida vertical
5. Cabeça perfil: coroa: sem tocar no bico; consort: altura o topo
6. Penas da cabeça: Coroa: volumosa; Consort: fortes sobrancelhas
7. Cabeça: coroa: Centro pequeno
8. Cabeça: coroa: Centro bem definido
9. Cabeça: Olho perceptível
10. Bico: Pequeno
11. Bico: Redondo
12. Pescoço: Sem quebras
13. Corpo: Costas bem preenchidas
14. Corpo: Asas fechadas
15. Corpo: Asas juntas
16. Corpo: Asas sem se cruzarem
17. Corpo: Pescoço curto
18. Corpo: Pescoço cheio
19. Corpo: Peito arredondado sem proeminências
20. Corpo: Peito largo
21. Corpo: Dorso plano (prolongamento do corpo)
22. Corpo: Dorso robusto
23. Cauda: Curta
24. Cauda: Estreita
25. Plumagem: Junta ao corpo
26. Plumagem: Firme e compacta
27. Plumagem: Aparência de bom aspecto
28. Plumagem: De côr natural
29. Posição: 45º
30. Aspecto: alerta
31. Aspecto: Com vivacidade e movimentos energéticos
32. Pernas e Patas: Tamanho curto
33. Pernas e Patas: Bem posicionadas
34. Pernas e Patas: Sem se ver as coxas
35. Tamanho: 11,5 a 12 cm

Autor: António Ferrão

Retirado da revista Ornitologica online http://artigos.canarilalmada.com

sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

Pintasilgo x Canaria

3 filhotes cobre nascidos dia 04/12/2009

VM MS FM chocando

Pintasilgo x Canaria

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

domingo, 6 de dezembro de 2009

A MUDA NOS PÁSSAROS ADULTOS

Embora sejam muito resistentes, as penas com o tempo começam a perder o brilho e desgastarem-se, precisando ser trocadas.
Trata-se de um processo normal na vida das aves, relacionado a fatores biológicos ligados aos hormônios produzidos pela tireóide.
A muda ocorre todos os anos e inicia-se após a época de cria, (não se deve permitir que se estenda demasiadamente a procriação, pois irá prejudicar a época ideal para a muda - verão). Se o pássaro foi bem alimentado irá mudar suas penas facilmente e não passará de 6 a 8 semanas. Nesta época a ave pode perder boa parte das penas ao mesmo tempo, mantendo, entretanto, uma razoável quantidade para proteger o corpo e voar.
Se a temperatura estiver elevada, bastante quente, isso irá antecipar a muda do canário, por outro lado, terminará mais cedo. Em climas moderado e fresco, ela atrasa um pouco.
É recomendado fornecer ao pássaro uma dieta correta para esta ocasião. Uma alimentação rica em cálcio (osso de ciba), casca de ovo, vegetais, mistura de grãos com maior quantidade de óleo e farinhada com ovo. A água de beber será trocada diariamente e poderá acrescentar algumas gotas de complexos vitamínicos que contenha ferro.
Nos adultos a troca de penas do rabo, das asas, e demais penas inicia-se do centro para as extremidades. A muda das penas das asas ocorre simultaneamente em ambas e aos pares, no corpo ocorre a muda quase por inteiro, terminando na cabeça.
As penas caem naturalmente e devagar sendo que quase nem se percebe que o pássaro está na muda; se o pássaro voar com dificuldades, começar a aparecer à pele, isto não é normal para a época de muda e pode ter sido causado pela má alimentação ou outras causas, não pela muda.
Banhos de sol pela manhã (8 às 9 horas) ajudam bastante na muda. Mantenha a higiene das gaiolas, evite que o pássaro fique em correntes de ar e forneça banheiras com água limpa para banhos.
A MUDA NOS FILHOTES

Os filhotes nascem pelados com uma finíssima plumagem, e aos poucos vão aparecendo as penas e quando saem do ninho já estão empenados por inteiro. Os filhotes também mudam de pena em torno do terceiro ao quarto mês de vida, o que chamamos de muda de ninho. Mudam somente as penas do peito e da cabeça, pois as penas das asas e do rabo só mudarão no próximo ano.
MUDAS PRECOCES

As mudas precoces são consideradas aquelas em que as penas são trocadas fora de sua época normal.
Bruscas mudanças de ambiente, temperaturas muito elevadas, sustos anormais, luzes que acordam as aves durante o seu sono, entre outros fatores, são causadores de uma muda precoce.
Um pássaro que entra em muda precoce é um pássaro triste e sempre estará encorujado. Ele não cantará. Teremos que aguardar, com paciência, o término do processo. Isto poderá atrasar o "apronto" da ave para a reprodução.
Devemos trata-lo muito bem, administrando algumas vitaminas e evitando ao máximo incomoda-lo.

cobre 2009

cobre

filhote gloster 21 dias

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

CALENDÁRIO DE CRIAÇÃO

Dezembro/Janeiro

Efetuam-se as últimas crias. O que não se conseguiu até este mês, não adianta continuar a tentar, pois as fêmeas estão praticamente esgotadas pelo calor, pelo cansaço e pelo esforço da criação. Convém ir se preparando para a próxima muda, administrando para as fêmeas alimentação rica em vitaminas, aveia, etc. Terá que cuidar que a água seja abundante e fresca e que os alimentos brandos não cheguem a fermentar pelo calor. Cuidado com as mudanças bruscas do clima de verão.

Janeiro/Fevereiro


Todos os utensílios que foram usados durante a época de cria, serão desinfetados corretamente e guardados para a próxima cria. Os exemplares deverão estar nas voadeiras ou gaiolões de emenda. Devemos observar o seu vigor e estado geral de saúde. A alimentação deve ser variada e rica em cálcio para que possam enfrentar o desgaste originado pela muda.

Fevereiro/Março

Os canários estão em plena muda, não deveremos perder de vista, sobretudo, os últimos filhotes que são os mais débeis, assim como também os exemplares adultos, tratando de ajudá-los no transtorno da troca de penas, preservando-os das correntes de ar e mantendo uma abundante e variada alimentação.

Março/Abril

Mês de pouca atividade. Os exemplares continuam nas voadeiras. Estarão em sua maioria com suas novas plumas, e com a muda terminando. Devemos começar a escolher os melhores filhotes.

Abril/Maio
Maio/Junho


Chega o rigoroso inverno. A alimentação será mais forte, pois o organismo consome grande quantidade de calorias. Observaremos com mais detalhes os pássaros que selecionamos para exposição, mantendo-os em perfeita higiene.
Junho/Julho

Mês de exposição. O canaricultor obterá o fruto de tudo o que sonhou, não devendo deixar-se levar por algum desengano, pois, em canaricultura sempre haverá o que aprender, e a melhor forma de fazê-lo é corrigindo os fracassos ocorridos. E quanto ao cuidado com os exemplares, seguiremos com a indicação dos meses anteriores, boa alimentação e preservação contra os rigores do inverno

Julho/Agosto

Começaremos as tarefas da reprodução, serão selecionados, minuciosamente, os casais, observando que ambos os componentes se completem, de acordo com o que desejamos criar.

Agosto/Setembro

Se o tempo ajudar, teremos fêmeas chocando e para meados do mês, os primeiros filhotes, a quem dispensaremos cuidados especiais, alimentação fresca e variada, abundante e nutritiva. Se tratará no possível, de não molestá-los, apesar de vigiar se constantemente, em momentos oportunos, se os pais tratam dos filhotes.

Setembro/Outubro

A criação estará em pleno apogeu, e teremos filhotes emplumados e outros a sair dos ninhos, deveremos estar atentos ao comportamento dos pais, pois alguns machos mais fogosos molestam as fêmeas. Se isso ocorrer, deveremos então separá-los Por outro lado, pode ocorrer que fêmeas arranquem penas dos filhotes, no seu afã de fazer novo ninho. Deveremos então separar os filhotes com uma grade, possibilitando a fêmea a continuar tratando dos filhotes, até que possam comer sozinhos.

Outubro/Novembro

Neste mês, tendo em conta as indicações feitas para outubro, e quando a criação segue em pleno apogeu, se cuidará que as águas sejam frescas e que os alimentos não cheguem a fermentar, principalmente os brancos (pão com leite, etc.). Não devemos nos descuidar do fator higiene que é de suma importância a esta altura do ano, pois poderão aparecer piolhos e outros parasitos. Teremos que nos assegurar, também, que à noite os mosquitos não molestem os canários, pois estes visitantes noturnos trazem grandes transtornos.

