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domingo, 10 de outubro de 2010

Cuidados com os filhotes

Quando um filhote está a ser mal alimentado pelos pais, desidrata facilmente e os seus níveis de glicemia baixam drasticamente provocando letargia na cria, que passa a maior parte do tempo a dormir não pedindo comida. O filhote que não pede alimento, não será tratado pelos pais e morrerá ao fim de algumas horas se nenhuma providência for tomada.

Para evitar que tal aconteça e, para desenvolver mais rápido e saudavelmente a cria, alimento-os duas vezes ao dia (manhã e noite) no próprio ninho desde as primeiras 6 horas após o nascimento até ao 10º dia de vida. Sempre com o cuidado de retirar os filhotes do ninho sem que a fêmea se dê conta ou se assuste, aproveito para retirar o ninho ao amanhecer e ao anoitecer quando a luminosidade ainda é fraca e difusa.

Na alimentação utilizo papa de criação manual para canários, onde adiciono suplementos vitamínicos como cálcio, vitamina B12, probióticos (Potent Brew da Ornicare) e algumas gotas de própolis (antibiótico, antibactericida e antifungicida natural). Esta papa deve ser aquecida à temperatura corporal das aves, pode-se verificar a temperatura ideal na palma da mão, quando esta não se apresentar nem quente nem fria em contacto com a pele estará boa para iniciar a alimentação.

Utilizo uma seringa de 2,5ml e adapto a consistência da papa à idade do filhote (mais líquida para filhotes recém nascidos e mais espessa para filhotes mais crescidos), é necessário muito cuidado para não asfixiar o filhote com líquidos ou excesso de alimento de uma vez. Após acabar de alimentar as crias deve-se lavar muito bem a seringa e a papa resultante pode ser guardada no frigorífico até ao fim do dia e deve ser renovada após 24 horas visto correr o risco de azedar.

As aves até 25 dias de vida não controlam a sua temperatura corpórea, pois o seu sistema termorregulador ainda não está formado. O empenamento nesta fase está quase totalmente formado, mas ainda auxilia pouco no aquecimento da ave. Todo este acompanhamento dos filhotes segue procedimentos básicos que devem ser esperados a qualquer momento.

É comum encontrarem-se crias fora do ninho com hipotermia (filhotes frios com pouca movimentação, respiração lenta e cabeça caída) e, neste caso, deve-se agir rapidamente aquecendo o filhote entre as mãos com leves sopros de ar quente dos nossos pulmões ou sobre um saco de água quente devidamente protegido para não queimar a fina e sensível pele da cria. Somente após a cria apresentar movimentos normais e bem coordenados como ser capaz de pedir comida é que se pode devolvê-la ao ninho para que possa retornar aos cuidados da sua progenitora.

A queda de um filhote pode ser acidental ou provocada pelos pais, pois há fêmeas que sentem-se incomodadas com as anilhas recém colocadas nas patas das crias e ao tentarem retirar o objecto, que para elas é estranho, acabam por arrastar o filhote para fora do ninho. Pode também ser um facto acidental: a própria cria ao aproximar-se da extremidade do ninho acabe por cair ou ainda a mãe assustada ao retirar-se do ninho derrube acidentalmente um dos seus filhotes.

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