Novembro/Dezembro


Estaremos na terceira postura ou ninhada, alguns na quarta. Observaremos, como nos meses anteriores o estado dos alimentos e dos bebedouros. Todos os pássaros cevem estar protegidos do rigor do calor. Estaremos com os filhotes da primeira e segunda ninhadas nas voadeiras. Poremos atenção especial na prevenção contra piolhos para que não ataquem as fêmeas, que deverão estar extenuadas pelo esforço realizado.
De um modo sintetizado, analisamos as tarefas mais elementares de acordo com o mês calendário, os pormenores sobre acasalamentos, alimentação, preparação para exposições etc. etc. Boa sorte!

Nomenclatura Canarios de Porte

CP 101 TOPETE ALEMÃO FUNDO BRANCO LIPOCRÔMICO TO AL FD BR LI
CP 102 TOPETE ALEMÃO FUNDO BRANCO MELÂNICO TO AL FD BR ME
CP 103 TOPETE ALEMÃO FUNDO BRANCO DOMINANTE LIPOCRÔMICO TO AL FD BR DO LI
CP 104 TOPETE ALEMÃO FUNDO BRANCO DOMINANTE MELÂNICO TO AL FD BR DO ME
CP 105 TOPETE ALEMÃO FUNDO AMARELO INTENSO LIPOCRÔMICO TO AL FD AM IN LI
CP 106 TOPETE ALEMÃO FUNDO AMARELO INTENSO MELÂNICO TO AL FD AM IN ME
CP 107 TOPETE ALEMÃO FUNDO AMARELO NEVADO LIPOCRÔMICO TO AL FD AM NV LI
CP 108 TOPETE ALEMÃO FUNDO AMARELO NEVADO MELÂNICO TO AL FD AM NV ME
CP 109 TOPETE ALEMÃO FUNDO VERMELHO INTENSO LIPOCRÔMICO TO AL FD VM IN LI
CP 110 TOPETE ALEMÃO FUNDO VERMELHO INTENSO MELÂNICO TO AL FD VM IN ME
CP 111 TOPETE ALEMÃO FUNDO VERMELHO NEVADO LIPOCRÔMICO TO AL FD VM NV LI
CP 112 TOPETE ALEMÃO FUNDO VERMELHO NEVADO MELÂNICO TO AL FD VM NV ME
CP 113 GLOSTER SEM TOPETE FUNDO BRANCO LIPOCRÔMICO GL ST FD BR LI
CP 114 GLOSTER SEM TOPETE BRANCO MELÂNICO GL ST FD BR ME
CP 115 GLOSTER SEM TOPETE BRANCO PINTADO GL ST FD BR PI
CP 116 GLOSTER SEM TOPETE AMARELO INTENSO LIPOCRÔMICO GL ST FD AM IN LI
CP 117 GLOSTER SEM TOPETE AMARELO INTENSO MELÂNICO GL ST FD AM IN ME
CP 118 GLOSTER SEM TOPETE AMARELO INTENSO PINTADO GL ST FD AM IN PI
CP 120 GLOSTER SEM TOPETE AMARELO NEVADO LIPOCRÔMICO GL ST FD AM NV LI
CP 121 GLOSTER SEM TOPETE AMARELO NEVADO MELÂNICO GL ST FD AM NV ME
CP 122 GLOSTER SEM TOPETE AMARELO NEVADO PINTADO GL ST FD AM NV PI
CP 123 GLOSTER COM TOPETE BRANCO LIPOCRÔMICO GL CT FD BR LI
CP 124 GLOSTER COM TOPETE BRANCO MELÂNICO GL CT FD BR ME
CP 125 GLOSTER COM TOPETE BRANCO PINTADO GL CT FD BR PI
CP 126 GLOSTER COM TOPETE AMARELO INTENSO LIPOCRÔMICO GL CT FD AM IN LI
CP 127 GLOSTER COM TOPETE AMARELO INTENSO MELÂNICO GL CT FD AM IN ME
CP 128 GLOSTER COM TOPETE AMARELO INTENSO PINTADO GL CT FD AM IN PI
CP 129 GLOSTER COM TOPETE AMARELO NEVADO LIPOCRÔMICO GL CT FD AM NV LI
CP 130 GLOSTER COM TOPETE AMARELO NEVADO MELÂNICO GL CT FD AM NV ME
CP 131 GLOSTER COM TOPETE AMARELO NEVADO PINTADO GL CT FD AM NV PI
CP 040 ESPANHOLA FUNDO BRANCO LIPOCRÔMICO RA ES FD BR LI
CP 041 ESPANHOLA BRANCO MELÂNICO RA ES FD BR ME
CP 042 ESPANHOLA BRANCO PINTADO RA ES FD BR PI
CP 043 ESPANHOLA AMARELO INTENSO LIPOCRÔMICO RA ES FD AM IN LI
CP 044 ESPANHOLA AMARELO INTENSO MELÂNICO RA ES FD AM IN ME
CP 045 ESPANHOLA AMARELO INTENSO PINTADO RA ES FD AM IN PI
CP 046 ESPANHOLA AMARELO NEVADO LIPOCRÔMICO RA ES FD AM NV LI
CP 047 ESPANHOLA AMARELO NEVADO MELÂNICO RA ES FD AM NV ME
CP 048 ESPANHOLA AMARELO NEVADO PINTADO RA ES FD AM NV PI

sábado, 24 de outubro de 2009

CN AM IN filhote 2009

Gloster lipo amarela nevada

quarta-feira, 30 de setembro de 2009

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

COMIDA DOS FILHOTES

A alimentação dos filhotes se baseia, quase toda, na farinhada (duas colheres de sopa para cada ovo cozido (de 15 a 20 minutos) e amassado no garfo, ou então, na papa de pão com leite e água em iguais proporções, ou ainda em ambos, em dias alternados. É importante que se observe qual das duas opções os pais parecem preferirem na alimentação dos pequenos.

Caso o criador opte pela papa de pão com leite e água, esta não deve permanecer o dia todo, pois azeda com facilidade em climas quentes. No máximo deve permanecer até seis horas antes de ser trocada.

Chicória, almeirão, couve e agrião somente podem ser administrado aos pais após o terceiro dia de vida dos filhotes pois podem causar diarréia. jiló é um ótimo regulador do intestino e aconselhamos juntá-lo às verduras colocadas à disposição dos pais.

Após os filhotes saírem do ninho, a alimentação deverá ser a mesma indicada acima. Entre 25 e 30 dias os filhotes começarão a comer sozinhos, beliscando as folhas de almeirão, sementes, etc.

Depois de separar os filhotes dos pais continue a dar a farinhada por mais alguns semanas até que comecem a quebrar e a descascar as sementes.

terça-feira, 8 de setembro de 2009

OS DISTURBIOS DE COMPORTAMENTO NAS FÊMEAS

O sucesso da criação depende do bom comportamento das fêmeas. Normalmente a fêmea colocada na presença do macho, faz o ninho, põe, choca os ovos e alimenta os filhotes.
O macho pode ajudar na construção do ninho e participa na alimentação dos filhotes; a sua função torna-se cada vez mais importante à medida que os filhos crescem.
Os principais problemas do comportamento concernentes às fêmeas são os seguintes:
- A fêmea não põe
- A fêmea destrói constantemente o ninho
- A fêmea põe fora do ninho
- A fêmea põe sem parar
- A fêmea põe, mas não incuba
- A fêmea pica os ovos
- Os filhotes são atirados para fora do ninho
- Os filhotes são pouco ou mal nutridos
- A fêmea pica os filhotes

Analisemos os diferentes casos.

A FÊMEA NÃO PÕE
Normalmente a postura é desencadeada pela visão do ninho; ela é favorecida pela presença do macho. Na ausência de ninho, a presença dum recipiente côncavo pode incitar a fêmea a por; até pode pôr num comedouro.
Mas é necessário que a fêmea esteja pronta para pôr, mesmo que o seu ovário contenha os futuros óvulos. Isto supõe que a temperatura e a luz tenham variado normalmente como aquelas produzidas na Primavera. Muita luz e sem muito calor ou o inverso, muito calor e pouca luz, provocam uma alteração do ciclo sexual, que é frequentemente acompanhada por uma muda parcial.
Se a fêmea não põe, malgrado a presença do ninho e do macho, pode-se mudar o macho e trocá-lo por outro mais ardente, mais viril. Se o comportamento da fêmea não muda, é necessário troca-la por uma outra.
A melhor fêmea é uma de dois anos, cujo comportamento terá sido testado no ano anterior. Uma fêmea muito velha pode estar inapta à postura: torna-se estéril.

A FÊMEA DESTRÓI O NINHO CONSTANTEMENTE
A maioria das fêmeas constrói metodicamente o ninho: empregam materiais grosseiros, depois materiais finos para o acabamento. Algumas começam a construção do ninho sem contudo acabar: elas confundem frequentemente os materiais e finalmente o primeiro ovo é posto num ninho inacabado e muito mal feito. Geralmente este comportamento é hereditário. Ele persiste de ano a ano. A fêmea não sabe fazer o ninho, porque nasceu, geralmente, num ninho mal feito.
O criador deve intervir para terminar o ninho ou oferecer à fêmea um ninho completamente feito.
No caso dum ninho de canários, pode-se colocar um ninho de fibras de coco comprado no comércio. Aos exóticos pode-se oferecer um ninho bola, em vime, no interior do qual se cola um revestimento macio, que o pássaro não poderá arrancar. Geralmente o criador contenta-se em terminar o ninho, colocando um suplemento de materiais e construindo uma cavidade para os ovos. Ele pode obter esta cavidade, fazendo rodar uma maçã no ninho, ou moldando com sua mão.
Como no curso de criação, o ninho se suja, ele não pode hesitar em mudar o revestimento no momento em que ele se torne muito sujo. Os filhotes têm necessidade de asseio e esta limpeza agirá sobre o comportamento de adulto. Isto é sobretudo necessário quando o número de filhotes é importante. Isto é indispensável no momento em que os filhotes defecam sobre as paredes do ninho e quando os pais penetram no ninho para alimentá-los.

A FÊMEA PÕE FORA DO NINHO

Sucede que uma jovem fêmea põe fora do ninho, seja sobre o fundo da gaiola, seja num comedouro. Ela não compreendeu a função do ninho que o criador lhe ofereceu, e não o adoptou.
O mais simples é colocar o ovo no ninho onde ele deveria ser posto; faz-se o mesmo para o segundo ovo, e assim por diante até a obtenção duma postura normal. Se a postura se faz num comedouro, tira-se o comedouro à noitinha, uma vez que a postura tem geralmente lugar ao nascer do dia. Para seduzir a fêmea no ninho, pode-se aí colocar um ovo claro (dum outro casal) ou um ovo falso. Quando se trata dum ninho caixa, junta-se materiais que se deixam passar pela abertura; esses materiais excitarão a curiosidade da fêmea, que visitará então o ninho.
É possível que a fêmea não ponha no ninho, porque está infestado pelos piolhos ou porque não é suficientemente próprio. O asseio é necessário e é preciso então mudar ao menos o revestimento do ninho, entre duas ninhadas.

A FÊMEA PÕE SEM PARAR
Encontra-se no ninho um número de ovos anormal. No caso de uma espécie onde o macho e a fêmea são parecidos, é possível que o casal compreenda duas fêmeas. É necessário sexar atentamente os pássaros.
Mas num casal normal, a fêmea pode pôr numerosos ovos. Geralmente são ovos claros e isto ocorre porque quando uma primeira postura era feita de ovos claros, a fêmea continuava a pôr.
Uma observação atenta do número de ovos teria permitido ao criador ver que não se trata duma só postura, mas de duas sucessivas separadas por 5 a 6 dias. Algumas fêmeas são capazes desde o 5º dia de reconhecer se um ovo está claro ou não; neste momento elas podem abandonar o ninho ou pôr de novo.
Uma perturbação do comportamento pode explicar uma postura abundante e contínua. A fêmea é vitima dum desarranjo endócrino. Normalmente quando a postura atingiu a cifra própria à espécie (5a 6 ovos no máximo), uma inibição se produz e isto bloqueia a produção de óvulos pelo ovário. Em alguns pássaros mais sensíveis que outros, o bloqueio tem lugar mais cedo e a fêmea põe menos ovos. A postura torna-se contínua quando o bloqueio não tem lugar. É necessário tirar a fêmea e trocá-la por uma outra. Esta perturbação desaparece geralmente quando a fêmea é colocada em viveiro não contendo qualquer ninho, sobretudo na ausência de machos. Pode também atenuar-se pouco a pouco: a fêmea podendo pôr ainda alguns ovos num comedouro, antes de se tirar definitivamente.

A FÊMEA PÕE MAS NÃO INCUBA
Esta perturbação pode ter várias causas:
O desenvolvimento é desfavorável: há muito barulho ou a fêmea está inquieta. Pode ser suficiente mudar o lugar do ninho ou aquele da gaiola: a primeira ninhada estará perdida, mas uma segunda será levada a termo. A fêmea não choca porque os ovos estão claros, e isto porque ela não foi coberta pelo macho. É necessário tirar os ovos e aguardar uma segunda postura. Se a fêmea não choca, é preciso mudar o macho. O melhor macho é aquele que não somente cobre frequentemente a fêmea, mas também que a ajuda a ir para o ninho. Alguns machos chocam tanto e mesmo mais que a fêmea, mas o mais frequente e necessário é que a fêmea comece a chocar.

A FÊMEA PICA OS OVOS

Acontece quando os pássaros comem os ovos. O criador que constata a presença dum ovo e não o vê no dia seguinte ou quando o número de ovos diminui. Frequentemente não fica nenhum traço do ovo desaparecido: ele foi comido. Um pássaro pode muito bem comer um ovo. Ás vezes um filhote eclode e não se acha a casca: ela comeu-a, e isto evita que ela atraia a atenção dum predador, o que pode ter lugar quando a casca vazia é lançada fora do ninho. Sabe-se assim quando os pássaros de gaiola podem consumir os fragmentos de cascas; esses fragmentos dados pelo criador são uma fonte de cálcio. Por prudência, ele vai dar o melhor, (por ex. ostras trituradas ou fragmentos de cascas de ovos...)
É normal que um ovo seja comido depois de ter sido posto. Geralmente, o criador acusa o macho. Pensa-se que o macho viu no ovo um corpo estranho que ele quer tirar do ninho; o ovo é quebrado e comido. Isto é possível, mas a fêmea pode comer os ovos. É o que tenho constatado com um casal de mandarins. Para saber se comia o ovo, coloquei sobre a casca um produto utilizado para impedir as crianças de roer as unhas. Um primeiro ovo desapareceu sem problema aparente nos pássaros. Porém após o desaparecimento dum segundo ovo, a fêmea foi gravemente intoxicada, enquanto que o macho ficou normal. A mãe era, pois, culpada. É preciso, então, no momento em que os ovos desaparecerem depois de terem sido postos, tirar a fêmea e trocá-la por uma outra.

OS FILHOTES SÃO LANÇADOS PARA FORA DO NINHO

Acontece quando os filhotes são encontrados fora do ninho, sobre o fundo da gaiola.
Frequentemente apresentam feridas provocadas por cortes de bico.
No momento em que o criador se apercebe, rapidamente deve colocar os filhotes no ninho.
Podem cair acidentalmente ou ser assassinados pelas patas da fêmea, quando abandona muito brutalmente o ninho. É necessário então evitar assustar a fêmea que choca, e cuidar para que o ninho seja suficientemente profundo.
Mas é possível que os filhotes tenham sido lançados para fora do ninho por um dos pais. Pouco depois da eclosão, o principal culpado é o macho; ele não reconhece no filhote o produto dum ovo, e lança-o para fora numa preocupação de propriedade, ou de defesa do ninho. Neste caso, é preciso tirar o macho, esperando-se que todos os filhotes tenham eclodido e chegado a ser bastante grandes. No Diamante Gould, mais sujeito ao stress, o macho pode reagir a uma perturbação (barulho, visitante estranho...), lançando os filhotes pouco depois.
No momento em que os filhotes estão emplumados e prontos para sair do ninho, podem ser lançados pela fêmea desejosa de limpar o ninho para tornar a pôr. Algumas fêmeas tornam a pôr num ninho ocupado, mas outras expulsam os filhotes a golpes de bico. O sangue pode ocasionar a picagem: os filhotes se estiverem ainda depenados podem morrer.

OS FILHOTES SÃO POUCO OU MAL ALIMENTADOS
O crescimento dos filhotes é programado; se ele é retardado, os pais podem abandoná-los. Na natureza um retardamento no crescimento corresponde a uma doença ou ainda afecta o último nascido; esses pássaros estão condenados; eles não darão jamais um adulto robusto; os pais têm pressa de fazer uma nova ninhada, e cessam de alimentar os atrasados. Este comportamento permite a selecção natural indispensável à sobrevivência da espécie.
Na criação, o atraso de crescimento tem as mesmas causas, mas o abandono é menos brutal.
Um pássaro cego será alimentado tanto quanto será capaz de pedir com insistência sua alimentação: cessará de o ser quando não virar mais o bico do lado certo. Os filhotes debilitados por uma doença (frequentemente colibacilose) serão cada vez menos alimentados visto que eles terão cada vez menos força para pedir, levantar a cabeça e abrir o bico.
No que concerne aos filhotes de crescimento mais lento numa ninhada, trata-se de mutantes, ou de últimos nascidos. Para salvá-los, o criador confiá-los-á a outros pais, que tenham filhotes no mesmo tamanho. Para que todos os filhotes duma ninhada sejam salvos é necessário que a ninhada fique homogénea, isto quer dizer que todos os filhotes cresçam regularmente.
Pode-se activar o crescimento dos filhotes, dando-lhes uma pasta enriquecida em vitaminas. No início do crescimento, os protídios devem representar perto de 25% da ração; a seguir sua taxa deve diminuir regularmente em benefício dos glucídios (amidos dos grãos). Na natureza, os pássaros aí compreendidos, os granívoros, fornecem aos recém-nascidos uma alimentação muito rica à base de insectos e de pólen, bem como filhotes de larvas e grãos germinados. Por conseguinte, eles dão mais grãos de amoras.
Se é necessário, em caso de doença, utilizar um antibiótico, ele deve ser associado a uma mistura vitaminada e de grãos germinados. Um antibiótico pode provocar uma carência em vitaminas e retardar o crescimento.

A FÊMEA PICA OS FILHOTES

Dissemos que a fêmea desejosa de pôr pode expulsar os filhotes para fora do ninho e picá-los para arrancar-lhes as penas. Esta hostilidade cessa no momento em que os filhotes deixam o ninho, salvo se o sangue correu. No último caso, a visão do sangue tem um efeito agressivo: ele estimula a picagem. É necessário isolar o filhote, tirar a pena que sangra e colocar um pó bactericida sobre a ferida.
Filhotes machos podem ser igualmente picados pelo pai que o deseja expulsar. Se os filhotes devem ser deixados na presença dos pais, é necessário dispor duma gaiola suficientemente grande ou colocar uma separação através da qual os pais poderão alimentar os filhotes. Quando uma gaiola é muito pequena, os pais têm tendência a picar os filhotes. Pode-se também evitar isto, colocando os pais e os filhotes que deixaram o ninho numa outra gaiola, onde não haverá ninho.

CONCLUSÃO

Os distúrbios de comportamento não são raros numa criação. Isto vem do fato de que se está longe das condições naturais bem como em matéria de ambiente, quer de material ou de alimentação. Cuidados de atenção e a experiência permitem evitá-los ou tratá-los. A maior parte dessas perturbações não são hereditárias e não duram de ano a ano. O criador deve ter interesse em possuir muitas fêmeas e vários machos de reserva; mudam o macho ou a fêmea sendo este o meio mais eficaz para pôr fim a uma distúrbio de comportamento que torna um casal improdutivo.

segunda-feira, 31 de agosto de 2009

A INCUBAÇĂO DA CANÁRIA

A incubaçăo ou choco dura de 13 a 14 dias, é feita normalmente pela fęmea: ŕs vezes os machos, velhos pais, acabam querendo auxiliar as canárias nesta tarefa materna.

Durante a incubaçăo, o macho bom redobra de atençăo para a fęmea: leva-lhe omida no bico, canta com prazer as suas melhores melodias, e quando ela se esquece de mudar de posiçăo e arejar os ovos, vai até o ninho, como a convida-la a faze-lo.

A fęmea a cada hora ou a cada duas horas, levanta-se de cima dos ovos, pousa na borda do ninho, examina-os, e com o bico vai virando os ovos. Depois estende as pernas e as asas, como a espreguiçar-se, voa um pouco para fazer exercícios, come, bebe, excrementa e volta ao choco.

Aos treze dias a fęmea mostra-se mais inquieta, parecendo sentir as vidas novas que tem debaixo de si; os canários picam entăo o frágilovo, a măe ajudando-os a sir, despedaçando pouco a pouco a casca que os oprime, comendo-a muitas vezes.

Alguns, por falta de força, năo conseguem sair do ovo e quando a măe năo ajuda, morrem na casca. O criador experiente, pode socorre-los, levantando com muito cuidado a casca com um alfinete ou agulha desinfetada, alargando a fenda do lado do bico, mas procurando năo fazer sangue; se este aparece, suspende-se logo a operaçăo, colocando os ovos no ninho para que a măe venha aviventar côo o seu calor.

Há pássaros que levam uma hora para sair da casca, outros demoram até seis horas, que é o mais corrente; mas também há filhotes tăo fracos que só conseguem desprender-se da casca vinte e quatro horas depois de terem picado o ovo.

Assim que nascem, ou ŕ medida que văo nascendo, a canária cobra os filhos comas asas, para que enxuguem e se aqueçam. Durante as primeiras horas de vida, os filhotes alimenta-se com os restos de gema de ovo, donde provém, e que ainda lhe restam no intestino para consumir.

Năo se deve espantar as fęmeas quando estăo no ninho; para vermos os filhotes é preferível aguardar uma ocasiăo em que tenham saído a comer, ou fazem exercício.

Todos os ovos, para um bom desenvolvimento do germe, necessitam, além do calor, de um certo grau de umidade ambiente.

Os bons e maus anos para criaçăo săo especialmente conseqüęncia de um bom ou mau estado higrométrico da atmosfera sobretudo no fim da incubaçăo. Por isso somos de opiniăo, que é de boa prática borrifar levemente os ovos ou as penas das canárias, do décimo ao décimo terceiro dia com água.
Revista centro paulista de criadores de canários frisados

terça-feira, 25 de agosto de 2009

CONHECIMENTO BÁSICO DOS MINERAIS

No que diz respeito à necessidade, os minerais são tão importantes e necessários quanto as vitaminas e os aminoácidos essenciais ao organismo e representam em papel como componentes das enzimas responsáveis por todas as transformações químicas que se processam no organismo. Nesta função atua semelhantemente às vitaminas, pois as proteínas de que fazem parte funcionam como catalisadores de reaçòes químicas específicas. Existem mais de 60 enzimas no organismo e nem todas tem seu mecanismo conhecido.



A carência de um único elemento mineral pode determinar a morte em prazo curto, isto é, logo que acabem as reservas desse mineral. Praticamente todos os minerais são eliminados pela urina continuamente ou pelas fezes, mesmo necessitados na produção ou no crescimento, por isso deve-se fazer a reposição constante.



Todos ingredientes utilizados em misturas tem uma quantidade variável de elementos minerais, essenciais ou não, e quando se determina a composição mineral de uma mistura seja ela ração ou farinhada, pode-se notar talvez uma deficiência até acentuada de algum mineral.



Deve-se, porém, sempre calcular o teor dos minerais essencais dessas misturas, levando em conta que há um teor "ótimo" para se obter a melhor conversão do alimento, e assim, dá-se a capacidade de cobrir todas as deficiências e estabelecer um nível de satisfação em que cada mineral funcione melhor.



Deve-se precaver contra o uso excessivo do composto mineral nas misturas, e sobretudo, o uso indiscriminado, pois pode-se tomar essas misturas menos palatáveis, mais laxativas, menos assimiláveis, diminuir seu valor energético, ocupar o lugar de outro nutriente mais valioso, inativar a ação de certas vitaminas e até mesmo de outros minerais, etc. Enfim, seu caso deve ser criterioso e em quantidade suficientes. Nunca usar minerais de bovinos, suínos, etc. em aves. O balanceamento dos minerais são diferentes. Não adianta colocar na ração, execessos de ferro, cobalto, manganês, ou até mesmo de cálcio, sabendo-se que o excesso não será aproveitado e atrapalhará na dieta, não resolvendo nada.



Não há um dado fixo para o teor de minerais ou cinzas em uma mistura balanceada para cada categoria de ave, porém pode-se e deve-se administrar como suplemento junto com a Grita que é necessária para a trituração dos alimentos. No caso da falta imediata detectada usa-se misturar o suplemento na ração ou farinhada na dose de 2% até 20 dias para suprir as necessidades imediatas, depois usar 20% na mistura de Grita, ou até dar à vontade pois elas saberão dosar se não forem obrigadas a ingerir junto com a ração.



Fósforo e Cálcio (P e Ca)

Entram em maior proporção na composição do corpo e do ovo. O Fósforo entra ainda no metabolismo e nos compostos orgânicos, presente em todos os tecidos.

O estudo cálcio/fósforo é feito juntamente com a vitamina D, que é responsável pela assimilação e fixação deste.

Raquitismo - Deficiência de fósforo (ou vitamina D)

Osteoporose - Deficiência de cálcio ocasionando filhotes defeituosos, fêmeas nas posturas descadeiradas, etc.

Durante a postura, as necessidades de fósforo são pequenas, mas as de cálcio são muito altas. Para formar a casca de ovo, as aves retiram o cálcio dos ossos, nos intervalos entre a formação de uma casca e outra. Estudos realizados com galinhas mostram que a casca de um ovo médio tem 1,5 a 2g de cálcio depositada em 15 horas que antecedem a postura e, durante a calcificação da casca, o cálcio retirado dos ossos via sangue tem a proporção de 100 mh por hora. A fonte de fósforo mais utilizada em nosso meio é o fosfato bicálcio que contém 18,5 e 21% de fósforo.



Sal (NaCL)

O sal comum não é apenas um condimento que estimula o apetite e as secreções, mas um nutriente presente e necessário para os tecidos. Regula a pressão osmótica, controla a passagem dos alimentos de uma célula para a outra, mantém o equilíbrio ácido-base e o metabolismo da água.

Sua falta diminui o apetite e o aproveitamento da proteína e da energia. Afeta diretamente a produção dos ovos, peso corporal e favorece o canibalismo.

As aves suportam até no máximo 3% de sal nas misturas em curto prazo.



Iodo

Necessidade muito pequena para o funcionamento da tireóide, que atua diretamente no crescimento, postura e viabilidade de embriões por influência materna.

As rações que leva o,o4% a 0,5% de sal iodado comum pode dispensar a adi'ção do iodo.



Potássio (K)

Constituinte normal da célula animal, particularmente nos músculos. Sua falta acarreta lesões no coração e rins.

É rapidamente absorvido pelo intestino e quando em excesso é imediatamente excretado pelos rins.



Magnésio (Mg)

É reconhecidamente essencial à alimentaçào. Na sua falta observa-se o crescimento retardado, mau empenamento, ataxia, diminuição do tônus muscular descoordenaçào, convulsões e morte.

Mínimo necessário 50g por 100kh de ração. Não esquecer que o excesso provoca raquitismo, casca de ovos finos, diminuição de postura e da fertilidade, ocasionando fezes aquosas. Sua absorção é facilitada pela vitamina D quando há um bom equilíbrio na relação fosfocálcica.



Manganês (Mn)

Sua função está relacionada com o metabolismo cálcio fósforo. Atua como co-fator da fosfatização oxidativa. Sua falta ocasiona perose e casca fina do ovo. É muito controvertido pois a perose pode ser determinada por uma deficiência de colina, niacina, biotina e folacina e a casca fina por cálcio, vitamina E e G.

Ovos não vingados, morte prematura do embrião, e várias deformações (membros encurtados, bico de papagaio, barriga saliente, cabeça globular e emplumação retardada), também são atribuidos à dificiência do mesmo

O teor de manganês dos produtos vegetais é muito variado dependendo da riqueza do solo neste elemento. O farelo de arroz geralmente é muito rico neste mineral.



Zinco (Zn)

Responsável por uma parte de uma enzima respiratória (anidrase carbônica), existente nos glóbulos vermelhos e a eliminação do CO2 que contém 0,3% do mesmo. A tolerância das avez ao Zn é de 200 ppm.

Praticamente recomenda-se a adição de 30 ppm, podendo ser feito, na forma de sulfato, de carbono ou óxido, misturado com outros minerais.



Ferro (Fe)

É absorvido pela mucosa intestinal sobre a forma de uma combinação protéica até formar a ferratina. Quando em equilíbrio deixa de absorver o Fe sendo eliminado pelas fezes. A falta causa anemia por deficiência de Fe e Cu e algumas bitaminas tipo microcrítico e macrocrítico no caso de ácido fálico e da B12.

Durante a postura sabe-se das maiores necessidades, pois cada ovo retira em média 1,1 mg de Fe. A principal fonte é o sulfato ferroso e 10g/100kg de ração é suficiente para atender as suas necessidades.



Cobre (Cu)

Deve ser ministrado sempre junto com o ferro devido à sua necessidade para a sua assimilaçào. Sua necessidade foi determinada em 10% da de Fe.

A falta de cobre, prejudica a absorção do Fe e dificulta sua mobilizaçào no organismo. Apesar de não ser estimulante melhora a conversão alimentar.



Cobalto (Co)

Necessário para a manutenção dos glóbulos vermelhos do sangue, sem o que tem-se a anemia, perda de apetite e de peso.

Deve-se usar sob a forma de cobalamina ou bitamina B12.



Flúor (F)

Necessário em pequenas quantidades pois é muito tóxico e acumulativo.



Enxofre (S)

É constituinte de 2 aminoácidos (cistina e metionina) e também das vitaminas (tiamina e biotina).



Selênio (Se)

Altamente tóxico. Os ovos contém apreciável teor de selênio quando crus. É necessário técnica especial para homogenizar nas rações pelas pequenas dosagens utilizadas, por esta razão costuma-se substituir erroneamente pela vitamina E.



Arsênio (As)

Encontra-se em quantidades infinitamente pequenas nos animais e é retirado dos alimentos naturais.



Molibdênio (Mo)

Sabe-se ele faz parte do sistema enzimático. Ainda desconhecido ou não bem estuado.



Vanádio (V)

Promove um estímulo do crescimento, mas é tóxico e entra como impureza nos outros minerais.



Silídio (Si)

É um componente das penas e responsável pela rigidez das mesmas. Quase toda sua ingestão é eliminado pela fezes, porém, o mínimo necessário é absorvido.



Pedrisco ou Grita

Em tamanho conveniente funciona como dentes para as aves, desfazendo as partículas mais duras e facilitando a penetração dos sucos digestivos e a limpeza das paredes da moela. Causa a dilatação do tubo digestivo, aumentando a sua capacidade, o que é vantajoso.

Recomenda-se usar pedras duras que não se desgastem no processo de "mastigação". Hoje usa-se muito areia de piscina por ser lavada e desinfetada, mas corre-se o risco da utilizaçào de produtos não convenientes tipo ácidos para essa desinfecção.



Outros minerais na água

As aves preferem água ligeiramente ácidas. As águas salubres, com teor mineral superior à 0,9% são prejudiciais. Os cloretos, com exceção do sódio e cálcio, são geralmente mais nocivos que os sulfatos. O cloreto de Mg é indesejável.

Sal, comum na água, diminui a fertilidade e a incubabilidade dos ovos, além de reprimir o crescimento.

As aves mortas, por excesso de sal, revelam enterite e ascite na necrópsia. Um sinal provável de excesso de sais na alimentação ou na água são as fezes aquosas.



Exigência nutritiva para pássaros (% por kg de alimento)

Estimativa mínima sem margem de segurança.

Para uso de proteínas total de 18 a 20%.

NOVAS MUTAÇÕES

TÉCNICAS PARA IDENTIFICAÇÃO DAS NOVAS MUTAÇÕES NEGRO-MARRONS OXIDADOS E DILUÍDOS (TOPÁZIO/EUMO) E COMENTÁRIOS SOBRE O PADRÃO DE JULGAMENTO DOS TOPÁZIOS

Fernando Fernandes Teixeira
Revista Brasil Ornitológico nro39



Existe muita expectativa quanto as novas mutações, inclusive muito artigos já foram escritos, no entanto, as duvidas são muitas por parte dos criadores.
Na última viagem que fiz a Itália, estive com meu amigo Arnaldo Araújo visitando um famoso criador em Correggio, considerado por muitos brasileiros e italianos como o melhor criador de canários do mundo, e presenciamos (alias, participamos) uma cena muito interessante. Esse criador estava selecionando alguns casais de canários para seu plantel, havendo duas gaiolas, uma com canários Ágatas Pasteis Prateados e outra com canários Ágatas Topázios Prateados. Os Ágatas Pasteis eram canários bem limpos, sem feomelanina, com bom desenho. Os Ágatas Topázios também eram limpos com estrias finas e bem escuras. Naquele momento, perguntei a esse criador se não existia uma certa confusão na identificação desses canários. Então ele me respondeu que não, pois o Ágata Pastel e bem mais escuro que o Topázio; que o Topázio tem o desenho mais claro, bem como a cor dos olhos e diferente.
Pois bem, sem ele perceber, apanhei um Ágata Pastel, um canário de qualidade media, e com outra mão apanhei um Ágata Topázio macho, bem marcado e com olhos um pouco escuros e pouca melanina central. Indaguei a esse criador qual era o Ágata Topázio e qual era o Ágata Pastel. Para minha surpresa e do Arnaldo, o criador inverteu as cores. Então perguntei novamente, e mais uma vez a resposta foi trocada. Na verdade, acho que qualquer criador ou juiz poderia também encontrar uma certa dificuldade na identificação. Diante desse quadro acho que temos que fazer alguma coisa, quer seja no padrão de julgamento quer seja nos acasalamentos, para que essas mutações sejam melhor caracterizadas e não surjam duvidas.
As mutações Topázio e Eumo podem ser identificadas pela cor dos olhos e também pela forma de atuação da melanina.

Analisando a cor dos olhos:
Uma forma muito interessante de identificar a cor dos olhos dos canários, acredito que totalmente desconhecida dos brasileiros e que nos foi demonstrada na Bélgica pelo Sr. Lemy, e através do uso de uma pequena lanterna. A técnica consiste em fazer incidir o facho de luz diretamente no olho do pássaro, de forma que a lente fique bem próxima a ele, e olhando o outro olho verifica-se se ha reflexo da luz, de preferência em um ambiente um pouco escuro. Nos canários Topázios, observa-se que a cor e vermelho-rubi escuro, nos Negro-Marrons Oxidados, e vermelho-rubi claro nos Ágatas. Nos Ágatas Eumo a cor dos olhos e o vermelho normal (vivo), como nos Acetinados, e nos Negro-Marrons Oxidados e um pouco mais escuro, mas de fácil identificação.
Com essa técnica, pode-se ver claramente que os Topázios tem a cor dos olhos avermelhada (quem os cria sabe que nascem com olhos bem vermelhos, como Feos) e não negra, como já citado em vários artigos e ate em livros técnicos.

Analisando a melanina:
Topázios: Esse fator atua reduzindo e modificando a eumelanina negra e reduzindo a eumelanina marrom e a feomelanina. Modifica também a cor do bico, das patas e unhas, tornando-os cor de canela nos Negro-Marrons Oxidados e cor de carne nos Ágatas.
A característica principal do fator Topázio e a redução da melanina com concentração no eixo das penas, visível com nitidez principalmente nas penas longas da cauda. Por isso foram chamados inicialmente de ”Feos de melanina central”. Entendo que este e o item que tem que ser mais valorizado nos canários Topázio, pois não adianta o pássaro ter o desenho dorsal típico e ser isento de feomelanina, mas se não apresentar com nitidez a ”melanina central”, devera ser fortemente penalizado.
Tenho observado nos campeonatos brasileiros que o número de exemplares Topázios, principalmente Ágatas, esta aumentando significativamente, tanto em qualidade como em quantidade. No entanto, acho que ainda, apesar de terem desenhos de dorso muito bons, com isenção de feomelanina, falta redução e concentração da melanina no eixo das penas longas, característica fundamental dessa mutação.
Penso que para evitar duvidas de identificação e melhorar o tipo dos Topázios, os cruzamentos deverão ser feitos com pássaros que apresentem muito bem a redução e concentração da melanina, principalmente nas penas longas da cauda.
Eumos: E um fator que provoca a diluição da eumelanina nas estrias, tornando-as um pouco mais estreitas e modificando sua tonalidade, deixando a envoltura do pássaro mais clara, porque o lipocromo torna-se mais visível no espaço entre as estrias. Provoca também uma sensível redução da feomelanina. Inibe o deposito de melanina nas partes córneas, deixando-as com cor de carne.
Para identificação dos canários Eumos Ágata ou Negro-Marrom Oxidado, em primeiro lugar verificamos se a cor dos olhos e vermelha, e em segundo lugar a cor da melanina nas estrias: se for negra (cinza escuro) trata-se dos mutantes Eumos Ágata, Cobre, Verde ou Azul, pois os outros dois fatores de ”albinismo” ( ino e acetinado), quando introduzidos nos Negro-Marrons Oxidados ou Diluídos, provocam a inibição total da melanina negra, deixando o pássaro atípico ou isento de melanina negra no caso dos Feos.
Cabe ressaltar, Marrons Oxidados Eumos, a cor dos olhos e mais escura que a dos Ágatas Eumos, mas mais clara que nos Topázios, e o tipo (desenho) e parecido com o de um Pastel equivalente.
Particularmente acho que essa mutação e bem mais interessante do que a Topázio, pois pelo fato de somente provocar diluição da melanina negra, o contraste existente no pássaro com desenho negro ou cinza escuro com os olhos vermelhos e muito bonito.
Acredito que no futuro, através de acasalamentos altamente seletivos, objetivando somente a redução da melanina - tornando-se a cor das estrias mais escuras, com pouca diluição, e sem provocar o escurecimento dos olhos, teremos pássaros ainda mais impressionantes.
Outras considerações:
-Tratam-se de mutações Autossomais Recessivas, portanto não ligadas ao sexo;
-Os Isabeis e Canelas Topázios, bem como os Isabeis Eumos, não concorrem porque os pássaros não tem padrão definido;
-Quanto a mutação Canela Eumo, não fiz nenhuma consideração porque ainda não vi nenhum pássaro, faltando-me conhecimento técnico para poder emitir qualquer opinião.

MUDA UMA DOENÇA?

Rodrigo Machado



Comprei há dias um livro, sobre doenças de canários e năo tinha lógica nenhuma em falar dele aqui năo fosse o facto de a primeira doença tratada ser a muda da pena.

Năo concordo que a muda da pena seja considerada uma doença, mas concordo que e uma fase vital, na vida das nossas aves, e que se năo forem tomadas as devidas precauçőes, os nossos canários podem morrer.

A muda faz parte do ciclo anual das aves, sensivelmente ao 40ş dia de vida como todos os animais granívoros os canários começam a fase da muda, palavra com que normalmente se define a troca de penas que caem progressivamente sendo substituídas por outras novas que duram ate a temporada seguinte.

No primeiro ano de vida, as penas das assas e da cauda (remiges e rectrices) năo săo substituídas, só o sendo no ano seguinte.

A muda e um fenómeno fisiológico, regulado por hormonas normalmente reguladas pelo fotoperiodo mais propriamente o factor horas de luz e calor que ponhem em marcha uma série de reacçőes hormonais que inibem os pássaros do processo reprodutivo e das actividades relacionadas, como por exemplo o canto.

A substituiçăo das penas deve ser gradual, sendo umas substituídas por outras sem apresentar nenhuma parte do corpo completamente desprovida de penas.

Como a ave nesta fase se encontra debilitada, devemos redobrar os cuidados com correntes de ar e mudanças bruscas de temperatura, assim como com a alimentaçăo, que deve ser equilibrada e rica em vitaminas, minerais e aminoácidos, muito mais averá mas deixo aqui alguns que julgo serem os mais fundamentais.

Vitaminas do tipo ( A, B, D e C).

Minerais e aminoácidos do tipo (Cristina, Metionina; Tirocina e Leucina).

E também durante este período que os criadores devem administrar papas com corantes para melhorar a cor, mas cuidado pois estas papas normalmente săo papas gordas á que ter em atençăo as quantidades administradas assim como a sua qualidade.

As cores depositadas nas penas das aves durante a fase da muda e que manterăo ate a próxima muda no ano seguinte.

Banho na muda um tema que certamente dará muito que falar pois muitos criadores julgam ser prejudicial afirmam mesmo atrasar a muda e que pode trazer problemas, quanto aos meus canários adoram tomar banho mesmo na muda da pena e nunca notei que isso lhes fosse prejudicial.

Também nesta fase as aves devem ter um espaço maior para poderem voar e assim fortificar os músculos.

Terminada a muda os nossos pássaros passam a ser o orgulho de qualquer criador quę se digne ter este nome, os machos retomam o canto é nesta altura a meu ver a melhor altura para escolher o plantel de canários que irăo ser os reprodutores da próxima temporada de criaçăo bem como para a compra de novas aves, nunca esquecendo de fazer uma quarentena nas aves adquiridas.

Por vezes a muda aparece fora de época, tal pode deverce ao calor em excesso ou a uma alteraçăo de luminosidade, ou ate a um ataque de ácaros e aqui sim podemos falar de doença.

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

Identificação Precoce dos Filhotes

Eliane Seixas e Gilberto Seixas



Em todos estes anos de criação de canários, já ouvimos praticamente de tudo a respeito da identificação do sexo dos filhotes: desde de simples simpatias, testes esotéricos, até informações sem nenhuma comprovação científica, como por exemplo o tamanho da cabeça, posição dos olhos em relação a linha do bico, cauda mais curta na fêmea, macho ser maior, teste de 20 dias, etc, etc... Estas invenções contribuem enormemente para tumultuar a cabeça do iniciante.
Na verdade existe um método científico para esta identificação conhecido como sexagem. É feito em laboratório especifico e por profissionais especializados, embora NÃO seja praticado pelos criadores de canários, porem possui 100% de acerto.
Esta identificação é necessária o quanto antes, pois ás vezes, o criador necessita vender ou trocar algum filhotes mais jovem e não pode faze-lo sem saber seu sexo. A afirmação do sexo de um jovem canário consegue enganar, em alguns casos, até mesmo a experientes criadores, certamente com índices de erros pequenos.

Vamos dar algumas dicas para esta identificação, nenhuma delas com precisão absoluta, porém com uma margem de acerto muito grande, principalmente depois que você adquirir pratica.

Atenção: esta identificação do sexo será mais precisa se forem analisados filhotes de mesmos pais, ou de pássaros de mesma linhagem.

Nos canários lipocromicos

Brancos – não há dicas, a identificação dos machos poderá ser feita a partir do 3º mês de vida quando estes começarem a ensaiar o canto. Para se ter certeza, é necessário esperar a época próxima de estação de cria, ocasião em que os machos estão cantando alto e forte.

Branco Dominante – a única dica é que as fêmeas possuem menor marcação de amarelo nas bordas das penas das asas que os seus irmãos machos. Outra dica é que os machos podem possuir incrustações de amarelo também nops ombros e, as vezes, no uropígio. É por isto que, com certa frequência, as fêmeas conseguem vencê-los nos concursos. Veja que estamos falando geneticamente! Nada impede que um bom macho Branco Dominante seja um vencedor.

Amarelo ou Vermelho ( serve tanto para Intenso quanto para Nevado) – de um modo geral, os machos possuem mais intensidade de cor que as fêmeas, ou seja, um macho intenso normalmente tem terá cor mais forte que uma fêmea intensa. O mesmo raciocínio se aplica para os Nevados. No caso de serem filhos de mesmos pais, o acerto é quase 100%. Algumas fêmeas intensas possuem schimell no dorso eno pescoço. Por outro lado, as fêmeas nevadas normalmente possuem mais nevadismo ( são mais esbranquiçadas).

Amarelo Mosaico e Vermelho Mosaico - Estes filhotes logo que ficam empenados ( cerca de 20 dias ) deixam os iniciantes muitos aflitos, pois não apresentam nenhuma marcação de mosaiquismo. Suas penas são formadas por uma única cor ( todas amareloas ou todas vermelhas). Os sinais de que são mosaicos só começam a se evidenciar a partir dos 45 dias de vida, época em que a primeira muda se inicia. Ai é que as primeiras penas brancas começam a aparecer e suas marcações típicas passam a ser evidentes, caracterizando machos e fêmeas. Para fazer a identificação do sexo neste caso, basta fazer a comparação com o padrão, já que nesta cor eles são muito mais diferentes no fenótipo ( aparência ).

Observação: Todas as informações deste item 4 valem também para os exemplares Amarelo Marfim Mosaico, e de um modo geral, para qualquer canário mosaico.

Exemplares Lipocromicos de Olhos Vermelhos ( Albinos, Lutinos e Rubinos) – tudo que foi dito para os filhotes de olhos pretos, valem para os filhotes de olhos vermelhos. Afinal esta é a única diferença entre eles.

Nos Canários Melânicos

Os canários melânicos são aqueles que, além de possuírem o lipocromo amarelo ou vermelho, também possuem o pigmento chamado eumelanina, que pode ser negro ou marrom ( definição NÃO ortodoxa ).

Observação – Na identificação precioce do sexos filhotes deste grupo, valerão todas as dicas dadas anteriormente com ralação ao lipocromo e ao nevadismo. Assim o lipocromo será mais importante nos machos e as fêmeas terão a quantidade de nevadismo maior.

Vejamos agora outras informações mais específicas.

Exemplares onde a feomelanina é indesejável ( Verde, Azul, Agata, Canela, Isabelino, Asas-Cinzas, Acetinado, Opalino, Topázio, etc. )

Nestes exemplares ( intensos, nevados ou mosaicos ) as fêmeas possuem ou ( quase sempre ) a presença de feomelanina mais evidente que os machos, pois esta sempre associada ao hormônio feminilizante (progesterona). A feomelanina, quando se faz presente nos machos, é sempre em muito pouca quantidade. Daí a diferença! Na mesma ninhada esta identificação é relativamente fácil: as fêmeas possuem mais feomelanina que seus irmãos machos.

Obs. A feomelanina é um pigmento marrom fosco que se deposita preferencialmente nas bordas das penas, podendo sua presença ser notada no dorso dos canários e entre as estrias.

Exemplares onde a feomelanina é desejável ( Canela Pastel e Feo ) – Nestes exemplares, também identificamos fêmeas por possuirem maior quantidade de feomelanina que os machos, facilitando-nos a identificação do sexo, ou seja, as fêmeas portadoras tem maior carga feomelânica que os machos.

Identificação do Sexo por Conhecimento Genético

É sabido que algumas cores são geneticamente ligadas ao sexo. Evitaremos entrar em detalhes técnicos a respeito desta informação, limitando-nos a informar seus nomes. São elas: Verde, Canela, Agata, Isabel, Marfim,, Pastel, Asas-Cinza e Acetinado.

Obs. Os canários da linha clara de olhos vermelhos ( Albino, Lutino, Rubino), são na realidade, Acetinados – Logo, quando um exemplar é portador de Albino, Lutino ou Rubino, na realidade é portador de Acetinado e não de Ino como a nomeclatura nos influencia a acreditar. São, portanto, cores sexo ligados.

Sabendo isto fica mais fácil identificar o sexo do filhote ainda no ninho, logo que se emplumarem. Vamos discutir alguns acasalamentos como por exemplo:

1. Pai Vermelho Marfim com mãe Vermelha – Todos os filhotes Marfins serão fêmeas e todos os filhotes Vermelhos serão machos ( Não poderia nascer machos Marfins )

2. Pai Vermelho portador de Marfim e mãe Vermelha – Todos os filhotes Marfins serão fêmeas e os filhotes Vermelhos poderão ser machos ou fêmeas.

3. Pai Vermelho portador de Marfim e mãe Vermelho Marfim – deste acasalamento não coneguiremos identificar precocemente o sexo dos filhotes nascidos, pois os machos e fêmeas poderão tanto ser Vermlhos com oVermelhos Marfins.

4. Pai Vermelho e mãe Vermelho Marfim – neste caso também não conseguiremos identificar o sexo dos filhotes, pois todos os machos ou fêmeas serão vermelhos.

Vamos a outro Grupo

A- Pai Albino com mãe Branca – todos os filhotes que nascerem com olhos vermelhos ( albinos ) serão fêmeas, e todos os filhotes que nascerem com olhos pretos ( Brancos ) serão machos, não podem nascer machos Albinos . Notou a semelhança com o Caso 1.

B- Pai Branco portador de Albino com mãe Branca – Todos os filhotes que nascerem Albinos serão fêmeas, e os filhotes Brancos serão machos ou fêmeas. Semelhante do Caso 2.

C- Pai Branco portador de Albino com mãe Albina – Deste acasalamento não conseguimos identificar precocemente o sexo dos filhotes nascidos, pois filhotes machos e fêmeas poderam tanto ser Brancos como Albinos Semelhante ao Caso 3.

D- Pai Branco com mãe Albina – neste caso também não conseguiremos fazer a identificação do sexo dos filhotes pois todos eles, machos ou fêmeas, serão Brancos. Semelhante ao Caso 4.

As cores sexo-ligadas formam um grande grupo com o mesmo comportamento genético. Assim sempre que você identificar certo comportamento de uma delas, poderá estendê-lo ás demais cores, e se basear nele para identificar o sexo dos filhotes. Portanto, as conclusões a que chegamos nos dois exemplos anteriores ( Marfim e Albino ), podem ser aplicadas a qualquer das demais ( Lutino, Rubino, Pastel, Asas-Cinzas e Acetinado ) .

Vejamos casos que envolvam os Melânicos Clássicos ( Verdes, Canelas, Ágata e Isabel ) que também são cores sexo ligadas..

A. Pai Verde com mão Verde – se nascer algum filhote Canela, Ágata ou Isabel podemos afirmar que este exemplar será fêmea. Os filhotes verdes poderão ser machos ou fêmeas.

B. Pai Agata com mãe Agata – se nascer filhotes Isabel, certamente será uma fêmea. Os filhotes Agatas poderão ser machos ou fêmeas.

C. Pai Isabelino com mãe Isabelino – se nascer algum Acetinado certamente será uma fêmea. Os filhotes Isabelinos poderão ser machos ou fêmeas.

Generalizando podemos dizer que, para as cores sexo ligadas, fica mais fácil a identificação do sexo quando nascer um filhote diferente da cor dos pais e esta cor diferente for sexo ligada. Neste caso podemos sempre afirmar que este exemplar será fêmea.

Concluindo, gostariamos de dizer que estas dicas aqui representadas tem a intenção de facilitar a escolha dos filhotes para plantel, venda e concurso.

Mas isto não é coisa fácil. Portanto, vá treinando sempre que puder pois, com a prática, o índice de acerto será bem confortável.

domingo, 16 de agosto de 2009

FM VD IN

CN com 18 dias

Fêmea VD IN filhote CN

filhotes 2009

canarios de cor

COCCIDIOSE EM CANÁRIOS

(Serinus canarius)

Dra Angélica Sharon

Médica Veterinária Homeopata Especializada em Aves

Criadora de Canários de Porte

Revista SOSM 2006



A Coccidiose é uma doença mundialmente distribuída em aves de produçăo (frangos), ornamentais( canários, periquitos...) e aves silvestres criados em cativeiro (bicudos, Curió, Trinca Ferro...). É um protozoário parasita do gęnero Eimeria, multiplica-se no trato intestinal, intrecelularmente, causando danos teciduais, com sintomas de anorexia, peito seco, reduçăo da absorçăo de nutrientes, desidrataçăo, perda sanguínea e aumento da suscetibilidade a outras doenças (Mycoplasma sp., Staphylococcus sp,...).

O agente etiológico divide-se em dois gęneros: Gęnero Eimeria, (acomete galinhas e faisőes) e gęnero Isospora (aves passeriformes, psitacídeos e outros). Săo parasitas altamente resistentes no meio ambiente, năo sendo destruído por nenhum tipo de desinfetante, somente por calor (vassoura de fogo).

CICLO DE VIDA

Espécies do gęnero Eimeria completam o ciclo de vida de um único hospedeiro, apresentando reproduçăo assexuada (Merogonia) e sexuada (Gamogomia) dentro das células do hospedeiro (estágio endógeno) e Esporogonia no meio exterior (estágio exógeno). Na maioria das espécies o hospedeiro desenvolve uma resposta imune protetora espécie-específica.



SINTOMAS DE COCCIDIOSE

Irăo depender do tipo de coccídia e sua localizaçăo no intestino das aves, apresentando maior ou menor grau de intensidade e dano tecidual.

Coccidiose duodenal (Intestino Delgado) – emagrecimento, caquexia (peito seco), despigmentaçăo da pele (canários de cor que năo pigmentam adequadamente) e a recuperaçăo é lenta (canários refugo).

Coccidiose no Intestino Grosso e Reto – diarréia mucosa até hemorrágica (castanha), mortalidade em torno de 10% em frangos (em canários năo se tem porcentagem conhecida, podendo ser maior que em frangos).

Coccidiose Cecal – a presença de coccidiose nesta porçăo do intestino é demonstrado pelos sintomas graves. Em geral as aves apresentam depressăo (sono, passam o dia dormindo), manifestam dor abdominal (respiraçăo acelerada muitas vezes confundida com problemas respiratórios). A ave apresenta-se arrepiada, asas caídas, dorso encurvado, olhos semicerrados e extrema palidez. A diarréia é castanha (hemorrágica).

Sintomas gerais – fezes pastosas ou com muco, diarréia desde amarela até com estrias de sangue ou preta (sangue digerido), alimento mal digerido, aumento excessivo de apetite, fęmeas suadas no ninho, pela umidade das fezes dos filhotes com diarréia, ninhos úmidos, cloaca suja, problemas de pele e muda. Os primeiros sintomas aparecem no quarto dia após a infecçăo, quando a segunda geraçăo de esquizontes liberam Merozoítos, ocasionando ruptura do tecido.

LESŐES

Em aves necropsiadas, retira-se o tubo digestivo e observa-se macroscopicamente a mucosa externa e interna. Para cada oocisto que é eliminado nas fezes corresponde a uma célula intestinal morta. Temos lesőes intestinais catarrais, hemorrágicas, necróticas em várias porçőes do intestino e em diferentes profundidades na parede intestinal.

DIAGNÓSTICO

A coccidiose dificilmente é eliminada do plantel, porém os surtos săo comuns quando as aves năo foram submetidas a um planejamento preventivo antes de entrar na reproduçăo, através de exames de fezes para diagnóstico e controle dos efeitos dos tratamentos (Coccidiostáticos ou Coccidicidas) e imunizaçőes (CH-COX/Silvestres e Exóticos prevençăo). Săo comuns surtos após empréstimos de reprodutores, retornos de campeonatos, feiras, aves recém adquiridas ou mudanças bruscas de temperatura.



PROGNÓSTICO

Nas formas agudas o prognóstico é sempre desfavorável pelo grande número de mortes de aves e recuperaçăo lenta dos doentes.

Nas formas subclínicas (presença de oocistos nas fezes sem sintomas) e crônicas o prognóstico e reservado a bom, porém com prejuízos na reproduçăo com grande número de ovos brancos, fęmeas năo reproduzindo, filhotes fracos e mortalidade.

PREVENÇĂO E CONTROLE

Como havíamos falado os oocisto de coccídias săo extremamente resistentes no meio ambiente. Poderemos minimizar os riscos de surtos adotando várias medidas preventivas, tais como:

Manejo – higiene de gaiolas, comedouros e bebedouros, poleiros, remoçăo sistemática da matéria orgânica (fezes). Uso de desinfetantes, năo para coccídias, mas para agentes bacterianos oportunistas. Para oocistos somente vassouro de fogo.

Nutriçăo – é comprovado que aves com problemas nutricionais adquirem facilmente doenças. Principalmente farinhadas baratas, por que possuem suplemento protéico, vitamínico e minerais pobres, predispondo os canários a surtos de coccidiose e outras doenças. Deficięncia de vitaminas A, B e falta ou mesmo excesso de proteínas săo fatores nutricionais preocupantes.

Reduçăo do estresse – é um tema que daria uma outra matéria, por se tratar de algo complexo. Resumidamente alguns fatores estressante: barulhos, pessoas estranhas, luzes ŕ noite no canaril, căes e gatos, mesmos os de casa, mosquitos, piolhos, principalmente qualquer situaçăo que saia da rotina dos canários e que mantenham as aves em constante alerta. O estresse medicamentoso também existe, principalmente o uso, mesmo uma única vez, de pomadas com corticóide (quadriderme), colírio Garasone, ácidos externos) Dolemil) e antibióticos fortes e contínuos. Manter o mínimo de estresse e colonizar a flora intestinal com bactérias benéficas (Probióticos), reduzir micotoxinas nas sementes, farinhadas (Aflatox) e farinhadas de qualidade reduzem os surtos de doença e quando houverem, săo fáceis de controlar sem muitos óbitos. Quem já năo passou pela experięncia de perder aquela ave que tinha futuro promissor em campeonatos ou mesmo como reprodutor. O velho e bom ditado prevenir é melhor que remediar deve estar em nossas mentes quando criamos pássaros de qualidade.

TRATAMENTOS

Geralmente a base de coccidiostáticos (agem no desenvolvimento do parasita) ou coccidicida )matam o agente), porém esses tratamentos devem ser acompanhados com exames de fezes antes e depois da medicaçăo, para analisarmos sua eficácia. Podemos acompanhar o plantel com medicaçăo de suporte (soro, fontes nutritivas), além do tratamento homeopático. Qualquer tratamento que se adote deve ser acompanhado com exames de fezes (rápidos e baratos) periódicos pelo menos a cada 6 meses.

Sulfas – coccidicida/coccidiostático, a dosagem deve ser cuidadosa e năo pro muito tempo, por serem muito tóxicas, podendo provocar síndrome hemorrágica, diminuiçăo na reproduçăo de ovos, lesőes renais e hepáticas e finalmente azoospermia nos machos (ausęncia de espermatozóide no esperma).

Amprólio – cocidicida/coccidiostático, causa hipovitaminose.

Clopidol – coccidiostático, pouco tóxico, controlam seu desenvolvimento, é medicamento de escolha para gerar imunidade futura, podendo ser associado ao CH-COX/Prevençăo.

CH-COX/Prevençăo – complexos homeopáticos agregados a farinhadas, podendo ser usado o ano todo, minimizando situaçőes de estresse, prevenindo surtos de coccidiose, verminose, enterites inespecíficas e problemas respiratórios que aparecem com mudanças de tempo brusco. Aumenta a imunidade específica para parasitas intestinais e piolhos. Năo tem contra indicaçăo, podendo ser usado durante a reproduçăo, sem acarretar problemas reprodutivo, inclusive aumentando a imunidade dos reprodutores, que gerarăo filhotes fortes e saudáveis.

RECOMENDAÇĂO DA AUTORA EM CASO DE AVES DOENTES:

Separar as aves doentes e administrar diariamente maçă, farinhada sem acrescentar ovo por que a ave está com a digestăo lenta o ovo é muito “pesado” utilizar farinhada que tenha ovo liofilizada-Farinatta Bianco), soro na água (Hidrafort), Nalyt 100plus mais CH-COX/PLUS. Lembrem-se a cura é lenta, muitos năo resistem, por isso prevenir com Nalyt Fases e CH-COX/Prevençăo é o ideal.



BIBLIOGRAFIA

ALTMAN, R.B.; CLUBB, S.L.; DORRESTEIN, G.M.; QUESENBERRY, K. Avian medicine and surgery. Saunders: USA, 1997. 1070 p.


BENEZ,S.M. Aves, criaçăo, clínica teoria e prátíca.4 ed. Tecmed, SP. 2004.600p.


BERCH1ERE, JR.; MACAR1, M. Doença das aves. Facta, SP. 2000. 490 p.